Li no Económico que "no mês em que Portugal pediu ajuda à Comissão Europeia, FMI e BCE o pessimismo voltou a subir. No mês em que o País pediu ajuda externa o pessimismo dos portugueses voltou a agravar-se. O índice de expectativas da Marktest registou mesmo em Abril um dos valores historicamente mais baixos. Sendo que os mais pessimistas são essencialmente simpatizantes do Partido Social Democrata. A sondagem foi feita entre os dias 15 e os 17 de Abril e revelou que os portugueses estão cada vez menos confiantes tanto em relação à sua situação económica como à do País. O índice do barómetro da Marktest, para o Diário Económico e a TSF, atingiu o terceiro valor mais baixo desde Janeiro de 2009, situando-se nos 22,95 pontos. Piores resultados só mesmo na altura da aprovação do último Orçamento do Estado para 2011, entre Outubro e Novembro de 2010, quando este índice atingiu os 14,45 pontos e os 20,84 pontos, respectivamente. Note-se os valores abaixo dos 50 revelam um pessimismo acentuado. Entre os 805 inquiridos a grande maioria (61,3%) acredita que a sua situação económica pessoal e a do seu agregado familiar vai estar pior dentro de um ano. Tendo em conta que 23,3% considera que tudo estará na mesma daqui a um ano, verifica-se que 84,9% não acredita em qualquer progresso. A maioria dos inquiridos que acredita que a tendência é para a sua situação económica se agravar tem intenção de votar no PSD (61%), os simpatizantes do PS com o mesmo grau de pessimismo atinge os 50%. Entre estes inquiridos , os que revelaram o nível mais baixo de confiança são mulheres com mais de 54 anos vivem na grande Lisboa ou no Sul do País, pertencem à classe alta ou média alta e tem intenção de votar em Pedro Passos Coelho, nas legislativas de 5 de Junho. Quando a pergunta é sobre as expectativas em relação à situação económica do País o resultado é ainda pior. São 62,6% os inquiridos que responderam que Portugal estará pior dentro de um ano. Em relação ao retracto tipo apenas muda o facto de a maioria ser do sexo masculino. O resultado desta sondagem vai ao encontro dos dados macro-económicos que têm sido divulgados. Na última terça-feira a Comissão Europeia revelou que no mês em que Portugal efectivou o terceiro pedido de ajuda externa no espaço do euro, o indicador de confiança dos consumidores desta região monetária voltou a diminuir De acordo com a estimativa rápida da Comissão Europeia, o indicador de confiança dos consumidores baixou na zona euro (de -10,6 pontos no mês passado para -11,4 pontos), assim como em todo o espaço da União Europeia (-13,7 pontos em Abril, depois de -12,8 pontos no mês transacto). O Indicador de Sentimento Económico na Zona Euro já tinha quebrado 0,6 pontos em Março e volta agora a cair. O declínio no espaço da moeda única resultou então de uma manutenção das perspectivas na área da Indústria, mas de um enfraquecimento da confiança nos outros sectores económicos e entre os consumidores. Na União Europeia, a indústria e os serviços mantiveram no mês passado a tendência crescente, que permitiu compensar os declínios observados no comércio a retalho, na construção e entre os consumidores do "Velho Continente". No mesmo dia, última terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) relevou que o indicador de clima económico continuou a descer em Março, pelo nono mês consecutivo, enquanto o indicador de consumo privado voltou também a abrandar em Fevereiro”.
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