Li no Diário dos Açores que "é a primeira vez que a Subcomissão de Trabalhadores e o Conselho de Redacção da RTP-Açores emitem um comunicado conjunto, mas aparentemente é a gravidade do assunto que o motivou: sem nunca o mencionar abertamente, os trabalhadores exigem a demissão do Director do Canal... O título é "De indefinições, indecisões, intromissões, cedências, contradições, desautorizações e… demissões". E parte para dizer que "a RTP-Açores atingiu o ponto de ruptura. A Chefia da Informação da Televisão está reduzida à chefe de redacção que não consegue formar equipa de coordenadores. Foram endereçados convites a jornalistas, mas têm sido sistematicamente recusados. A rádio deixou de ter o cargo de chefe de redacção, sendo essas funções executadas por um coordenador. A Chefe de Departamento de Informação da Rádio e Televisão está demissionária". Refere depois que "a falta de uma estrutura hierárquica estável e funcional conduz a uma profunda desorganização e à degradação das relações individuais de trabalho, que culminaram com o afastamento do principal apresentador do Telejornal. A RTP-Açores, Rádio e Televisão, perdeu a sua identidade. Não tem projecto de produção própria e a Informação está demasiado agarrada à agenda política sem lógica nem coerência editorial como aconteceu recentemente na cobertura do Congresso Regional do CDS/PP." "Na produção, motiva-se os produtores externos e penaliza-se a iniciativa interna. Existem programas há anos que precisam de ser finalizados para posterior emissão. Perderam-se horas em gravações, gastou-se dinheiro em deslocações, entrevistaram-se pessoas… pois alguns desses programas pura e simplesmente perderam validade. O seu destino é o lixo. Enquanto isto acontece, a RTP-Açores abre portas a todos os programas que lhe surgem do exterior, muitos deles de duvidosa qualidade. São "oferecidos" por operadores privados que compensam esta "dádiva" com publicidade às empresas que são promovidas nesses programas. Até já assistimos a um programa sobre lojas de ferragens...", remata o comunicado. Embora referindo que a culpa "também é de Lisboa, nos casos da asfixia financeira, falta de meios humanos, técnicos e instalações, problemas demasiadas vezes denunciados", o comunicado refere que "a RTP-Açores precisa de uma direcção profissional, competente e mobilizadora que substitua o amadorismo que necessariamente conduz a uma gestão sem estratégia, sem projecto, incompetente, confusa e desprestigiante". Como exemplo, refere que "a falta de rumo e de orientação é de tal ordem, que o Director chega a avançar com a informação de que vai ser criado um Canal Atlântico, à revelia da lei de Televisão e do Contrato de Serviço Público. A gestão dos últimos 4 anos provocou danos irreparáveis na RTP-Açores". Os trabalhadores terminam o comunicado dizendo que ele é um "grito de alerta e revolta". E exigem que "é preciso renovar JÁ! E a renovação tem de começar por cima!"
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