quarta-feira, junho 29, 2011

Alberto João Jardim:"Temos de rapidamente fazer o PSD-nacional cumprir os seus compromissos eleitorais com a Zona Franca da Madeira"

"Terminou o processo eleitoral que culminou com a eleição de uma nova Assembleia da República e o despedimento “por justa causa” dos socialistas Sócrates, Teixeira dos Santos, Silva Pereira, Santos Silva (S.S.), Vasques & Companhia Irresponsável.
Os Portugueses vão pagar caro, por muitos anos, a memória fraca de ter reeleito, há anos, estes socialistas, não se recordando dos desastres que são sempre os Governos do partido socialista e as circunstâncias em que terminam sempre os respectivos mandatos.
Infelizmente o Povo Madeirense, os únicos Cidadãos em território nacional a ter uma visão maioritária correcta e sempre coerente de oposição ao socialismo, também se vê envolvido no suportar das consequências do mal que os socialistas fizeram a Portugal.
Infelizmente, depois de o Povo Madeirense ter sido trucidado financeiramente por causa da sua Resistência a que o tempo deu razão, ainda aparecem catorze por cento de eleitores no arquipélago – catorze por cento!!!... – a subscrever masoquistamente os males imperdoáveis que os socialistas fizeram a todos nós, inclusive a esses que ainda lhes dão o voto.
É caso para perguntar, que vai na cabeça dessa gente?...
Trata-se de uma mística “religiosa” que arrasta para como que a um “martírio” em nome do socialismo?...
Trata-se de uma psicopatia, em que problemas íntimos alimentam um desejo de “vingança” ou de destruição da sociedade em que se inserem?...
Ou trata-se de uma incultura, de uma confusão incivilizada, que vê no partido socialista uma espécie de clube de futebol, em relação ao qual, mesmo jogando mal, por “simpatia” irracional votam sempre neles?...
O Partido Social Democrata da Madeira, desde os seus Militantes aos seus Eleitores, está de parabéns pelos resultados alcançados no círculo eleitoral da Região Autónoma. Elegeu quatro Deputados, contra um do PS e outro do CDS.
Mas, agora, avizinha-se uma campanha eleitoral ainda mais decisiva, a partir do início de Setembro.
Mais decisiva, porque dos resultados eleitorais de Outubro sairá o novo Governo da Madeira para o período 2011-2015.
Isto é, o Povo Madeirense vai eleger o Governo que terá de aguentar o período mais duro desde que a Democracia e a Autonomia Política nasceram com a Constituição de 1976.
O Povo Madeirense vai eleger o Governo Regional que terá de O conduzir e defender o melhor possível, face à situação gravíssima que os socialistas criaram – e de uma maneira geral criaram-na as ideias, mitos e idiotices de toda a “esquerda” – situação gravíssima que provocou Portugal ficar sob mando estrangeiro e, se quiser comer, ter de aplicar a política que nos foi imposta pela vergonhosa tutela internacional a que chegámos.
Um Governo Regional que terá de demonstrar capacidade para conduzir o arquipélago nas dificílimas situações que, por caírem sobre Portugal, infelizmente caiem também sobre os Madeirenses e os Portossantenses, embora tal não seja justo em relação a um Povo que sempre discordou do que se passava, que foi sempre oposição ao próprio sistema político, que sempre alertou Lisboa para os erros desta.
Povo Madeirense que, aliás, mantém o alerta: se a Constituição não for alterada, a situação portuguesa degradar-se-á ainda mais, pois os Portugueses não podem continuar à mercê de uns académicos de Direito, cujo situacionismo os faz papaguear em defesa de uma Constituição absolutamente errada e nociva.
Portanto, o que agora está em jogo para os Madeirenses e os Portossantenses nas eleições de Outubro próximo é escolher um Presidente de Governo Regional que, com o novo Executivo que formar, dê garantias de hábil e inteligentemente enfrentar a situação complicadíssima em que os socialistas nos mergulharam.
E logo uma questão salta. É na “esquerda”, culpada de tudo isto, que pode ser encontrada uma “solução”?...
São os socialistas, autores de todo este desastre, afinal os mais indicados para enfrentar as dificuldades, depois de virmos pagar, todos, as suas incapacidades e irresponsabilidades?...
São os socialistas locais que incitaram e cumpliciaram as garotices que o Governo socialista fez ao Povo Madeirense, agora os mais indicados para nos conduzir nas dificuldades que eles são causadores, desde os roubos financeiros até à tentativa de destruição da Zona Franca?...
São aqueles socialistas que, devendo a sua respectiva carreira política à Madeira, apesar de estarem no Governo socialista que atentou contra nós, lá se deixaram ficar, também cúmplices e solidários com os males feitos ao Povo Madeirense?...
Mais digo. Se formos ver as políticas que o Partido Social Democrata da Madeira fez nos domínios da habitação, da protecção fiscal possível às classes económico-socialmente mais débeis, das estradas, portos e aeroportos, da recuperação do Turismo, da reforma agrária e da agricultura, das pescas, do ambiente, do ordenamento do território, do saneamento básico, da saúde, da solidariedade social, da cultura, do desporto, da educação, do diálogo e compromisso laboral, etc., se vermos estas políticas com isenção e boa-fé, afinal quem teve a visão de uma revolução social tranquila?
Foi a “esquerda”, ou foi o PSD, postado inteligentemente ao Centro, sem o radicalismo daquela?
Afinal, quem travou a “direita” (CDS) e a extrema-direita (PND) no arquipélago, impedindo que voltássemos aos tempos imorais e obscuros da “Madeira Velha”, ao atraso, às injustiças sociais e às hierarquias de classes que marcaram tais tempos também desgraçados?
Ou, alguém com um palmo de testa pensará que a solução para as dificuldades que a “esquerda” nos vai fazer sofrer, passará pelo retorno a um passado também de má memória?...
Ou, tirando os “devotos” habituais e os infelizmente desesperados, passa pela cabeça de alguém que a solução seja o comunismo?
Ponho estas questões à Vossa Consciência, porque são de facto as alternativas que, em Outubro, se colocam aos Eleitores da Madeira e do Porto Santo.
É de facto a situação para que, de fora, empurraram a Madeira, que me faz recandidatar à presidência do Governo Regional. Seria uma covardia recuar ou desistir no presente quadro. Sei ao que me arrisco, dadas as dificuldades que vamos ter pela frente, risco de saúde inclusive, quando, com os meus resultados e os meus erros – também – era mais fácil abandonar ante o que aí vem, levando comigo os sucessos e transformações que Deus me permitiu concretizar.
Mas, não. Temos de lutar.
Recuperar as finanças da Região Autónoma, depois de aquilo a que, perante os roubos do Governo socialista, tivemos de nos sujeitar para impedir o que eles pretendiam: parar a Economia e destruir o Estado Social, ou seja, as acções desenvolvidas no campo da solidariedade social.
Temos de rapidamente fazer o PSD-nacional cumprir os seus compromissos eleitorais com a Zona Franca da Madeira.
E, a par da recuperação financeira, concluir toda a infraestruturação do arquipélago, programada ou eventualmente interrompida, sem entrar por investimentos dispensáveis na presente situação.
Como temos de defender a população, nomeadamente a mais necessitada, mantendo o Estado Social.
E, através de uma revisão constitucional, apesar dos integracionistas cá colaboracionistas com Lisboa, conquistar para a Madeira os poderes legislativos sem os quais é uma miragem se falar de Desenvolvimento Integral.
Como até temos de assumir a coragem para pensar em caminhos futuros diferentes, se a República nos negar Direitos que são indiscutíveis.
São as horas mais difíceis que acabam por propiciar as decisões e as atitudes mais corajosas.
É sob o signo da coragem ante a complexidade das circunstâncias actuais, que o Partido Social Democrata avança para as eleições regionais de Outubro.
As alternativas para governar a Região Autónoma – E SOBRETUDO AQUELES QUE SÃO OS SEUS ROSTOS – são conhecidas. Depois de tudo, os socialistas? Os fascistas do comunismo ou da extrema-direita? Esta “Madeira Velha” sob os hábitos conservadores do CDS, um CDS que localmente nada tem a ver com o nacional? Ou nós, com as provas diferentes que aqueles e eu demos?
Depois de trinta e três anos, a Oposição está desesperada. Não captou pessoas com um mínimo de qualidade, alinhou contra o próprio Povo Madeirense, opôs-se sempre a tudo quanto era progresso, praticou um permanente bota-abaixo, não tem alternativas, só fascina os desordeiros, bêbados, drogados e vadios que infelizmente existem em diversas localidades.
Nós fizemos as coisas enquanto era tempo.
Daqui até Outubro, a Oposição, desesperada, não vai olhar a meios, pois sabe que conta com importantes impunidades e cumplicidades, desde a maçonaria, passando pela comunicação social até serventuários da República Portuguesa e em áreas desse respectivo Governo.
A Oposição, desesperada, vai descer o nível a uma baixeza sem precedentes.
A Oposição vai explorar o que a coligação PSD-CDS não fizer imediatamente – porque não é logo viável – ou as decisões que começar a tomar por causa do imperativo controlo internacional, e que não podem ser adiadas.
Preparem-se para este tipo de jogo!...
Mas, vamos em frente, com confiança na inteligência do Povo Madeirense!
É preciso combater a abstenção, porque são precisamente estes que podem comprometer os resultados das próximas eleições, em termos de a não existência de uma maioria impedir o Governo eficaz de que a Madeira carece nestes tempos gravíssimos.
Peço que cada um de Vós, uma vez mais, ajude a Madeira!”
(texto de Alberto João Jardim publicado na edição de Julho do quinzenário editado pelos social-democratas madeirenses, “Madeira Livre”)

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