sábado, outubro 01, 2011

Açores: médicos ganham menos por hora e poupança de 270

Li no Correio dos Açores, "o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, revelou ontem que a aquisição centralizada de refeições para os doentes dos três hospitais dos Açores vai permitir uma poupança de 270 mil euros por ano. Miguel Correia salientou que a providência cautelar apresentada por um dos concorrentes ao concurso “foi rejeitada pelo tribunal”, pelo que já estão reunidas as condições para “assinar o contrato com a empresa vencedora”. O contrato estabelece que a empresa fica também com a responsabilidade de fornecer água aos doentes, o que não acontecia anteriormente, além de permitir poupanças indirectas “na manutenção de equipamentos e luz nas cozinhas”. Até agora, os hospitais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta contratavam individualmente o fornecimento de refeições para os doentes, passando a existir agora uma centralização para a aquisição das cerca de 381 mil refeições anuais servidas naquelas unidades de saúde. Esta centralização permite à região pagar 3,52 euros por refeição, abaixo dos 3,69 euros pagos em Ponta Delgada, os 3,96 euros em Angra do Heroísmo e os 6,55 euros na Horta. Miguel Correia salientou que a crise acentuou a necessidade de poupar nos serviços de saúde, frisando que três medidas que entram em vigor no sábado devem permitir “poupar anualmente entre um e 1,5 milhões de euros”. “Pretendemos uma redução de 10 a 15 por cento do custo das horas extraordinárias, mensalmente e em comparação com o mês homólogo do ano anterior, o uso máximo dos equipamentos hospitalares de diagnóstico e um valor/hora a pagar aos médicos que exercem à tarefa ou na situação de prestação de serviço”, afirmou.



Redução no valor das horas dos médicos




Nas horas extraordinárias, “os médicos contratados à tarefa ou prestação de serviço passam a ser pagos a 30 euros à hora se forem especialistas, e a 25 euros por hora no caso dos restantes”. Quanto aos equipamentos hospitalares, defendeu ser “desejável o uso no máximo da sua capacidade, para impedir que os exames sejam prescritos para serem realizados com entidades com quem estão estabelecidas convenções”. Com esta medida a Região já poupou cerca de 1,9 milhões de euros nos equipamentos de Imagiologia e TAC de multicorte. A centralização da aquisição de medicamentos, com uma redução de custos estimada em um milhão de euros, e a de material de consumo clínico, são outras das medidas previstas para fomentar a poupança no sector. No consumo, está em curso a aquisição centralizada de vacinas, que custou menos 25 mil euros, enquanto na Ventiloterapia e Aerosolterapia os encargos caíram 45.500 euros e na aquisição de contraceptivos os custos devem descer 25 mil euros. Miguel Correia defendeu que “não se podem desperdiçar as pequenas poupanças”, alegando que todas juntas “são valores significativos”.

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