terça-feira, novembro 08, 2011

Açores: PSD diz que o governo “gasta como se os açorianos vivessem num mar de rosas”

Segundo o Correio dos Açores, "sete deputados de São Miguel no Grupo Parlamentar do PSD enviaram um requerimento ao governo dos Açores a solicitar informações sobre os gastos públicos com a festa de inauguração das obras da SCUT para Nordeste, aquilo que consideram “despesismo fácil”. António Marinho, António Pedro Costa, Cláudio Almeida, Francisco Álvares, Jorge Macedo, Pedro Gomes e Rui Ramos, começam por referir no requerimento que os Açores “estão a passar por uma crise financeira, económica e social tão grave como nunca tínhamos passado desde que temos Autonomia politico-administrativa”. Descrevem que “a degradação social começa a sentir-se nas nossas nove ilhas”. Que a taxa de desemprego atingiu recentemente os 9,7% da população activa, “ou seja, há mais de 11.709 açorianos desempregados. Uma fasquia tão alta que nunca tínhamos conhecido, desde que foi implementado o regime autonómico democrático”. Voltam a sublinhar que há, nos Açores, “mais de 30 mil famílias que vivem com menos de 540 mil euros por mês”. Que “há 17.803 açorianos a receber Rendimento Social de Inserção. Ou seja, 7,2% da população residente nos Açores”. Afirmam que as finanças públicas regionais “caminham rapidamente para a degradação. Que as responsabilidades financeiras futuras da Região poderão atingir os cerca de 2.500 milhões de euros no final do corrente ano”. Perante esta situação, prosseguem os deputados, o governo regional socialista “continua a gastar dinheiros públicos como se os açorianos vivem-se num mar de rosas”. No passado fim-de-semana, a inauguração de um troço de estrada em São Miguel, no âmbito do regime SCUT, referem, “teve direito a foguetes, banda de música e autocarros grátis para levar a passear os cidadãos que quiseram ir gozar uma tarde de sol lá para os lados da costa Norte da ilha, a caminho entre o Nordeste e as Furnas”. Referem que as obras no regime SCUT “eram para custar ao erário público, segundo o vice-presidente do governo regional, 325 milhões de euros, mas que acabou custando, nas palavras do presidente do governo regional, 487 milhões de euros, um valor superior à proposta de Plano de Investimentos para 2012”. Uma obra, prosseguem, que era para começar a ser paga em 2012, “com uma verba inicial de 7 milhões de euros, nas palavras do secretário da Ciência e Tecnologia, mas que tem planeado uma verba para ser entregue ao empreiteiro, no valor de 24 milhões de euros, isto é, mais do triplo do afirmado pelo secretário José Contente”. “Perante estas dificuldades sentidas pelos açorianos e perante este despesismo fácil do governo regional socialista, os deputados do PSD/A questionam o governo sobre quanto custo todo o evento – despesas com banda de música autocarros, fogo-de-artifício e outros gastos com comitivas governamentais?” No caso destas despesas terem sido pagas pelo Governo Regional, solicitam cópia das facturas e, no caso das despesas terem sido imputadas à empresa concessionária, “como muitas vezes acontece com obras do Governo Regional, solicitam o valor do custo assumido pela empresa concessionária”.

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