quarta-feira, novembro 02, 2011

Ciberespaço: Cameron sugere equilíbrio "entre liberdade e bandalheira"

Li no DN de Lisboa que "o primeiro-ministro britânico apelou a uma abordagem equilibrada "entre a liberdade e a bandalheira" no ciberespaço, tema de uma conferência internacional que decorre hoje e quarta feira, em Londres. David Cameron reconheceu que os governos não devem deixar "o ciberespaço completamente aberto aos criminosos e aos terroristas que ameaçam a nossa segurança e prosperidade". Mas, ao mesmo tempo, alertou que posturas mais duras ou de censura podem "esmagar o que a internet tem de bom - a liberdade de informação, o clima de criatividade que dá vida a novas ideias e novos movimentos". "O equilíbrio que temos de encontrar é entre a liberdade e a bandalheira", sintetizou. O primeiro-ministro falava no primeiro dia da conferência, que pretende discutir as oportunidades e as ameaças colocadas pelo ciberespaço e abrir caminho à cooperação internacional. Nesta conferência estão presentes representantes de cerca de 60 países e também da indústria, de companhias de infraestruturas e de organizações internacionais e civis. Cameron saudou os benefícios da internet em termos económicos, sociais e políticos, referindo o papel nos levantamentos populares em países do norte de África e do Médio Oriente. Estima-se que, por cada 10 por cento no aumento do acesso a internet de banda larga o produto interno bruto aumente em média 1,3 por cento, indicou. O reverso da medalha são os custos do cibercrime, estimados em 27 mil milhões de libras (31,5 mil milhões de euros) por ano só no Reino Unido. Para o vice-presidente norte-americano Joe Biden, é uma prioridade responder às perguntas sobre a abordagem assegurar que a Internet continue a ser "segura, aberta à inovação e ligada entre todos". Biden falou em substituição da secretária de Estado, Hillary Clinton, que inesperadamente foi obrigada a cancelar a viagem a Londres devido ao agravamento do estado de saúde da mãe, que entretanto morreu. "Sabemos que vão ser necessários muitos anos, paciência e discussão persistente com pessoas de todo o mundo para construir um consenso sobre o ciberespaço", admitiu, numa intervenção por teleconferência. Porém, mostrou-se convencido de que que "não há atalhos" para estabelecer regras e criticou o controlo abusivo do uso da internet por governos de alguns países”.

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