terça-feira, novembro 08, 2011

Nenhuma delas está na Madeira: empresas públicas reclassificadas vão agravar défice em 1,2 mil milhões de euros...

Segundo o Dinheiro Vivo, "sete das empresas públicas reclassificadas, que passaram a contar para o défice e para a dívida pública, como a Estradas de Portugal e REFER, devem agravar o défice orçamental de 2012 em quase 1,2 mil milhões de euros. De acordo com os cálculos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), contando apenas com sete das empresas públicas reclassificadas em contas nacionais, as contas destas empresas irão agravar em 1.188,9 milhões de euros o défice do próximo ano. A Estradas de Portugal é a empresa que mais contribui para este bolo, como um saldo global negativo de 532,4 milhões de euros, seguida da REFER com 351,6 milhões de euros, a Parvalorem (um dos veículos financeiros criados para assumir activos tóxicos do BPN) 244 milhões de euros, o Metro de Lisboa 146,3 milhões de euros, o Metro do Porto 121,2 milhões de euros e a Parque Escolar 79,7 milhões de euros. A RTP contribui positivamente para o impacto orçamental deste grupo de empresas em 344,6 milhões de euros, mas porque no orçamento privativo da empresa surge uma transferência da Direção-geral do Tesouro e Finanças (DGTF) no valor de 344,5 milhões de euros, que segundo o relatório da proposta do Orçamento do Estado para 2012, servirá para amortizar dívida da RTP "no âmbito do plano de reestruturação da empresa, visando criar as condições necessárias ao processo de alienação de um dos canais da televisão pública", explica a UTAO. A unidade técnica que dá apoio aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, explica ainda que "esse défice é essencialmente justificado pelo peso significativo dos investimentos e dos juros e outros encargos" Os técnicos independentes destacam "a despesa de investimento das empresas Estradas de Portugal e Parque Escolar" e que "no encargo total subjacente à contracção de empréstimos para financiamento da actividade das empresas públicas reclassificadas, cerca de metade é justificado pela REFER e pela Parvalorem".

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