quarta-feira, novembro 09, 2011

Tribunal de Contas recomenda decisão rápida sobre Metro Mondego

Escreve o jornalista da RR, António José Soares que “um relatório do Tribunal de Contas (TC) apela a uma rápida decisão do Governo sobre o Metro Mondego. Alerta que o projecto já se arrasta há 15 anos e quanto mais tardar uma decisão maiores os custos para o erário publico. O Tribunal de Contas diz mesmo que o arrastamento do projecto prova que a construção do metro ligeiro de superfície do Mondego não tem sido fundamental nem premente para os sucessivos governos. Os últimos cálculos feitos em Junho deste ano apontavam para uma estimativa do custo do investimento no Metro Mondego superior a 455 milhões de euros. Por isso, o Tribunal de Contas considera que o Governo deve decidir, com brevidade, sobre o destino da continuidade do investimento no metro ligeiro de superfície nas áreas dos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã. O Executivo deve indicar, com clareza, qual o modo de transporte público que será adoptado entre a Lousã e Coimbra e se, e quando, será construída a linha de metro do Hospital. No relatório agora divulgado chama-se ainda a atenção que caso não se concretize a integração da Metro Mondego na Refer e caso se decida pela continuidade da Metro Mondego, SA, o número de administradores deve ser reduzido ao estritamente indispensável. O Tribunal de Contas considera que é excessivo o número de elementos do conselho de administração e comissão executiva da Metro Mondego e, por isso mesmo, gerador de despesa para os dinheiros públicos. O ministro da Economia disse, na semana passada, que o projecto do Metro Mondego tal como foi dimensionado é perfeitamente inexequível. Por isso, não será feito nesses moldes, acrescentou na altura Álvaro Santos Pereira”.

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"O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou que o projecto do Metro do Mondego se encontra suspenso, estando a ser avaliada a extinção da sociedade que o gere. "Há empresas que têm que ser extintas, que têm que ser reformuladas. Foi por muitos outros Metros do Mondego que nós hoje estamos na situação em que estamos. Houve má gestão no sector público empresarial e agora estamos a pagar por isso", afirmou Miguel Relvas aos jornalistas. O ministro falava à margem de um almoço de homenagem ao líder cessante da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, num hotel da capital. Relvas precisou que o projecto está suspenso e está a ser avaliada a extinção da sociedade que o promovia. Questionado sobre se o plano de transportes que incluiu uma redução generalizada de horários e oferta de meios de transporte na Grande Lisboa, o ministro respondeu que "o plano não está concluído e se não está concluído não se deve precipitar a tirar conclusões". Essas medidas, incluídas em propostas de um grupo de trabalho, abrangem comboios, autocarros da Carris, barcos e o Metro, na área da Grande Lisboa. O Tribunal de Contas (TC) revelou este sábado que o projecto Metro Mondego sofreu um aumento de custos quatro vezes superior ao inicialmente previsto e recomendou ao Governo que decida, com brevidade, sobre o destino da continuidade do investimento. Criada em 1994, a sociedade Metro Mondego, que integra o sector empresarial do Estado, tem actualmente como missão implementar o projecto de Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a criação de um metropolitano ligeiro de superfície no Ramal da Lousã e dentro de Coimbra. Num projecto que se arrasta há 15 anos, estão actualmente em curso as empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do projecto, que representam um investimento de 130 milhões de euros, de um montante global de 447 milhões, que terminam no final do ano, com praticamente um ano de atraso. Numa auditoria às contas da Metro Mondego, cujo relatório foi agora divulgado, o TC revela que o projecto sofreu um aumento de custos quatro vezes superior, tendo passado de uma estimativa de 122,8 milhões de euros, em Abril de 1997, para 512 milhões de euros (mais encargos financeiros), em Janeiro de 2011” (fonte: Correio da Manhã)

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