terça-feira, abril 17, 2012

Estamos fritos!

Escreve o Económico que "Luís Varennes, responsável do IGCP, revelou hoje que Espanha é a principal preocupação de Portugal. Esta manhã, no decorrer de uma conferência da Eurofinance intitulada de "Gestão financeira, de tesouraria e de risco para empresas em Portugal", realizada em Lisboa, Luís Varennes, vogal do conselho directivo do IGCP, referiu que Espanha é a maior preocupação para Portugal. De acordo com Varennes, os riscos de contágio de Espanha a Portugal "são grandes". O responsável do IGCP salientou ainda na sua apresentação que "assim que haja efeitos negativos para Espanha e para outros países, isso tende a reflectir-se nas taxas dos títulos de dívida de Portugal". Para Varennes, o regresso de Portugal aos mercados está ainda longe. Para o responsável do IGCP, a ‘yield' das obrigações do Tesouro têm ainda de corrigir mais para que o país seja capaz de ganhar de novo acesso ao mercado de dívida. "Há uma evolução favorável nas obrigações mas, com certeza, as ‘yields' continuam a ser muito elevadas e por isso o retorno ao mercado obrigacionista continua a ser impensável até que as ‘yields' caiam mais", explicou Varennes. Recorde-se que desde que em Março Alberto Soares deixou a presidência do IGCP que a entidade responsável pela gestão da Tesouraria e do crédito público ficou a cargo dos dois vogais da instituições, António Pontes Correia e Luís Varennes. A ‘yield' das obrigações portuguesas seguem hoje a negociar no mercado secundário com pouca pressão vendedora, com a ‘yield' dos títulos a variar ligeiramente. As obrigações a 10 anos estão a negociar com uma ‘yield' média de 12,36%. Bem diferente estão as obrigações do Tesouro espanhol, que hoje registam uma correcção das ‘yields' entre 13 pontos base e 23 pontos base. Os títulos soberanos a 10 anos estão actualmente a cotar no mercado não regulamentado ‘over the counter' (OTC) com uma ‘yield' média de 5,9%. De acordo com o programa de financiamento da República, Portugal irá testar novamente os mercados dentro de duas semanas, com a realização a 2 de Maio de dois leilões de bilhetes do Tesouro de 6 e 12 meses, num montante indicativo entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros”.

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