segunda-feira, setembro 24, 2012

Passos já decidiu o tempo e o modo da remodelação

Diz o DN de Lisboa que "é possível que o primeiro- ministro avance muito mais cedo do que se pensa. Variável importante é o sucesso da Concertação Social.
Quem serão os novos membros do Governo? Quando é que o primeiro- ministro avançará para a remodelação governamental? No Governo a reserva é total. Há, porém, um dado novo. Segundo fonte ao mais alto nível na coligação, Passos Coelho já decidiu quando fará e como fará a remodelação. Ninguém antecipa nem o seu conteúdo nem o seu timing– mas circulam informações segundo as quais o primeiro- ministro poderá enveredar por um caminho pouco ortodoxo: o de mexer no Governo a muito curto prazo ( talvez até ainda esta semana). Ou seja, a três semanas da data legal para a entrada do próximo Orçamento do Estado na Assembleia da República ( 15 de Outubro). Um calendário assim, de curtíssimo prazo, daria aos novos governantes algum tempo para se prepararem para essa discussão – mesmo que já não pudessem influenciar em nada as dotações orçamentais futuras dos seus departamentos. Variável importante nesta equação é o da Concertação Social. Passos, que hoje se reunirá com os parceiros na sede do Conselho Económico e Social, quer definir o mais rapidamente possível a solução alternativa que concretiza a queda da "solução TSU", entretanto caída em desgraça, por via de pressões várias. Fechado este dossiê, o primeiro- ministro poderia partir rapidamente para o da remodelação, apresentando já no OE 2013 um Governo não só reunificado ( depois das divisões provocadas pela TSU) como refrescado. Os nomes dos remodeláveis, no elenco dos ministros, são os do costume. À cabeça, como sempre, o do ministro adjunto, Miguel Relvas, e o do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Continua a ser insistentemente comentada nos corredores da maioria a hipótese de Miguel Macedo ficar com a coordenação política do Governo, substituindo Miguel Relvas. Tem contra si o facto de ser visto nas hostes passistas como demasiado próximo do ex- líder Luís Marques Mendes. Mas conhecimento do Governo não lhe falta, nem do Parlamento ( foi líder parlamentar), nem do PSD ( foi secretário- geral entre 2005 e 2007). Nos secretários de Estado, a lista é ligeiramente maior: Francisco José Viegas ( Cultura), Brites Pereira ( Cooperação), Daniel Campelo ( Florestas), Almeida Henriques ( Economia) e Marco António Costa ( Segurança Social). No caso destes últimos três, tudo se relaciona com as eleições autárquicas. Campelo, Henriques e Marco António querem ser candidatos do PSD emViana do Castelo, Viseu e Vila Nova de Gaia, respetivamente. Há duas semanas, o que estava previsto era que fossem remodelados entre a aprovação final do OE 2013 ( final de novembro) e o fim do ano. Entretanto, as divisões na coligação e a convulsão social podem ter acelerado tudo".