Segundo o Sol, "o programa de assistência a Portugal entrou «numa fase mais complexa» e em que a margem para novas derrapagens orçamentais «é muito limitada», considera o Fundo Monetário Internacional (FMI). No relatório da quinta revisão do memorando de entendimento com Portugal, o FMI argumenta que «depois de um bom começo, o programa entrou numa fase mais complexa». Por um lado, os riscos económicos «aumentaram de forma significativa». O Fundo pede «acções decididas» para aumentar a competitividade o emprego e o crescimento potencial. Caso contrário, «o ajustamento [orçamental] poderá ter de ser feito durante uma recessão prolongada». O FMI nota ainda que as metas orçamentais para este ano e para o próximo foram revistas (para 5 por cento do PIB este ano e 4,5 por cento no próximo). Em consequência, a dívida pública vai atingir um nível mais elevado do que o inicialmente previsto em 2014 - 124 por cento do PIB. «Se a execução [orçamental] voltar a revelar-se pior do que o previsto, a margem para acomodar novas derrapagens será limitada», adverte o FMI. Na quarta-feira, o comité executivo do FMI aprovou o pagamento de uma nova tranche de 1.500 milhões de euros da sua parte do empréstimo de 78 mil milhões de euros a Portugal. Em comunicado divulgado na quarta-feira à noite, depois da aprovação do pagamento da nova tranche, o FMI considerou que as perspectivas externas e o desemprego em Portugal dificultam o cumprimento dos objectivos do programa de ajustamento, sublinhando que «são precisos esforços adicionais» para consolidar as contas e impulsionar o crescimento".
