segunda-feira, novembro 26, 2012

PSD-Madeira: intervenção de Alberto João Jardim no encerramento do Congresso Regional

"A dívida directa e indirecta da Região Autónoma é 1,8% da nacional, quando a população é 2,5% dos Portugueses. O problema reside em a Economia da Madeira não gerar as receitas suficientes para as suas despesas no mínimo essenciais. Em termos de BENS TRANSACIONÁVEIS só tem o Turismo e a Zona Franca.
O pecado do Estado português foi o de, até agora, nunca ter assumido a única opção possível que viabilize a vida dos Portugueses da Madeira:
- Apurar que despesa a Madeira precisa de ter, para que um Madeirense possua um nível de vida médio dos restantes Portugueses, e que receitas são necessárias para isso.
É inaceitável o que o Governo socialista, instrumentalizando o Estado para fins partidários, causou ao Povo Madeirense, bem como continua inaceitável que o Estado se aproprie de receitas fiscais que são constitucionalmente da Madeira e para efeitos de verbas de IRS distinga inconstitucionalmente Autarquias da Madeira das Autarquias portuguesas.
Há que ter a consciência de que o interesse público nacional não é bloqueado pela prossecução do interesse público regional, este integra e desenvolve a satisfação daquele.
Reconhecemos o empenho que o actual Governo da República coloca agora na resolução da questão fundamental para Portugal e para a Madeira, que é o nosso Centro Internacional de Negócios (Zona Franca), depois da aqui actuação criminosa dos socialistas.
Esforçamo-nos por cumprir o Plano de Ajustamento Financeiro, absolutamente necessário para a consolidação das nossas Finanças Públicas e, sobretudo, para garantir o futuro da Autonomia evolutiva que pretendemos.
Mas não é retirando, ao mesmo tempo, receitas à Madeira, que se favorece este cumprimento.
Por outro lado, o Governo da República deve estar acautelado contra aqueles que, pretendendo falar em seu nome, dizem poder assumir a iniciativa de um novo Plano de Ajustamento para a Madeira.
O que pretendemos é que à medida que o Plano para Portugal seja flexibilizado através da refundação do Memorando de Entendimento – e foi só desta refundação que o Governo da República falou – idênticas vantagens sejam aplicadas à Região Autónoma, até porque todos, Governos da República e Regional, queremos tornar sustentável o Estado Social.
É imprescindível que na próxima revisão da Lei de Finanças Regionais, a Constituição da República Portuguesa seja cumprida – o que não o foi até agora – nos domínios da responsabilidade do Estado para todo o território nacional, em matérias de Saúde e de Educação, bem como no tocante aos Princípios da Continuidade Territorial, da Subsidiariedade e da Igualdade entre todos os Portugueses.
Insistimos que daremos todo o nosso apoio a tudo o que vise a recuperação de Portugal. Insistimos em que não podemos deixar de consolidar as finanças públicas, não podemos deixar de voltar ao crescimento económico e do Emprego, se queremos tornar sustentável o Estado Social.
É tempo de os socialistas dizerem, de uma vez por todas, qual o Estado que querem em Portugal e qual a sua viabilidade.
Também são inaceitáveis as propostas do CDS, no sentido de prolongar no tempo a resolução dos problemas nacionais, pois isso aumentaria o período de sacrifícios exigidos, quando o País tem de deixar a presente situação, o mais rápido possível.
Acresce que o imprescindível caminho da federalização europeia começa a dar sinais positivos, por exemplo com a prevista União Bancária.
Embora as propostas apresentadas pelo Conselho Europeu sobre o Orçamento da União Europeia 2014-2020, sejam um exercício de hipocrisia, contrário ao que dizem ser a pretendida coesão europeia, penalizando os países e regiões mais pobres, nomeadamente a Madeira.
Portugal deve continuar a agir estrategicamente no grupo dos “países amigos da coesão”, como muito bem tem actuado, o que desmente acusações de seguidismo para com os alemães.
Mas o Partido Social Democrata da Madeira continua convicto de que a retoma de Portugal, a par, exige uma revisão da Constituição, sem a qual o País nunca recuperará, e sem a qual os sacrifícios vão ser mais pesados para os Portugueses, a começar pelo campo tributário que cai sobre a receita e a actual Constituição impede que vá muito mais sobre a despesa.
O PSD/Madeira tem um compromisso com o Povo Madeirense, no sentido de, através dos seus Deputados na Assembleia da República, apresentar um projecto de revisão constitucional, na linha doutrinária que professa de se recusar a ser um “partido do regime”.
Fá-lo-emos em articulação com o PSD nacional, mas, não violaremos o compromisso com o Povo Madeirense e avançaremos, caso um protelamento ponha em causa o se concretizar nesta legislatura.
Caros Companheiros:
Estamos perante Orçamentos nacional e regional para 2013, de execução muito difícil e dolorosa para as populações. Mas, ou se fazem as consolidações financeiras, ou então esperam-nos futuros muito piores. Feitas as principais infraestruturas, e feitas a tempo, não é mais possível, inclusive à escala global, qualquer Povo viver acima das suas possibilidades. O que temos obrigação, é de fazer as mudanças políticas contra os dogmatismos nacionais instalados e contra os poderes não transparentes, de forma a encontrarmos caminhos que não sejam tão penosos para o Povo, como são os actuais.
A inovação é fazer mais, com menos. Não é se limitar a cortar. Temos, todos, de saber procurar e encontrar novas soluções. Queremos uma «welfare society» e não um «welfare State». Nenhum País e nenhuma Região serão pequenos ou periféricos se souberem ter:
- abertura ao mundo;
- ambiente favorável ao empreendedorismo;
- cultura do rigor;
- aposta permanente na ciência, na inovação e na criatividade.
É neste quadro que o PSD/Madeira vai às eleições autárquicas, as mais difíceis de sempre, ante a presente conjuntura, mas que se todos os sociais--democratas que querem a nossa vitória, trabalharem muito e unidos, atingiremos os nossos objectivos. «Os Políticos têm de falar mais para as pessoas, pois no mundo actual a Política é uma conversação». Mas isto não implica perder tempo com conversas que a nada levam. Daí que, eu peça os assuntos previamente apresentados por escrito, para não se perder tempo, para precisar os factos, para responsabilizar quem os apresenta e para se despachar imediatamente. O Partido Social Democrata madeirense prosseguirá nos caminhos do rigor financeiro, do rigor nas decisões, no corte do consumo para sobrar para investimento, na rapidez, no diálogo com o Governo da República, no esclarecimento inteligível das populações.
Privatizar-se-á ou concessionar-se-á tudo o que for possível e prudente.
Não transigiremos nos Direitos do Povo Madeirense sobre o nosso litoral. No âmbito do diálogo com o Governo da República, continuaremos a demonstrar que o País só tem a perder com a não conclusão das obras públicas interrompidas: a despesa está feita e comprometida, porém, em contrapartida, não gera qualquer valor. Prosseguir-se-á, ainda mais acentuadamente, à adaptação regional das leis da República, que constitucionalmente possível. A promoção turística, num mundo tão competitivo e em que os nossos meios são escassos, encontra-se no pequeno leque das prioridades das prioridades.
Manteremos o pluralismo na comunicação social regional e aproveitar-se-á melhor a Internet e a Blogosfera.
Reduzir-se-ão ao mínimo possível os imóveis e bens móveis a utilizar pela Administração Pública regional que, entretanto entre 2006 e 2012 reduziu já em 12% os seus efectivos, os quais são do melhor qualitativamente, pois 46% do pessoal tem HABILITAÇÃO SUPERIOR.
O Conselho do Governo social-democrata da Madeira não deixa passar qualquer obra faraónica, apresenta bases de licitação o mais baixos possíveis e assume o maior rigor nas adjudicações, pese embora, em todos estes e outros âmbitos, a legislação portuguesa estar errada, inclusive no funcionamento dos mecanismos de controlo.Estamos atentos ao cumprimento, pelo Governo da República, do disposto no Estatuto Político-Administrativo, no tocante às privatizações que envolvam também o território desta Região Autónoma. E porque os momentos são difíceis, manteremos toda a prioridade na Solidariedade Social, manteremos o nosso Estado Social na Madeira, porém sem benesses e acorrendo só àquilo que efectivamente necessidade das pessoas mais desfavorecidas.
Caros Companheiros:
É altura de arregaçar as mangas ainda mais, e, respeitando as diferenças legítimas entre cada Pessoa Humana, unidos avançarmos destemidos para as vitórias da Madeira e para as vitórias sociais-democratas que estão sempre ao nosso alcance.
Sigamos a Carta Régia de D. Manuel I ao Povo Madeirense, recomendando: «É preciso se proverem com armas; não basta somente a boa-vontade».

Perda de tempo. Eles estão todos feitos: municípios criticam Orçamento e pedem intervenção de Cavaco Silva

A Associação Nacional de Municípios considera que o Orçamento do Estado (OE) para 2013 é um mau orçamento. Isso mesmo reafirmou Fernando Ruas à saída da audiência, de hoje com o Presidente da República (PR), Aníbal Cavaco Silva.


O que é que os idiotas do Gaspar e do Passos dizem a isto? Grupo de 18 deputados do PSD apresenta declaração de voto sobre matéria fiscal...

Li no site da SIC que "um grupo de 18 deputados do PSD vai apresentar uma declaração de voto sobre a matéria fiscal da proposta de Orçamento do Estado para 2013, anunciou hoje em plenário o vice-presidente da bancada social-democrata Miguel Frasquilho. Essa declaração de voto tem Miguel Frasquilho como primeiro subscritor e conta com a assinatura de outros representantes do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças, incluindo o coordenador da bancada social-democrata nesta comissão, Duarte Pacheco. De acordo com Miguel Frasquilho, 18 deputados do PSD subscreveram o documento. Questionado pela agência Lusa, o antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças não quis revelar o conteúdo dessa declaração de voto, remetendo a sua apresentação para hoje à tarde, depois de terminadas as votações sobre a parte fiscal da proposta de Orçamento para 2013. Hoje, desde as 10:00 até depois das 15:00, realizou-se em plenário a discussão e de votações da proposta de Orçamento do Estado para 2013 na especialidade, processo que durante a tarde vai prosseguir na Comissão de Orçamento e Finanças. A proposta de Orçamento do Estado para 2013 inclui um aumento de impostos que o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, qualificou de "enorme", incluindo uma sobretaxa em sede de IRS que, na especialidade, foi reduzida de 4% para 3,5%. A votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2013 está marcada para terça-feira".

Governo garante que mais de dois milhões de famílias não vão pagar IRS em 2013

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, afirmou, esta tarde no parlamento, que as mudanças nos escalões e nas taxas de IRS não vão por em causa a progressividade do imposto. Paulo Núncio garantiu, ainda, que mais de dois milhões de famílias vão continuar a não pagar IRS no próximo ano. Os partidos da esquerda dizem que o aumento de impostos é um "assalto fiscal".

Recados para os incompetentes Gaspar e Passos: Economista do BCE defende que austeridade excessiva está a prejudicar Portugal

Portugal não vai conseguir sair da crise enquanto o Governo continuar a aplicar sucessivas medidas de austeridade. Quem o defende é Paul de Grauwe, um economista conselheiro do Banco Central Europeu (BCE) e professor da London School Of Economics. Em entrevista à SIC, Paul de Grauwe defende que Portugal não pode ser comparado com a Grécia mas que daqui a meio ano o Governo vai ter de rever as previsões económicas. Porque, diz, com tanta austeridade as famílias e empresas não podem impulsionar a economia.

Conclusões (na íntegra) da Missão do FMI sobre a 6ª avaliação a Portugal

1. A crise que Portugal enfrenta resulta de um legado de políticas equivocadas diante de um ambiente em rápida transformação. As instituições e políticas económicas não conseguiram se ajustar às exigências e oportunidades da união monetária e da globalização. A rápida transição após décadas de repressão financeira e instabilidade monetária mostrou-se difícil. Em vez da materialização das promessas de crescimento sustentável para atingir os padrões de vida da UE, a união monetária facilitou a acumulação de desequilíbrios económicos e financeiros. A competitividade do setor de bens comerciáveis diminuiu. Com a cumplicidade de um sistema bancário inclinado a distribuir um volume excessivo de crédito sem levar em conta o alto risco, a alavancagem no setor de bens não comerciáveis aumentou consideravelmente, a despeito do crescimento débil da produtividade. O setor público, por sua vez, financiou a expansão acelerada dos gastos, particularmente com a proteção social, através da elevação dos impostos e acumulação de dívidas. Diante de tudo isso, as reações de política pública foram, na melhor das hipóteses, ténues. Por conseguinte, no primeiro semestre de 2011, o governo e os bancos portugueses foram excluídos dos mercados financeiros.
2. Como resposta, as autoridades portuguesas montaram um impressionante esforço de política económica para reverter gradativamente os desequilíbrios acumulados e prevenir novas crises. Um programa de ajustamento orçamental com impacto concentrado no curto prazo tem como objetivo restaurar a credibilidade no mercado de títulos públicos, ao mesmo tempo em que lança medidas de ajustamento externo. No setor financeiro, as medidas visam manter a liquidez e capitalização da banca, bem como facilitar a desalavancagem ordenada. No plano estrutural, as reformas abrangem desde as ineficiências dos tribunais até os controlos sobre os reajustes de alugueres, tendo como objetivo revitalizar a economia do lado da oferta. Já foram obtidos progressos consideráveis. Não obstante alguns reveses, o ajustamento orçamental básico registou avanços notáveis; também houve progressos significativos no ajustamento das contas externas.
3. No entanto, as perspetivas de curto prazo são incertas, e ainda é preciso vencer grandes desafios económicos a médio prazo. Em vista do abrandamento do crescimento dos parceiros comerciais, a economia provavelmente estará em recessão em 2013, enquanto que o desemprego continuará a subir, depois de já ter atingido picos históricos. Para além do curto prazo, a manutenção e consolidação da disciplina orçamental e a desalavancagem dos balanços do setor privado continuarão indispensáveis, apesar de gerar ventos contrários ao crescimento. É mister que o ajustamento orçamental prossiga, embora a quebra inesperadamente elevada de receitas esteja a atrasar a prossecução da trajetória original para o défice nominal. O estímulo ao aumento da competitividade no setor de bens comerciáveis, em simultâneo à redução das margens excessivas de lucros nos setores de bens não comerciáveis, exige reformas estruturais politicamente difíceis. A superação destes desafios continuará a testar o consenso social e político de Portugal, que até à altura tem-se revelado extraordinariamente robusto.
4. O êxito do programa também dependerá dos decisores europeus e a sua capacidade de avançar com as reformas para reparar as fissuras na zona euro. Embora a aplicação do programa de ajustamento ainda seja fundamental para solucionar os arraigados problemas económicos de Portugal, estes esforços internos terão de ser complementados por reformas nos mecanismos da zona euro, não só para lançar as bases do retorno permanente de Portugal ao financiamento de mercado mas também para evitar uma repetição da acumulação de desequilíbrios insustentáveis no futuro. O compromisso público dos líderes europeus em prestar o apoio necessário a Portugal até que o acesso ao mercado seja restabelecido, desde que o programa continue no bom caminho, constitui uma poderosa rede de segurança. Para superar a segmentação do mercado de crédito e restaurar os canais apropriados de transmissão da política monetária, seria igualmente importante esclarecer os critérios de habilitação para as Transações Monetárias Definitivas do BCE, à medida que o país começa a recobrar o acesso aos mercados de títulos.
Restauração e consolidação da responsabilidade orçamental
5. Apesar dos percalços, o ajustamento orçamental continua no bom caminho em termos gerais. As autoridades fizeram bons progressos na aplicação de uma série de medidas vigorosas em matéria de receitas e despesas. Os objetivos ainda são conter e reduzir gradualmente a dívida pública e, em simultâneo, restaurar a credibilidade da política orçamental, tanto em termos da consecução das metas anunciadas quanto em termos do fortalecimento do quadro orçamental, em linha com as obrigações de Portugal no âmbito da UE. A trajetória de ajustamento orçamental do programa ainda é ambiciosa, mas a insuficiência de receitas associada a um ajustamento externo e interno da economia que avança com mais celeridade do que o esperado exige uma trajetória de ajustamento um pouco mais espaçada do que se previa inicialmente.
6. Considerando o significativo ajustamento orçamental que ainda precisa de ser feito, deve-se encetar um debate público sobre como distribuir a carga do ajustamento orçamental restante de uma forma justa e propícia ao crescimento. Os gastos orçamentais, especialmente com salários e transferências sociais, aumentaram consideravelmente por muitos anos, sem que houvesse um vínculo claro entre os objetivos do Estado e a afetação de gastos no orçamento. O principal foco terá de continuar a ser a racionalização dos salários e das funções do setor público, bem como a reforma das pensões e outras transferências sociais, tendo como meta serviços públicos mais eficientes e uma redistribuição mais equitativa. Ao mesmo tempo, embora seja difícil reduzir a carga fiscal total nos próximos anos, existe espaço para diminuir as distorções da tributação e simplificar o sistema fiscal. Em especial, pode-se continuar a racionalizar as renúncias fiscais, enquanto que os incentivos fiscais existentes precisam de ser mais eficientes e vocacionados para as atividades do setor de bens comerciáveis. Uma base alargada de tributação permitiria a descida das elevadas taxas do IRS e especialmente do IRC, de modo a atrair mais investimentos diretos estrangeiros.
7. Para além dos progressos no ajustamento das contas públicas, a consolidação da responsabilidade orçamental exigirá um quadro orçamental muito mais robusto. A economia política provavelmente continuará a exibir um forte viés favorável aos gastos elevados e ao financiamento através do endividamento, enquanto permanece vivo o risco de reincidência nas políticas orçamentais indisciplinadas. Muito já foi feito para reformar o quadro orçamental, inclusive através da criação de um Conselho Fiscal. Contudo, o dever de implementar o pacto orçamental da UE oferece uma boa oportunidade para formar um consenso político para consagrar o princípio da prudência orçamental no tecido jurídico nacional. A manutenção do empenhamento em reforçar a supervisão e o controlo da mobilização de receitas e da gestão financeira pública será crítica para o cumprimento das promessas orçamentais.
Desalavancagem dos balanços do setor privado
8. Embora o sobreendividamento do setor privado esteja a passar por um ajustamento gradual, as dívidas elevadas ainda representam riscos para o crescimento e a rentabilidade da banca. A desalavancagem do setor empresarial é fundamental para restaurar a produtividade e o crescimento das empresas, mas este processo levará tempo, reduzindo as perspetivas de crescimento no curto e médio prazos. Embora as adequadas margens de proteção dos bancos tenham contribuído para evitar um ajustamento abrupto, persistem os riscos de que choques adversos venham a agravar as falências de empresas, resultando em novos prejuízos bancários. A alavancagem dos agregados familiares parece estar sob controlo, o que reflete em parte a ausência de uma bolha imobiliária em Portugal no passado e as baixas taxas do crédito hipotecário, mas também exige atenção constante em vista da subida do desemprego e da perda de rendimentos.
9. As políticas no âmbito do programa visam mitigar o risco de uma crise de crédito e, ao mesmo tempo, facilitar a desalavancagem ordenada. O apoio à liquidez prestado pelo Eurosistema, em conjunto com a finalização do exercício de aumento do capital bancário em 2012 e as medidas de supervisão reforçada, está a contribuir para manter a resistência do setor bancário face aos possíveis choques. Para além disso, já estão em marcha ou em plena ação os esforços para estimular a oferta de crédito para as empresas solventes — sem criar riscos adicionais para o balanço soberano. A reformulação dos instrumentos de reestruturação da dívida das empresas foi concluída em linha com as boas práticas internacionais, mas a sua aplicação efetiva precisa de ser monitorizada. Por último, foi instituído um quadro para facilitar a reestruturação amigável da dívida das famílias.
10. Para atenuar o risco de uma nova acumulação de endividamento privado, Portugal precisa de manter o ímpeto das atuais reformas para estimular a solidez do sistema financeiro. Espera-se que a desalavancagem bancária reduza a dependência dos bancos do financiamento não relacionado aos depósitos. Para além disso, o uso proativo de instrumentos de política macroprudenciais poderia ajudar a evitar o crescimento excessivo dos ativos bancários. Ademais, os bancos precisam de continuar a racionalizar as suas operações, com ênfase na redução da base de custos das suas operações internas. As iniciativas de fomento aos mercados de capitais também poderiam ajudar a diversificar a estrutura de financiamento das empresas. Por último, as iniciativas de política fiscal poderiam reduzir, no médio prazo, a tendência das empresas a favorecer o financiamento através do endividamento.
Restaura a competitividade e o crescimento
11. Um setor de bens comerciáveis mais competitivo é a chave para o crescimento sustentável e a redução das altas taxas de desemprego no médio prazo. Como evidencia a experiência de outros países, sobretudo na UE, um setor de bens comerciáveis competitivo e bem integrado às cadeias de abastecimento regionais e mundiais é o motor mais eficaz do crescimento convergente e sustentado. O progresso nesta área exige reformas estruturais em todos os setores para eliminar os entraves ao crescimento, baixar os custos de produção e comprimir as excessivas margens de lucros no setor de bens não comerciáveis. Embora o défice da conta corrente externa tenha diminuído a um ritmo inesperadamente rápido nos últimos dois anos, este acontecimento positivo ainda precisa de ser consolidado através de melhorias duradouras nos fundamentos concorrenciais do país.
12. A agenda de reformas estruturais do programa é abrangente e profunda, e são de louvar os esforços para a sua aplicação. As autoridades já realizaram ou deram início a uma vasta gama de reformas institucionais e estruturais nos mercados financeiro, de trabalho e de produtos, e estas reformas devem contribuir para reduzir o custo de fazer negócios, aumentas as pressões concorrenciais nos setores de bens não comerciáveis com margens excessivas de lucros e tornar a economia mais resistente a choques adversos. Ainda que como reflexo parcial de uma economia frágil, o custo unitário do trabalho já está em declínio, e as margens de lucros dos setores de bens não comerciáveis estão sob pressão. No entanto, é possível que sejam necessárias medidas adicionais para aumentar o ritmo e a abrangência das reformas, talvez através de novos incentivos vocacionados para a promoção das atividades dos setores de bens não comerciáveis.
13. Os esforços na aplicação das reformas estruturais terão de ser sustentados muito além do horizonte do atual programa. Será preciso monitorizar a eficácia do programa em remover os principais entraves ao crescimento, e a agenda de reformas talvez tenha de ser modificada em função da leitura dos principais indicadores de desempenho. Um dos riscos a médio prazo é que a recuperação do crescimento seja demasiado lenta para gerar um impacto significativo sobre o desemprego, provocando uma migração externa de trabalhadores jovens qualificados que poderia ser difícil de reverter. E, no longo prazo, Portugal precisará de realizar mais progressos na superação dos obstáculos mais fundamentais ao crescimento, especialmente os níveis educacionais ainda baixos em comparação aos parceiros comerciais e concorrentes. Neste contexto, e sobretudo se a economia vier a se recuperar no tempo previsto, desta vez Portugal terá de resistir à complacência na realização de reformas que causou problemas para a economia no passado.
A missão gostaria de agradecer às autoridades e aos demais interlocutores a gentil  hospitalidade e as discussões construtivas".
20 de Novembro de 2012
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(a) Como parte do seu mandato de supervisão do sistema monetário internacional, o FMI mantém discussões aprofundadas com cada país membro, a intervalos regulares, sobre as políticas económicas nacionais. Este exercício, que é conhecido com consulta nos termos do Artigo IV, envolve um exame detalhado das políticas orçamentais, financeiras e de outros setores chaves, de uma perspetiva de médio prazo. Ele não está ligado às avaliações trimestrais do programa de Portugal apoiado pelo FMI e a UE. As últimas consultas do FMI com Portugal ao abrigo do Artigo IV foram realizadas em Janeiro de 2010.
(b) A missão gostaria de agradecer às autoridades e aos demais interlocutores a gentil  hospitalidade e as discussões construtivas.

Comissão Política do PSD-M reune

A Comissão Política regional do PSD-Madeira quie foi empossada este fim-de-semana ano Congresso realizado no Funchal, reune-se amanhã, terça-feira, pela primeira vez sob a liderança de Alberto João Jardim. No mesmo dia em que o Orçamento de Estado para 2013 será votado na Assembleia da República. A situação política e a abordagem de questões que farão parte da agenda política regional nos próximos tempos - casos do Plano e Orçamento regionais para 2013 e da iniciativa de revisão constitucional - deverão ocupar a agenda desta primeira reunião, entre outros temas.

Brian Atwood: “Cortes nas despesas sociais não fazem sentido”

“Portugal não precisa de estrangeiros que vos venham dizer o que têm de fazer, defende. Portugal não deve cortar despesa pública nas áreas sociais - Saúde e Educação - porque são o garante do futuro e o que poderá colocar numa rota de crescimento dentro de cinco anos. A ideia é defendida por Brian Atwood, o actual presidente do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE, que tem como vice-presidente a portuguesa Ana Paula Fernandes. Em entrevista ao Diário Económico, o ex-presidente da USAID sugere que Portugal não precisa da ‘troika' para lhe apontar o caminho a seguir e está contra os cortes nos fundos de coesão.
- A actual crise na Europa e nos EUA - com o abismo orçamental - vai colocar a ajuda ao desenvolvimento num segundo plano?
Espero que não ponha, embora exista a ameaça. O desenvolvimento é um investimento porque nos ajuda a evitar mais catástrofes e a criar novos mercados.
- Como poderá um Governo atrair os empresários a investir em de-senvolvimento?
Têm um interesse natural nisso, já que são motivados pelo lucro e vêem que as taxas de crescimento não estão a acontecer nas nossas sociedades. A missão do desenvolvimento é reduzir-lhes o risco. Se conseguirmos usar suficiente ajuda ao desenvolvimento para alavancar os seus recursos e ter Parcerias Público Privadas que funcionam eles contribuirão para o desenvolvimento.
- Para Portugal, onde a procura interna está em terreno negativo e a economia em contracção, investir em países em desenvolvimento poderá ser a solução?
São necessárias pessoas com uma visão de futuro para defender essa ideia. Porque é muito mais difícil politicamente de o fazer actualmente. Caso não se invista no futuro, o futuro continuará a ser tão desolador como o presente. É necessário haver líderes políticos que estejam disponíveis para o ver.
- Defende que os países cortem excessos ao nível da despesa. Onde aconselharia o Governo português a cortar despesa?
Essencialmente na Administração Pública. Com o tempo, o Governo torna-se exorbitante na forma como gasta dinheiro, quer seja em motoristas, património. Essas coisas têm um enorme significado para o povo. Se as pessoas estão a sofrer não querem ver os seus líderes políticos a viver à grande. Essa também será uma questão agora com o orçamento europeu. Há muitas coisas que se podem fazer para cortar despesa pública. Não se deve cortar o coração e alma de programas que são bons investimentos para o futuro.
- Refere-se a cortes nas áreas sociais, como saúde e educação?
Esse tipo de cortes não faz sentido, porque estão a investir no vosso futuro.
- Critica que se insista no cumprimento das metas do défice, como se fosse um fim em si mesmo?
Está a ser feita muita pressão sobre Portugal. E creio que podem encontrar formas de cortar despesa pública sem afectar as pessoas. Para se ter crescimento no futuro é preciso capital humano. Francamente o futuro está nos jovens.
- Deveria haver um maior equilíbrio entre as políticas de consolidação orçamental e as políticas de crescimento?
Sim, não se pode matar uma economia à fome. É necessário encontrar formas de a estimular e isso não significa exceder-se e criar muito mais dívida, o que depois acabará por criar problemas. É necessário investir nas coisas certas e parte disso é investir na ajuda ao desenvolvimento, na Educação, na Saúde. São coisas que farão com que Portugal, dentro de cinco anos, esteja numa rota de crescimento.
- Referiu o orçamento europeu. Concorda que os cortes sejam feitos ao nível dos fundos de coesão?
Nem pensar. Os fundos de coesão são a forma de compensar as políticas económicas que têm de ser adoptadas em países como Itália e a Grécia, Espanha e Portugal. É necessário encontrar soluções orçamentais para isto. Caso contrário, não há esperança. Tem de haver uma transferência do Norte para o Sul. É uma continuação do que a União Europeia sempre pensou que fazia sentido. Ajudar a fortalecer a economia dos Estados mais fracos.
- Defendeu a ideia que Portugal seria capaz de resolver os seus problemas por si, sem ter uma ‘troika' às costas. Como?
Acredito nisso porque têm excelentes economistas em Portugal, assim com académicos e outros, que sabem quais são as respostas. Não precisam de estrangeiros que vos venham dizer o que têm de fazer.
- Mas precisamos do dinheiro deles.
Eu sei. Eles deveriam dar-vos o dinheiro e vir, de tempos a tempos, para ver os progressos que estão a ser feitos, mas não precisam de consultores externos a dizer-vos o têm de fazer” (um trabalho da jornalista do Económico, Mónica Silvares, com a devida vénia)

História: "Guardianas nazis: arcángeles del terror"

Hitler saluda a unas adolescentes de la Liga Alemana... parecían angelitos

“El MAL, con estas aterradoras mayúsculas, existe, late perverso entre nosotros, palpita cruelmente en los genes de la especie, dormita en hogares entrañables donde se cobija la alimaña. Seres, más o menos humanos, más o menos corrientes, se convirtieron en la Europa de los años treinta, en asesinos despiadados, impávidos torturadores, bestias sin límite, en el Gulag, y en los campos de exterminio nazi. Golpeaban, mutilaban, asesinaban, lanzaban perros furiosos contra los prisioneros, destrozaban los pechos de las detenidas a latigazos, colaboraban en los planes de selección del Dr. Mengele, el Dr. Muerte para sus dantescos experimentos, eliminaban a los niños enfermos, las mascotas, se paseaban a caballo entre los presos desnudos exhibiendo su crueldad, inoculaban enfermedades a los reclusos para observar su comportamiento.... Así se extendió la historia más universal de la infamia en los campos de exterminio.
Después de su «trabajo» en el campo de Buchenwald, los Koch tranquilos en familia

Terror global nazi
Era el terror global nazi, la solución final, la carnicería sistemática. Pero no era un terror anónimo. Detrás de los asesinatos y martirios sin número se escondían nombres propios, apellidos, biografías casi siempre bordadas a las calaveras de las SS. Y entre esos nombres, tantos, muchísimos, hasta casi cuatro mil de mujeres. Estos dantescos testimonios son recogidos en «Guardianas nazis. El lado femenino del mal» (Edaf), excelente libro de Mónica González Álvarez (con prólogo del forense José Cabrera), en la mejor tradición de los historiadores británicos que no solo aportan hechos y documentación, sino también sensaciones y emociones. Aquí no hay generalizaciones, aquí hay diecinueves caras dantescas, ejemplos del terror, porque como la misma escritora explica «es como debería de ser siempre. Conocer no solo la identidad de las víctimas sino también la de sus verdugos. Casos como estos no deberían de ocultarse jamás. Estas guardianas fueron muchísimo más crueles que sus camaradas masculinos. Fueron el brazo ejecutor de los peores crímenes que ha dado la Humanidad. Por ejemplo, "la Bestia de Auschwitz" torturó y mató a más de 500.000 "mascotas" judías. Así denominaba a sus víctimas. La Binz mataba a hachazos a mujeres embarazadas. O la popular “Zorra de Buchenwald” que ordenaba extirpar piel humana tatuada para fabricar lámparas de decoración».
Ehlert, Grese, Lothe, Stöfel, Schreirer, Dörr, Roth y Hempel, durante su juicio

Educadas para el odio
No eran casos aislados, esta gente recibía formación, instrucción y educación para hacer lo que hacían. Ése era el primer paso a seguir para formar parte del personal de las Waffen-SS. El destino inicial era Ravensbrück, también conocido como "Puente de los Cuervos", el principal campo de instrucción nazi. Allí ingresaron más de 3.600 mujeres entre 1936 y 1945. Durante las largas horas de entrenamiento aprendían a impartir dolor extremo, a golpear y apalear con toda clase de instrumentos, a practicar sacrificios, a seleccionar a niños y mujeres, o a realizar los famosos pases de revista donde obligaban a los reclusos a desnudarse y permanecer de pie durante horas. Una vez completada la instrucción eran enviadas a los múltiples campamentos de concentración y exterminio». Cuando dejaban el «trabajo», la mayoría llevaba una vida «normal» con marido e hijos. «Así es -continúa la historiadora-. Eran mujeres corrientes, insignificantes desde un punto de vista laboral, porque hasta que no se alistaron en la Liga Alemana de Mujeres no tuvieron un especial protagonismo, eran mediocres. Eran analfabetas y la mayoría no había ido ni a la escuela. Y si lo pensamos bien, cualquiera podría haber sido nuestra vecina porque, aparentemente, eran personas normales. Hasta que un buen día se toparon con los ideales promulgados por un Hitler hipnótico que les hizo caer en sus redes. Ilse Koch tuvo tres hijos y aún así disfrutaba fustigando con su látigo a criaturas y bebés hasta la muerte». Mónica González Álvarez las ha clasificado en arcángeles y apóstoles. La denominación merece una explicación: «Ambos vocablos reflejan a la perfección quiénes fueron estas mujeres. Para aquellos que puedan pensar que hay un significado religioso detrás me temo que no lo encontrarán. La palabra "arcángel" representa un "espíritu bienaventurado" de orden medio entre los ángeles y los principados. Por lo que si buscamos una similitud con el caso de las siete supervisoras germanas nos encontramos con unos seres "venerados" por su régimen y que se encontraban entre Hitler (su Dios) y las SS (los principados). Ahora bien, las auxiliares restantes a las que describo como "Las 12 Apóstoles del Reich", serían aquellas que predicaron y difundieron entre sus más fieles seguidores la semilla de la doctrina aria. Sin ellas la figura del Führer jamás se hubiera podido perpetrar un exterminio tan devastador».

 Herta Bothe, Gertrud Sauer y Herta Ehlert transportan un prisionero muerto
Kambach, Kessel, Haschke, Ehlert y Bothe, ya detenidas, en abril de 1945
Un plan asesino
Más terrible que el sadismo y la crueldad aterra pensar que la mayoría no estaban locas, sino que seguían un plan. «Después de leer las actas de los juicios, una se da cuenta que no solo ellas, sino todos los miembros que componían el Reich, creían fervientemente que no estaban haciendo nada malo, que todo era por el bien de la Humanidad. Limpiar el mundo de la lacra semita les hacía sentirse invencibles. Eran conscientes de la atrocidad y la consternación pero en ningún momento creyeron que estaban cometiendo crimen alguno. De hecho, ninguna se arrepintió de su comportamiento en los campos de concentración, todo lo contrario, se sentían de lo más orgullosas. Imagínese cuando algunas de ellas quedaron en libertad…». Tal era su comportamiento aterrador, que sus compañeros, curtidos nazis «les tenían miedo. Su sola presencia infundía pavor. Imaginémonos a las típicas mujeres de belleza aria, atractivas incluso, pero de talante rudo y mirada sádica, vestidas con botas altas negras y portando látigos, fustas o pistolas. Cuando caminaban por el campamento lo hacían buscando presas a las que torturar y eso se respiraba en el ambiente. Los prisioneros preferían morir en la cámara de gas que cruzar una sola palabra con cualquiera de ellas. Por eso sus camaradas preferían no llevarles la contraria y sus jefes intentaban mantenerlas contentas. Al fin y al cabo, ellas eran las dueñas y señoras de todo aquel horror. Si la Maldad existe, estas guardianas fueron sus principales representantes en la Tierra» (texto de Manuel de la Fuente, no ABC, com a devida vénia)

História: "Vigo, base de la comunicación nazi"

“España enfilaba el tramo final de su propia agonía, faltaba un año para que estallase la II Guerra Mundial y Vigo era un confortable nido nazi. Entre 1938 y 1939, el ministro de Asuntos Exteriores del III Reich, Joachim von Ribbentrop, se reveló para los trabajadores gallegos de la compañía de telégrafos británica como un ser insaciable. “Cada día eran muchos los telegramas cursados en clave secreta que enviaba Von Ribbentrop a sus colegas nipones el príncipe Konoe y el general Hideki Tojo. Desde Hamburgo eran recepcionados aquí, en Vigo, y por nuestras vías del Cable Inglés eran retransmitidos por escalas sucesivas hasta Japón”. La cita pertenece a las memorias inéditas de Alberto Carballo, un empleado de la Eastern Telegraph Company, ya fallecido, que quiso dejar constancia del estrés que les causaba la actividad negociadora de los nazis a él y sus compañeros.
José Ramón Cabanelas, investigador de rincones inexplorados de la historia viguesa, supo de la existencia de Carballo y sus recuerdos conservados en papel porque un día, tras una conferencia en un club social de la ciudad, se le acercó un sobrino de aquel telegrafista. Cabanelas, que ultima la maquetación de un libro titulado Vía Vigo, ya había comenzado entonces a perseguir la historia de la empresa británica que en 1873 eligió la ciudad para instalar la primera escala de su cable submarino, por el que circulaban mensajes en morse rumbo a América, en una dirección, y hasta el Lejano Oriente, en la otra.La irrupción de las memorias de Carballo dieron una nueva perspectiva a la historia del Cable Inglés, nombre con el que bautizaron los vigueses a la Eastern Telegraph. Ya no solo se trataba de la empresa que, probablemente, según comprobó Cabanelas, introdujo hacia 1876 el balompié (o “juego de pelota”, como le decían) en España a través de Galicia varios años antes de que se tuviese noticia del fútbol en Huelva (donde tradicionalmente, por las minas de Riotinto, se ha situado el origen de este deporte en el país). Ahora surgían unas serias implicaciones políticas, negociaciones a escala planetaria atando lazos para el conflicto y actividades paralelas de espionaje
“Tales telegramas”, escribía Carballo en sus memorias, “eran los que más nos traían de cabeza, pues en su mayoría constaban de cientos de palabras en grupos de cinco letras en lenguaje cifrado”. El edificio vigués del Cable Inglés en la calle Velázquez Moreno y el del Cable Alemán (Deutsch Atlantische Telegraphengesellschaft) compartían tabique y las firmas acabaron por abrir un par de ventanillas en él para pasarse los telegramas que la una o la otra debían rebotar al mundo desde este puerto atlántico. El cableado submarino de la Alemania nazi, inferior en extensión, calidad y seguridad al inglés, no tenía línea hasta Japón, y precisaba de los servicios de la nación que se perfilaba como enemiga para comunicarse con su inminente aliada.
Lo hacía siempre en clave, por medio de máquinas como la Enigma y la Lorenzo, que dejaban irreconocible cualquier texto. Con el tiempo todos los servicios de espionaje se hicieron con alguna Enigma, pero para descifrar aquellos códigos secretos era imprescindible, además, apropiarse del libro de claves y saber cuál estaba en vigor.
La intensidad del intercambio germano-nipón a través de Vigo se disparó aquel último año previo a la conflagración mundial y los servicios secretos británicos no lo pasaron por alto. Según relata Carballo, él y sus compañeros recibieron de arriba la orden de “coleccionar en su totalidad tales mensajes de Estado”. Esto “equivalía a copiarlos dos veces en cinta perforada y proceder a su chequeo antes de transmitirlos”, escribe el telegrafista, que luego aclara: “Ya es sabido que en los grupos en clave el simple error en una letra puede cambiar el sentido del mensaje al ser descifrado”. Este lapsus podría haber torcido la intención por completo y “tener una trascendencia enorme en aquellos telegramas que Ribbentrop enviaba a Japón”.
Von Ribbentrop negociaba al mismo tiempo con la URSS el reparto de Polonia y pretendía alcanzar con Japón un pacto secreto contra los soviéticos. Mientras tanto, por las oficinas del Cable Inglés en Vigo, primera escala mundial del imperio británico de las comunicaciones, pasaban autoridades y directivos procedentes de Londres que seguramente se ocupaban de algo más que de supervisar la eficacia de su plantilla gallega a la hora de picar telegramas. Entre el personal hubo colaboradores del MI6, el Servicio Secreto de Inteligencia.
Cabanelas destaca la figura de Roderick Price Mann, un responsable del cable que no quiso marchar durante la II Guerra (cuando la línea submarina fue cortada por los nazis y quedó inservible) y que tras el conflicto fue condecorado por sus servicios con la Orden del Imperio Británico. Se había casado con una viguesa, Ana Valdés, y vivió en Baiona hasta su muerte, en 1985. Dicen que Mann conocía Galicia al milímetro e informaba a la Inteligencia de movimientos portuarios sospechosos.
Del Cable Inglés ya no queda mucho. O eso parece. Libros, muebles, puertas victorianas recicladas, una bandera, un cabo de cable que asoma entre las rocas en la costa viguesa de Alcabre con la bajamar, la viuda de Mann, residente en Londres, y un conserje, Serafín Otero, de 92 años, que ahora vive en Madrid. Pero Cabanelas, con la publicación de su libro, aún conserva la esperanza de hallar nuevos materiales, hasta algún rollo de cinta picada en morse de aquellas copias duplicadas con caracteres de cinco en cinco, por completo ininteligibles” (texto de Silvia R. Pontevedra publicado no El Pais, com a devida vénia)

El derroche sin límites del rey zulú

Segundo o La Vanguardia, "el monarca zulú vive como un rey. Y viaja como tal. La casa civil del monarca de la provincia Kwazulu-Natal, en el este de Sudáfrica, desveló esta semana que los viajes en jet privado o helicóptero del rey Goodwill Zwelithini durante este año para asistir a bodas, funerales o actos tradicionales, a los que va acompañado de princesas y ayudantes, han costado a las arcas públicas 70.000 euros mensuales. Pero este no es el único gasto público del monarca, que con un gran poder simbólico en la provincia, pero sin poder político nacional, tiene un presupuesto anual de 5,18 millones de euros, controlado por las autoridades de la región zulú. Aunque controlado es un decir. El jefe del departamento financiero de la casa real, Mduduzi Mthembu, admitió el jueves que era "difícil" supervisar los gastos de los viajes del rey. Johan Krog, portavoz de asuntos económicos de Alianza Democrática, principal partido de la oposición, tildó de inaceptable que el monarca viaje en aviones privados o helicópteros mientras el Gobierno debe recortar en otras partidas, y criticó que la casa real supera el presupuesto programado. "A menos que todos los departamentos de la casa civil apliquen medidas de austeridad, seremos como Grecia, que no es capaz de afrontar sus deudas. Si el rey no se ajusta a la situación, habrá problemas", señaló. No es habitual oír críticas al principal líder del grupo étnico más numeroso de Sudáfrica. Más allá de sus funciones oficiales como viajar para promocionar el turismo y la cultura de la región zulú, el rey Zwelithini ejerce una extraordinaria influencia en el país en su papel de jefe tradicional y dirige el Ingonyama, una entidad que administra, sin pagar impuestos, sus tierras -un tercio de toda la provincia- y los beneficios de sus derechos minerales. Senzo Mkhize, portavoz del Congreso Nacional Africano, partido en el poder, fue más benévolo con el rey, que es, además, el líder del Ubukhosi, la institución reconocida por el estado sudafricano que engloba a los líderes y jefes locales. Lo hizo con una justificación sui géneris: aseguró que la culpa era de los ayudantes, que se excedían en cumplir los deseos del monarca. "La falta de procedimientos de gobierno en su casa civil ha acabado derivando en que sus funcionarios aceptan las peticiones del rey sin vincularlas a un presupuesto", apuntó. El problema es que llueve sobre mojado. Periódicos sudafricanos como The Mercury o The Times denunciaron que, aunque el 58% de los habitantes de la provincia zulú vive por debajo del umbral de la pobreza y hay un 20% de desempleo (el doble, según cifras no oficiales), este ha sido un año de gastos imprevistos en el palacio real. O palacios: el mes pasado, el rey Zwelithini, de 64 años, pidió al Gobierno sudafricano que gastara más de medio millón de euros en construirle un palacio a su sexta mujer. Los retoques a los palacetes de sus esposas o princesas -tiene 25 hijos- han supuesto otro pellizco: recientemente gastó 90.000 euros de dinero público en un jacuzzi y un gimnasio, y 12.000 en construir un vestidor para una de sus hijas. Los palacios reales se encuentran en varios lugares de Nongoma, una zona rural 300 km al norte de Durban, principal ciudad de la zona. Las esposas del rey se han adaptado rápido a la vida relajada de su esposo. El 2008, la oposición criticó que las mujeres del rey Zwelithini se habían gastado unos 20.000 euros en vacaciones y ropa de diseño”

Silva Lopes admite que governo não lhe inspira confiança

Li aqui que “o antigo ministro das Finanças Silva Lopes reconhece que este governo não lhe inspira grande confiança e critica a falta de preocupação com a equidade que tem revelado nas suas medidas. Em entrevista à jornalista da Antena1 Maria Flor Pedroso, Silva Lopes comenta a reforma das funções do Estado afirmando que gostaria que nos próximos meses se desenhassem opções básicas alternativas. Um aspeto que considera certo é o corte das pensões. O antigo governador do Banco de Portugal pede equidade. “O que eu espero – e este governo não me inspira grande confiança – é que quando cortarem cortem com critérios de equidade razoáveis. Não é cortar linearmente, como fizeram agora com o IRS, que aumentaram nalguns casos mais para os pobres e médios do que para os ricos”, aponta”

TVI: «Não há alternativa à catástrofe»

Constança Cunha e Sá reprova insistência do Governo em «manter o rumo», quando dados da execução orçamental revelam que estratégia está «errada» (veja aqui o vídeo da TVI)

Conheçam o "Clube de Bilderberg"...

O Clube de Bilderberg, ou Grupo Bilderberg, é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados, muitos dos quais são personalidades influentes no mundo empresarial, acadêmico, mediático ou político. Devido ao fato das discussões entre as personalidades públicas oficiais e líderes empresariais (além de outros) não serem registradas, estes encontros anuais são alvo de muitas críticas (por passar por cima do processo democrático de discussão de temas sociais aberta e publicamente). O grupo de elite se encontra anualmente, em segredo, em hotéis cinco estrelas reservados espalhados pelo mundo, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido no Estados Unidos e Canadá. Existe um escritório em Leiden, nos Países Baixos. A intenção inicial do Clube de Bilderberg era promover um consenso entre a Europa Ocidental e a América do Norte através de reuniões informais entre indivíduos poderosos. A cada ano, um "comitê executivo" recolhe uma lista com um máximo de 100 nomes com possíveis candidatos. Os convites são enviados somente a residentes da Europa e América do Norte. A localização da reunião anual não é secreta, e a agenda e a lista de participantes são facilmente encontradas pelo público, mas os temas das reuniões são mantidos em segredo e os participantes assumem um compromisso de não divulgar o que foi discutido. A alegação oficial do Clube de Bilderberg é de que o sigilo previniria que os temas discutidos, e a respectiva vinculação das declarações a cada membro participante, estariam a salvo da manipulação pelos principais órgãos de imprensa e do repúdio generalizado que seria causado na população. Algumas teorias dizem que o Clube Bilderberg tem o propósito de criar um governo totalitário mundial.
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Silva Lopes: Alemanha está a arrastar Portugal para a desgraça

Segundo o Económico, "o antigo ministro das Finanças acusa a Alemanha de impor as suas políticas a Portugal e a outros países europeus, o que considera ser uma asneira monstruosa. Em entrevista à Antena1, Silva Lopes dá como exemplo o impasse que está a marcar as negociações no Conselho Europeu para defender que Berlim está a cometer uma asneira monstruosa que vai levar Portugal e a Europa em geral à desgraça. "Eles não quiseram expandir a procura interna, não quiseram expandir o consumo, quiseram travar os salários, não aumentaram os gastos do Estado, e a única coisa que eles quiseram foi aumentar as exportações. Eles aí são muito bons", afirma. "Querem impor essa política aos outros países, e, portanto, isto acaba na desgraça. Nós vamos na enxurrada. Somos os primeiros, aliás", acrescenta. O resultado final poderá ser o fim da moeda única. "Eu admito que o euro não vai poder funcionar com estas regras alemãs", até porque "o que os alemães fazem é uma asneira monstruosa". "Admito que o euro, a prazo, se possa partir", remata".

Futebol: Gandula ajuda em golo do Botafogo contra o Vasco

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Crime dentro do campo!

El presidente de Uruguay ya tiene su propio avión...

Li no El Mundo que “el presidente de Uruguay, José Mujica, dispondrá de ahora en adelante de un avión para realizar vuelos nacionales y regionales, a partir de la adquisición realizada por la empresa petrolera estatal Ancap. El bimotor Cessna Modelo 414 con capacidad para seis pasajeros y un costo de 385.000 dólares (casi 300.00 euros) fue adquirido por la Administración Nacional de Combustibles, Alcoholes y Portland (Ancap), una empresa del Estado que también destinará la aeronave al uso de otras empresas estatales. Mujica, un presidente sin avión presidencial –aunque en este 2012 se comenzó a barajar con fuerza la posibilidad de compra a una empresa de Brasil, a bajo costo- podrá hacer uso de la nave para sus vuelos en cielo uruguayo, además de la posibilidad de viajar a destinos cercanos en la región, esencialmente países fronterizos como Brasil y Argentina además de Paraguay. Los Servicios de Salud del Estado, el Banco de la República Oriental del Uruguay, y la empresa de telecomunicaciones del Estado (Antel) podrán hacer usufructo del avión, evitándose así el alquiler a compañías privadas.
La justificación
Por su parte, Mujica dejará de usar los helicópteros de la Fuerza Aérea Uruguaya, el medio de transporte aéreo que utilizaba el primer mandatario para sus traslados en la geografía del país. "Estamos teniendo mucho gasto de alquiler de aviones privados, tenemos muchos viajes al interior en forma a veces insegura al ser por carretera y de noche, y viajes a lugares de la región que con el cierre de Pluna se nos complican, sobre todo a Buenos Aires", dijo el presidente de Ancap, Raúl Sendic, a medios de Montevideo al justificar la adquisición. También se informó que la aeronave puede aterrizar y despegar en pistas de césped, lo cual facilitará su uso en diversas superficies del país adonde se quieran trasladar, tanto el presidente como los funcionarios de las empresas del Estado que así lo requieran”.

Sondagem i/Pitagórica: Rui Rio mais popular que Passos para liderar PSD

Garante o Jornal I que "os líderes dos dois maiores partidos portugueses não são bem vistos pela maioria dos inquiridos da sondagem i/Pitagórica. Para líder do PSD, 30% preferem Rui Rio para chefiar os sociais-democratas. Passos Coelho aparece como terceira escolha, com 11% das preferências e mais bem vista do que Passos surge a sua antecessora na liderança, Manuela Ferreira Leite, com 15,4%. Trinta por cento dos inquiridos manifestaram não ter qualquer opinião. No que respeita ao PS, também a maioria dos inquiridos rejeita o actual secretário-geral, António José Seguro, que obtém apenas 18,8% das preferências. António Costa, o presidente da Câmara de Lisboa, é o mais bem classificado para líder do PS, com 40% dos inquiridos a defendê-lo. Francisco Assis, que enfrentou António José Seguro no último congresso do PS, obtém 11,4%. Mas o regresso de Sócrates à liderança do partido é totalmente rejeitado pela maioria: apenas 4,4% defendem esse cenário. São os inquiridos com idade entre os 35 e os 54 anos, pertencentes as classes sociais mais altas e que nas últimas eleições votaram PSD ou PCP-PEV que mais referem António Costa. Mas o barómetro revela que António José Seguro também é a segunda escolha das pessoas que votaram PS nas últimas eleições. No CDS, a liderança de Paulo Portas mantém-se incontestada. A amostra revela que é o melhor líder centrista para 35,4% dos inquiridos. Em segundo lugar vem Nuno Melo, deputado no Parlamento Europeu e em terceiro José Ribeiro e Castro, ex-presidente do CDS. Quanto ao Partido Comunista, o secretário-geral Jerónimo de Sousa é considerado o melhor líder para o PCP por 39,8% dos inquiridos. Segue-se o líder parlamentar Bernardino Soares, com 17,1% das preferências e em terceiro lugar a jovem deputada Rita Rato, com 6,8%. Quanto ao Bloco de Esquerda, que vive neste momento um processo de sucessão, nem João Semedo nem Catarina Martins – cuja liderança bicéfala a próxima convenção do Bloco de Esquerda deverá aprovar – aparecem referidos. A maioria dos inquiridos continua a preferir Francisco Louçã, o coordenador demissionário do Bloco de Esquerda, como o melhor líder. A seguir vem a deputada Ana Drago, com 16,7% e em terceiro lugar Luís Fazenda, líder parlamentar"

Los tres mundiales de Vettel

Passos Coelho vaiado por alguns delegados à chegada ao congresso

O primeiro-ministro entrava na sala do congresso acompanhado por Alberto João Jardim quando se começaram a ouvir algumas vaias e apupos. A contestação só deixou de ser audível quando a maioria dos congressistas começou a gritar pelo nome do presidente do Governo Regional da Madeira.

Alberto João Jardim defende o Estado Social

Perceba as Parcerias Público-Privadas em Portugal...

Programa emitido pela Sic Notícias em Julho de 2012.

Portugal: "Os Caminhos da Incerteza"

Natal acompanha mau ano para a publicidade

Segundo o Económico, "nem o Natal deverá salvar o mercado publicitário, num ano em que se antecipa uma quebra do investimento que pode chegar a 20%. A menos de um mês da consoada, há muitas marcas que ainda não arrancaram com as campanhas, para a época que representa a maior fatia das suas vendas. "O Pai Natal não vai trazer surpresas ao mercado publicitário", garante André Andrade, presidente executivo da Aegis Iberia, antecipando um Natal "em linha com um ano que foi bastante difícil". Tendo em conta que algumas marcas preferiram atrasar o arranque das campanhas para concentrar o investimento, o responsável pelo grupo que detém a agência de meios Carat acredita que o mercado publicitário vai fechar o ano com uma quebra entre os 15% e os 20%. Manuel Falcão, responsável pela Nova Expressão, aponta um intervalo menor. "As nossas previsões indicam que houve uma quebra acumulada do investimento no final de Outubro entre os 18% e os 19%. Se este Natal for semelhante ao do ano passado, este intervalo pode ficar nos 16% a 17%, mas é difícil prever", diz. Tradicionalmente, o período de forte apelo ao consumo natalício situa-se entre a última semana de Novembro e as duas primeiras de Dezembro, enquanto a semana de mais compras acontece imediatamente antes do Natal. Apesar deste calendário, o CEO da Nova Expressão constata que "neste momento há mais campanhas à espera de decisão" do que havia no mesmo período do ano passado. As agências de publicidade fazem um retrato semelhante. Para a Uzina, que venceu recentemente a conta da easyJet, o menor investimento dos clientes foi compensado pela aquisição de novas contas. "Como ganhámos novos clientes e não perdemos nenhum, previmos que a facturação no último trimestre fique acima da registada em 2011. Mas, se a carteira de clientes não tivesse crescido estaríamos 10% a 15% abaixo", revela António Roquette, responsável da agência. Também Anthony Gibson garante que o grupo Publicis, que preside, teria registado uma quebra semelhante não fossem os projectos ganhos na área da internet, planificação estratégica e eventos. Gibson sublinha a redução de investimento das marcas de automóveis, por contraponto com os artigos eléctricos e os alimentos que mantiveram os níveis do ano passado. Já Leandro Alvarez, da TBWA, fala de estabilidade "face à mesma época do ano passado, já marcada pelo programa de austeridade". Na mesma linha, Ana Rita Almeida, directora-geral da BBDO, identifica uma tendência para que as estratégias das marcas sejam cada vez "mais pensadas de forma integrada", o que explica "a existência de poucas flutuações no período natalício"

Suspensos subsídios de fixação e compensação para conservadores e notários na Madeira e Açores

Revela o Açoriano Oriental que "a maioria parlamentar PSD/CDS-PP aprovou esta sexta-feira a suspensão do subsídio de fixação e do subsídio de compensação e o pagamento de viagens para o continente dos conservadores e notários da Madeira e Açores. De acordo com as normas do Orçamento do Estado para 2013 aprovadas pela maioria e rejeitada pela oposição, a suspensão abrange o período de vigência dos programas de assistência financeira à Região Autónoma da Madeira e da Região Autónoma dos Açores. Estas ajudas pretendiam colmatar a dificuldade em preencher estes lugares por falta de interessados e datam de 1981.Assim, para atrair conservadores e notários para as duas regiões, foram criados incentivos como a bonificação de um quarto tempo de serviço prestado como conservador e notário em qualquer lugar das regiões autónomas, para efeitos de aposentação, dar preferência legal em concursos para vagas abertas no continente em serviços de 3.ª classe, o serviço prestado durante três anos naquelas regiões autónomas em lugares da mesma espécie. Estes contemplam ainda o pagamento "por inteiro das passagens de ida e volta aos conservadores e notários que queiram gozar férias no continente, desde que tenham um ano de serviço nas regiões autónomas, bem como aos familiares a seu cargo que os acompanharem". PCP, Bloco de Esquerda e Partido Socialista demonstraram-se contra esta suspensão. Entre as propostas que pretendiam esta suspensão estavam duas propostas do deputado socialista eleito pelo círculo dos Açores, Ricardo Rodrigues".

Barómetro i/Pitagórica: 70,2% dos portugueses rejeitam eleições antecipadas

Li no Jornal I, texto do jornaslista Luís Rosa, que "a acção do executivo PSD/CDS continua a merecer a rejeição da maioria, mas 70,2% dos inquiridos do barómetro i/Pitagórica preferem a estabilidade. A imagem de instabilidade e eleições antecipadas que marcaram a vida política da Grécia durante o cumprimento do primeiro acordo com a troika são rejeitadas pela maioria dos inquiridos do barómetro i/Pitagórica. A taxa de aprovação do governo de Passo Coelho continua a ser claramente negativa, mas os portugueses ainda não vêem a oposição como uma alternativa sólida à maioria PSD/CDS. O PCP e o Bloco de Esquerda têm sido os maiores defensores da demissão do governo e da realização imediata de eleições, mas esse cenário é claramente rejeitado pelos inquiridos: 70,2% discordam de tal proposta, enquanto 24,7 aceitam uma crise política como uma boa solução. Os maiores defensores da estabilidade governativa são os homens com 55 anos ou mais, pertencentes às classes sociais com maior poder económico, que votaram precisamente no PSD e no CDS-PP nas últimas legislativas. Apesar de defenderem a estabilidade, a maioria dos inquiridos continua muito descontente com a acção do governo. Oito em cada dez inquiridos desaprova a forma como o executivo está a governar, sendo as mulheres pertencentes à classe média baixa, entre os 18 e os 34 anos, os inquiridos mais insatisfeitos. A taxa de reprovação praticamente não se alterou face ao barómetro de Outubro. CDS sobe e esquerda mantém maioria absoluta. Tal desaprovação, contudo, reflecte-se de forma diferente na intenção de voto nos partidos da maioria. Enquanto que o PSD desce 3,1% em relação ao mês passado, ficando-se pelos 26,4%, já o CDS sobe 1,5%. Mesmo assim, o resultado conjunto dos partidos que suportam o governo não vai além dos 36,2% – longe dos 50,4% que obtiveram nas legislativas antecipadas de 2011. O PS de António José Seguro continua a subir, alcançando os 36,2% das preferências dos inquiridos – o que perfaz uma subida de 2,1% face a Outubro. Enquanto que a CDU e o Bloco de Esquerda têm uma subida ligeira. Somando as intenção de voto nos partidos de esquerda obtemos um valor de de 53,5% – valor três pontos superior ao do mês passado e mais do que suficiente para formar um governo com maioria absoluta. Tendo em conta o debate sobre coligações à esquerda que tem vindo a ser feito, é um valor a reter. Todos estes resultados de indicação de voto dos inquiridos que foram alvo de tratamento de abstenção (que se situa entre os 40,8% e os 49,8%) e de distribuição de indecisos (que atingem os 30,6%) por parte da Pitagórica. Os indecisos são principalmente homens, indivíduos com idades entre 35 e 54 anos, pertencentes às classes sociais mais baixas (C2 e D). Em termos de voto directo, o PS atingiu a preferência de 25,5% dos inquiridos, enquanto o PSD ficou-se pelos 20,1%, o PCP pelos 8%, o CDS-PP pelos 8,6% e o Bloco de Esquerda pelos 4%. Neste contexto, o número de indecisos atingiu os 26,8% dos cidadãos ouvidos pela Pitagórica, tendo os votos em branco ou nulos atingido 7,1%. Posteriormente, a empresa de sondagens fez um tratamento de abstenção – onde foi avaliada a probabilidade de cada um dos inquiridos ir, de facto, votar – e distribuiu proporcionalmente os indecisos por cada um dos partidos"

Sondagem i/Pitagórica: 82,1% defende cortes na despesa em vez de aumento de impostos

Revela o Jornal I que "
a maioria quer cortes na despesa, desde que não atinjam a saúde e a educação. Governo deve cortar nas empresas públicas e autarquias. Veja no PDF em baixo os resultados gráficos da sondagem. É a questão que tem marcado todo o debate público e está no centro das recentes divergências dentro do governo. Para atingir o tecto do défice acordado com a troika, aumentam-se impostos ou corta-se na despesa pública? A esmagadora maioria dos inquiridos ouvidos pela sondagem i/Pitagórica defende que devem ser os cortes na despesa – e não o aumento de impostos – a contribuir para esse esforço. Mas as respostas evidenciam também que a defesa do corte na despesa pública se restringe ao apoio aos cortes nas empresas públicas e autarquias. É que também quase nenhum inquirido está disponível para aceitar cortes em duas funções do Estado responsáveis pelo grosso da despesa – saúde e educação. Dos 82,1% que preferem cortes na despesa a aumentos de impostos, 61% defende que esses cortes deverão atingir as empresas públicas e 30% as autarquias. Apenas 0,7% defende cortes nas despesas de educação e ainda menos (0,2%) aceita cortes nas despesas de saúde. O problema dos cortes na despesa versus aumento de impostos tem estado no centro das divergências na coligação. No início de Outubro, quando já era visível a sua derrota dentro do governo relativamente ao aumento de impostos, Paulo Portas dizia: "Só há uma coisa a fazer: um trabalho significativo e redobrado de redução da despesa que permita moderar essa carga fiscal." Era "preciso encontrar as medidas de redução de despesa". Hoje, o CDS é muito mais cauteloso, depois de a coligação ter estado por um fio na semana passada – e conforme noticiou o "Expresso", Paulo Portas ter admitido mesmo abandonar o governo e a liderança do partido, tendo em conta o facto de tudo o que está a fazer entrar em contradição com o que prometeu na campanha eleitoral. Mas o problema "corte na despesa pública" é profundo – os gastos "sumptuários" denunciados por Passos Coelho são uma gota no oceano. O verdadeiro peixe graúdo são salários de médicos, professores, polícias e gastos com pensões".

Sondagem: 81,5% não aprova a acção deste governo. PS à frente nas intenções de voto

Segundo a jornalista Ana Sá Lopes do Jornal I - que iniciou hoje a publicação de um barómetro, produzido em colaboração com a Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado - "o Orçamento do Estado conseguiu dar cabo do que restava da boa imagem do governo. No barómetro i/Pitagórica, realizado já depois de serem conhecidas as linhas gerais do documento Gaspar, 85,5% dos inquiridos "desaprova" a forma como o executivo está a governar o país: 8 em cada 10 inquiridos está contra a acção do governo. E apenas um reduzido número de 18,5% a aprovam. Os maiores "desaprovadores" do governo têm entre 18 e 54 anos, pertencem a classes mais baixas e nas últimas eleições votaram PS ou CDU. Confrontados com uma escala de 0 a 20 pontos, 6 em cada 10 inquiridos atribui pontuação igual ou inferior a 7 à actuação do governo. As avaliações mais baixas são atribuídas pelos inquiridos que têm entre 18 e 34 anos, de classes sociais mais baixas e que nas últimas eleições votaram à esquerda. Numa escala de 0 a 20, 29% dos inquiridos avaliam o governo na faixa entre os 8 e os 14 pontos. Apenas 10,2% dos inquiridos se aproximam da avaliação entusiástica (na escala, entre os 15 e os 20). Mesmo assim, com o apoio popular ao governo nas ruas da amargura, são bastante mais os que apoiam o PSD do que os que apoiam o executivo e que votariam neste partido se as eleições se realizassem hoje – com a distribuição de indecisos o PSD atinge um número de 29,5%. Quanto ao PS, passa para o primeiro partido mais votado do barómetro e já tem o voto garantido – fossem hoje as eleições – de 34,1% da amostra. Recorde-se que nas eleições de 5 de Junho de 2011 o PSD foi o partido mais votado com 38,7% dos votos, enquanto o PS, na altura liderado por José Sócrates, obteve apenas 28,5%. Ainda menos do que o barómetro prevê hoje para o PSD.
Dos partidos mais pequenos, a CDU surge no barómetro como o terceiro partido mais votado – 9,1%. Nas eleições de 2011, tinha sido o CDS a ocupar o posto de terceiro mais votado, com 11,7% dos votos e a CDU apenas recolheu 7,9%. A intenção de voto no CDS desce, no barómetro i/Pitagórica, para os 8,3%. O Bloco de Esquerda aparece como o partido que recolhe menos intenções de voto dos inquiridos pelo barómetro – 7,2%. No entanto, este número significa um aumento de dois pontos face à votação obtida em 5 de Junho de 2011, quando o Bloco de Esquerda obteve 5,2% nas eleições legislativas. No entanto, a percentagem dos inquiridos pelo barómetro que se manifestou indecisa atinge 34,7%, enquanto o departamento dos brancos/nulos obtém 7,7%. Esta percentagem foi distribuída nos números relativos à intenção de voto em cada partido que apresentamos aqui – enquanto a previsão da abstenção se situa entre os 40,2% e os 49,2%. Relativamente ao partido que neste barómetro aparece como mais votado – o PS – conclui-se que a maioria dos que tencionam votar no Partido Socialista é do sexo masculino, tem idade superior a 35 anos, pertence à classe média-baixa e reside nas regiões centro e Algarve. Também a maioria dos eleitores que manifesta a intenção de votar no PSD é do sexo masculino. Mas pertence a classes sociais mais altas e reside no Norte ou nas ilhas. O CDS tem apoios também no eleitorado masculino, que se distribuem pela classe social mais alta e pela mais baixa. Vivem nas regiões Norte, Lisboa e ilhas. Os indecisos são maioritariamente mulheres, pessoas com mais de 55 anos, provenientes das classes sociais mais baixas e residentes na região de Lisboa"