quinta-feira, janeiro 31, 2013

Autor de "Os Segredos da Maçonaria Portuguesa" afirma que há maçons em todos os distritos

Li aqui que "o jornalista António José Vilela, autor do livro “Os segredos da Maçonaria Portuguesa”, que é apresentado quinta-feira, em Lisboa, afirma, nesta sua obra, que “os maçons estão em todos os distritos portugueses”. A obra, que cita e reproduz documentos internos maçónicos, é apresentada às 18:30 de quinta-feira, na Livraria Bertrand Chiado, em Lisboa, por Eduardo Dâmaso, diretor adjunto do jornal Correio da Manhã. No texto de abertura da obra, o autor afirma que “há organizações que urge desvendar, de forma independente e sem amarras”, sendo uma delas a Maçonaria Portuguesa, à qual dedica mais de dez anos de investigação. No mesmo texto, o jornalista garante que a informação contida no livro, em que refere vários nomes da política e figuras públicas, foi através de “dezenas de fontes”. Vilela sublinha que "nunca foi maçon, nem sequer aspira a sê-lo ou tem algo contra a Irmandade portuguesa", e enfatiza que o livro resulta de "uma investigação jornalística". António José Vilela cita vários documentos internos da maçonaria e reproduz alguns em anexos, como “a instalação” de maçons em determinada loja (designação dadas às diferentes células da organização), atas de reuniões, decretos, convites feitos a personalidades, propostas de orçamento e até o “questionário de iniciação maçónica”.
O livro discrimina as diferentes “lojas” dispersas por todo o território nacional e os seus respetivos responsáveis, em outubro de 2006. Ficamos assim a saber, por exemplo, que na “loja Gomes Freire”, em Leiria, o “venerável mestre” era Eduardo Jorge Fatela dos Santos, fazendo ainda parte Alfredo Sousa Gomes, “representante na Grande Dieta”, Rui Pedrosa, como “primeiro vigilante”, e Manuel Silva Branco, como segundo, sendo “experto” José Manuel Carvalho Fava. No total são referenciadas 58 lojas em Portugal e uma em Macau, várias localizadas em Lisboa e no Porto, mas também am Almancil, Cartaxo, Arganil, Cascais ou Vila Real. Nos Açores, em Angra do Heroísmo, há uma única loja, a "Vitorinmo Nemésio", liderada pelo "venerável mestre" Dimas Costa Lemos, fazendo também parte Jorge Paulus Bruno, como "representante e primeiro vigilante", Júlio Dinis Lopes da Silva, como "representante (suplente e segundo vigilante) e Francisco Jorge Silva Teixeira (primerio experto)". O autor lista também os “mestres veneráveis maçons e oficiais” da Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal no biénio 2009/10. Ao longo do texto, surgem nomes de membros do atual e anterior Governo, como Miguel Relvas, autarcas como Isaltino de Morais, sendo ainda referida a festa maçónica abrilhantada pelo ator/imitador Fernando Pereira, entre outros factos. O autor chega ao pormenor de citar "sms" ("short message system") trocadas entre "maçónicos". Vilela, 44 anos, jornalista na revista semanal Sábado, é, desde 1999, professor assistente do instituto de Ciências Sociais e Políticas, de Lisboa, e já recebeu o Prémio Reportagem Segurança Rodoviária (1999) e Orlando Gonçalves/Câmara da Amadora (2004). Este é o quinto título do jornalista que, no ano passado publicou “Salazar e a conspiração do Opus Dei”.