quarta-feira, julho 31, 2013

Opinião: "Quem pagará a redução do IRC?"

"Lobo Xavier apresentou a sua proposta para reforma do IRC. Ela traduz-se em duas medidas fundamentais. A primeira: a redução do IRC, que tem hoje uma taxa média efetiva inferior a 17%. E o aumento do prazo para reporte de prejuízos de 5 para 15 anos, que corresponde a uma redução suplementar. As duas medidas associadas trarão a perdas fiscais para o Estado. O que terá obrigatoriamente de ser compensado por mais cortes nas despesas sociais do Estado (o que corresponde sempre a perda de rendimento efetivo das pessoas) ou por mais aumentos nos impostos sobre o trabalho e consumo. A não ser, claro, que haja uma flexibilização das metas do défice impostas pela troika, o que não parece ser o caso. É que ainda ninguém conseguiu provar que esta medida traga um enorme crescimento económico e de emprego que se traduza num aumento de receitas fiscais. Pelo contrário, todos os números mostram não haver, historicamente, qualquer relação entre a redução dos impostos às empresas e o aumento do investimento e do emprego.
Estas medidas parecem justas e, no conjunto de propostas apresentado, há uma simplificação fiscal que merece elogio. No entanto, como alguém vai ter de pagar o que se perderá, limita-se a acompanhar o movimento a que temos assistido nas últimas décadas, na Europa e nos EUA, de transferência de obrigações fiscais do capital para o trabalho. Que foram acompanhadas por reduções substanciais dos salários reais e pela perda de serviços públicos e prestações sociais. Em Portugal, vale a pena fixar os números divulgados em "Desigualdade em Portugal" (Edições 70): em meados dos anos 70 o trabalho ficava com 59% da riqueza produzida, hoje fica com 39%. E são estes 39% que têm de garantir quase todo o funcionamento do Estado. Assim, é natural que o Estado Social seja incomportável.
Estas perdas foram, durante vinte anos, compensadas pelo endividamento das famílias para ter acesso a coisas tão básicas como a habitação, a saúde e a educação. Esta redução fiscal para as empresas, seguida em grande parte dos países, resultou também em défices crónicos para os Estados. Défices que foram compensados com cortes nas suas funções sociais e endividamento público. Mais endvidamento das famílias e dos Estados, mais desigualdade e estagnação dos mercados internos. É o resumo da competição fiscal para atrair empresas. E que, como todos fazem o mesmo, acaba por não resultar.
Dir-me-ão que não há alternativa, porque não podemos ficar para trás. E que não há alternativa à competição através da redução dos custos do trabalho, que também terá efeitos negativos nas receitas fiscais. Só conheço duas formas de contrariar esta corrida para a desgraça: acrescentar valor ao que se produz, o que implicará sempre investimento público e salários mais altos, e autonomia monetária, que permite aos países mais pobres terem moedas que correspondam às suas capacidades económicas.
A proposta de Lobo Xavier não é nem absurda, nem incompetente. Limita-se a insistir na receita que está a destruir as economias europeia e norte-americana. E que correspondeu, na Europa e nos EUA, a um enorme aumento da desigualdade na distribuição dos rendimentos entre o trabalho e o capital. Descer o IRC, pondo os trabalhadores a pagar sozinhos o pouco que sobre do Estado Social, é uma escolha política. Por isso, este debate não é para os empresários e  fiscalistas que os representem. É um debate que tem de envolver a terceira parte desta equação: os que terão, através do pagamento do IRS, dos impostos sobre o consumo e da privatização de serviços públicos, de compensar a perda fiscal que esta medida acarreta. Ou seja, os trabalhadores. É que todos gostaríamos de impostos mais baixos. Mas, no fim, alguém tem de pagar as contas" (texto de Daniel Oliveira, Expresso com a devida vénia)

Opinião: Swap, PPP e o buraco: não são da ministra, são de Sócrates

"Vale a pena repetir : a propagação dos contratos swap e contratos PPP é filha do tempo socrático, do tempo em que o socialismo cavalgava o tal capitalismo de casino. Sim, a ministra pode ter sido uma bombeira lenta  e até cobarde,  mas os incêndios foram ateados no tempo do PS. O que interessa saber, portanto, é o seguinte: por que razão foi o dossier swap construído ao logo da década? Estava Teixeira dos Santos a dormir? Onde estavam os reguladores, deputados e jornalistas no momento da concepção destas pérolas financeiras? A espuma criada nos últimos dias só beneficia o prevaricador e, como sempre, branqueia o pesadelo socrático. No fundo, a ministra Maria Luís Albuquerque é apenas a última palhaça de uma longa lista de palhaços  que tem tido um papel fundamental: enquanto bate nos palhaços, a malta abole a cronologia e não pensa no buraco deixado por Sócrates e pelos meninos socráticos que continuam a ser darlings fofas dos média; enquanto se diverte com os Álvaros e as Albuquerques, os bobos e as bobas da festa , a malta não pensa na pergunta que faz dói-dói: como é que vamos pagar a dívida gerada pela governação socialista?
Dentro desta forma de pensar, o Jornal de Notícias apresentou-nos há dias uma manchete infeliz, a famosa "a ministra foi mostrar o buraco". Além do mau-gosto, voluntário ou involuntário, a manchete revela o ar do tempo das elites progressistas da pátria, uma atmosfera que pode ser resumida desta forma: a austeridade é uma opção da direita e de Merkel, é uma escolha e não uma inevitabilidade; no fundo, o buraco é da ministra e não de Portugal. Eu não queria ser chato, mas o tal buraco não é uma ficção, nem a ministra tinha imaginação para conceber este salto quântico: em 2012, o rácio da nossa dívida pública era 2,4 vezes mais elevado do que em 1999; como dizia há dias Carlos Marinheiro no Negócios, trata-se de um aumento de 72% do PIB; a pilha de dívida aumentou 235% (143 mil milhões de euros) durante um período em que a criação de riqueza aumentou apenas 39%.
Não é preciso ser um génio da matemática para compreender que isto não é um buraco, é um buracão. Esta dívida serviu para preencher o abismo, o abismão, entre as receitas fiscais e as despesas estatais ao longo da última década. E agora? Bom, temos de reduzir a dimensão da dívida, não podemos continuar a emitir nova dívida para pagar a velha dívida, a bola de neve tem de parar. E pará-la implica um excedente primário positivo, isto é, a despesa pública antes do pagamento de juros tem de ser inferior à receita fiscal. Como é impossível aumentar a carga fiscal, só resta um corte estrutural na despesa. Moral da história? O buraco não é da ministra, é de todos. Este nível de endividamento não permite a política do costume, a política de défices primários sucessivos, ano após ano. O ajuste da austeridade não é uma opção, é a realidade" (texto de Henrique Raposo, Expresso com a devida vénia)

Guerras laranjas no Porto...

Rui Rio diz que não vai apoiar candidato do PSD à Câmara do Porto

Rui Rio garante que não votará em Luiz Filipe Menezes, candidato do PSD à Câmara do Porto. Em entrevista à RTP, o ainda presidente da autarquia diz que se Menezes for eleito vai destruir o trabalho que foi feito até agora.

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Luís Filipe Menezes diz que nunca se pautou por sentimentos de "ódio pessoal

Luís Filipe Menezes disse esta manhã aos jornalistas, numa declaração sem direito a perguntas, que a sua carreira politica nunca se pautou por sentimentos de "ódio pessoal". O presidente da Câmara Municipal de Gaia disse também que respeita o trabalho feito por Rui Rio


Mota Soares admite que problema do desemprego é grave e de difícil resolução

Pedro Mota Soares diz que o desemprego em Portugal é um problema grave e de difícil resolução. Ainda assim, o ministro da Solidariedade, Segurança Social e Emprego considera que estamos perante uma boa notícia. O desemprego em Portugal voltou a cair no mês de junho, está agora nos 17,4%. 


Cuidado com o que publica no Facebook

Uma fantástica campanha realizada na Bélgica, quer serve para alertar as pessoas que costumam publicar a vida toda nas redes sociais.


"Estão todos implicados neste escandaloso caso", diz José Gomes Ferreira

José Gomes Ferreira analisa a questão dos SWAP e acusa todos os partidos de terem "empurrado" o problema "com a barriga" e fala mesmo em "crimes económicos".


Setor da restauração preocupado com atrasos no estudo sobre impacto do IVA

O Governo adiou a apresentação do estudo sobre o impacto do aumento do IVA da restauração. Os empresários do sector avisam no entanto que o IVA máximo está a ter efeitos catastróficos.


Março António Costa na SIC

O vice-presidente do PSD e ex-secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social comenta a aprovação da moção de confiança. Gostei da entrevista e apesar de tudo - falo da forma como se referiu a Rui Rio porque não podemos esquecer que Marco António trabalhou diretamente com Luis Filipe Meneses, sendo partidariamente considerado um seu
"afilhado"... - penso que ele será mais útil ao PSD nestas funções.


Todo lo que dijo el Papa Francisco en el avión de Río de Janeiro a Roma

El Papa Francisco respondió este lunes durante hora y media, en el vuelo de regreso a Roma tras participar en la JMJ de Río de Janeiro, a preguntas de los periodistas sobre las cuestiones más variadas, desde la reforma de la Curia a la homosexualidad, pasando por lo que llevaba en el maletín que le acompañó a Brasil. Por su interés, reproducimos aquí el contenido de sus palabras en el avión.
Reforma del Vaticano
«Los pasos que fui dando en estos cuatro meses y medio, vienen de dos vertientes: el contenido de lo que había que hacer, todo, viene de la vertiente de las congregaciones generales que tuvimos los cardenales. Fueron cosas que los cardenales pedimos al que iba a ser el nuevo Papa. Yo me acuerdo que pedía muchas cosas, pensando en otro. O sea, pedíamos, hay que hacer esto….por ejemplo, la comisión de ocho cardenales, sabemos que es importante tener una consulta outsider, no las consultas que se tienen, sino outsider. Y esto va en la línea – aquí hago como una abstracción, pensando, pero para explicarlo- en la línea, cada vez de la maduración de la relación entre sinodalidad y Primado. O sea, estos ocho cardenales favorecen la sinodalidad, ayudan a que los diversos episcopados del mundo se vayan expresando en el mismo gobierno de la iglesia.
Muchas propuestas pendientes
Hay muchas propuestas que se hicieron, que todavía no están puestas en práctica, como la reforma de la Secretaría del Sínodo, en la metodología; como la comisión post-sinodal que tenga carácter permanente de consulta; como los consistorios cardenalicios con temáticas no tanto formales -como por ejemplo la canonización-, sino también temáticas, etc. Bueno, la vertiente de los contenidos viene de ahí.
Reforma económica
La segunda vertiente es la oportunidad. Les confieso, a mí no me costó, al mes de pontificado, armar la comisión de los ocho cardenales, que es una cosa… La parte económica yo pensaba tratarla el año que viene, porque no es lo más importante que había que tocar. Sin embargo, la agenda se cambió debido a circunstancias que ustedes conocen, que son de dominio público y que aparecieron problemas y que había que enfrentarlos. El primero, el problema del IOR, o sea, cómo encaminarlo, cómo delinearlo, cómo reformularlo, cómo sanear lo que haya que sanear, y ahí está la primera comisión de referencia, ese es el nombre. Ustedes conocen el chirógrafo, lo que se pide, los integrantes y todo. Después tuvimos la reunión de la comisión de los quince cardenales que se ocupan de los aspectos económicos de la Santa Sede. Son de todas partes del mundo. Y ahí, preparando esa reunión se vio la necesidad de hacer una misma comisión de referencia para toda la economía de la Santa Sede. O sea, que se tocó el problema económico fuera de agenda, pero estas cosas suceden cuando en el oficio de gobierno ¿cierto?, uno va por aquí, pero le patean un golazo de allá y lo tiene que atajar, ¿no es cierto? Entonces, la vida es así y, eso es lo lindo de la vida también.
El banco del Vaticano
No sé cómo acabará el IOR. Algunos dicen que tal vez es mejor que sea un banco, otro que es mejor que sea un fondo de ayuda, otros proponen cerrarlo. Se escuchan estas voces. Yo no sé. Me fío del trabajo de las personas del IOR, que están trabajando sobre esto, y también de la comisión. El presidente del IOR continúa, mientras que el director y el vicedirector han presentado su dimisión. No sabría decir cómo terminará esta historia. Pero esto es bonito. Se busca, se encuentra. Somos humanos. Debemos encontrar lo mejor. Las características del IOR – ya sea un banco, un fondo de ayuda o lo que sea- serán transparencia y honestidad. Debe ser así.
El contenido del maletín
No había dentro el código de la bomba atómica. Lo llevaba yo porque siempre lo he hecho en los viajes. Dentro llevo las cosas de afeitar, el breviario, la agenda, un libro para leer. Llevo uno sobre Santa Teresita, de la que soy devoto. Siempre llevo el maletín cuando viajo, es normal. Debemos ser normales. Es un poco extraño eso de que la foto haya dado la vuelta al mundo. Debemos habituarnos a ser normales. A la normalidad de la vida
El apartamento papal
Me he quedado en Santa Marta porque yo no podría vivir solo en el palacio. No es lujoso, el apartamento pontificio no es tan lujoso. Es amplio y grande, pero no lujoso. Pero yo no puedo vivir solo o con un grupito pequeño. Necesito la gente, ver a la gente, hablar con la gente. Por eso cuando los chicos de las escuelas de los jesuitas me preguntaron si era por austeridad o por pobreza, les dije que no. Es por motivos psiquiátricos, porque psicológicamente no puedo. Cada uno debe vivir su vida, con su modo de vivir y de ser. Los cardenales que trabajan en la Curia no viven como ricos. Viven en apartamentitos. Los que conozco, son austeros. Cada uno debe vivir como el Señor le pide. Una austeridad general es necesaria para todos los que trabajamos en el servicio de la Iglesia. Hay muchas modalidades de austeridad, cada uno de buscar su camino.
Santos y no tan santos en la Curia
Hay santos en la curia: cardenales, sacerdotes, obispos, monjas, laicos… Es gente que reza, que trabaja mucho y que también va a escondidas al encuentro de los pobres. Sé de algunos que dan de comer a los pobres o que, en su tiempo libre, van a hacer ministerio en una iglesia u otra, pues son sacerdotes. Y también hay en la curia alguno que no es tan santo. Y esos son los que hacen más ruido. Hace más ruido un árbol que cae que un bosque que crece. Y me duelen esas cosas. Hay algunos que provocan escándalo. Tenemos este monseñor (Battista Ricca) en prisión. Y no ha ido a la cárcel porque se pareciera precisamente a la beata Imelda… No es un santo. Estos escándalos hacen daño.
Poca resistencia a los cambios
Si hay resistencia, por ahora yo no la he visto. Es verdad que tampoco he hecho tantas cosas. Lo que sí he encontrado es ayuda y gente leal. Por ejemplo, a mí me gusta que una persona me diga: ‘No estoy de acuerdo. Esto no lo veo, no estoy de acuerdo. Yo se lo digo y luego haga usted lo que quiera’. Esto es un verdadero colaborador, y los he encontrado. Pero los que dicen: “Qué bien, qué bien, qué bien”, y luego dicen lo contrario en otra parte… No he notado resistencias. En cuatro meses no se pueden encontrar muchas.
Aborto y matrimonio homosexual
La Iglesia se ha expresado ya perfectamente sobre eso, no era necesario volver sobre eso (en la JMJ), como tampoco hablé sobre la estafa, la mentira ni otras cosas sobre las cuales la Iglesia tiene una doctrina clara. No era necesario hablar de eso, sino de las cosas positivas que abren camino a los chicos, ¿no es cierto? Además, los jóvenes saben perfectamente cuál es la postura de la Iglesia.
El olfato de los fieles
El trabajo de obispo es bonito. El problema es cuando alguien quiere serlo. Eso ya no es tan bonito, eso no es del Señor. Pero cuando el Señor llama a un sacerdote a convertirse en obispo, eso es bonito. Existe siempre el peligro de creerse un poco superior a los otros, un poco “príncipe”. Son peligros y pecados. Pero el trabajo de obispo es bonito, es ayudar a los hermanos a avanzar. El obispo, delante de los fieles para señalar el camino. El obispo, en medio de los fieles para ayudar a la comunión. El obispo, detrás de los fieles porque los fieles con frecuencia tienen el olfato del camino a seguir. Me preguntaba si me gusta… Sí, me gusta ser obispo. En buenos Aires he sido muy feliz. El Señor me ha ayudado en eso. Como obispo he sido feliz, como sacerdote he sido feliz. ¡Me gusta! Cuando el Señor te pone ahí (de Papa), si tú haces lo que el Señor quiere, eres feliz. Eso es lo que siento.
Enjaulado en el Vaticano
¡Cuántas veces me hubiera gustado pasear por las calles de Roma! Porque a mí me gusta andar por la calle. Me gustaba mucho, y en ese sentido me siento un poco enjaulado. Pero tengo que decir que los de la Gendarmería Vaticana son buenos, son realmente buenos y les estoy agradecido. Ahora me dejan hacer algunas cosas más, pero es su deber garantizar la seguridad. Me siento enjaulado en el sentido de que a mí me gustaría andar por la calle, pero entiendo que no es posible. Como decimos en Buenos Aires, yo era un sacerdote “callejero”.
Las críticas a la renovación carismática
Sobre el movimiento de la renovación carismática, les diré que a finales del 70, inicios de los 80, yo no los podía ver. Una vez, hablando de ellos, dije: “Estos confunden una celebración litúrgica con una escuela de samba”. Eso dije, y me he arrepentido. Después les conocí mejor. Ahora creo que este movimiento hace mucho bien a la Iglesia, vive en la Iglesia. En Buenos Aires me reunía a menudo con ellos y celebraba una misa una vez al año con todos en la Catedral. Los he favorecido, desde que me “convertí” cuando vi el bien que hacían. Porque en este momento de la Iglesia -y amplío un poco la respuesta-, los movimientos son necesarios. Los movimientos son una gracia del Espíritu. ¿Pero cómo se puede sostener un movimiento que es tan libre? ¡También la Iglesia es libre! El Espíritu Santo hace lo que quiere, después Él hace el trabajo de la armonía. Pero creo que los movimientos son una gracia, esos movimientos que tienen el Espíritu de la Iglesia. Por eso creo que el movimiento de renovación carismática no sólo sirve para evitar que algunos pasen a las confesiones pentecostales. ¡No! Sirven a la Iglesia misma, que se renueva. Cada uno busca un movimiento según su carisma, donde lo lleva el Espíritu.
Una profunda teología de la mujer
Una Iglesia sin mujeres es como el Colegio Apostólico sin María. El rol de la mujer en la Iglesia no es sólo la maternidad, la madre de familia, sino que es más fuerte, es la imagen de la Virgen, esa que ayuda a crecer a la Iglesia. La Virgen es más importante que los Apóstoles. La Iglesia es femenina, es Esposa, es Madre. El papel de la mujer en la Iglesia no es sólo el de mamá, que trabaja, que da… Es otra cosa. Pablo VI escribió algo muy hermoso sobre las mujeres, pero creo que debemos avanzar en la explicitación de este papel y carisma de la mujer en la Iglesia. No se puede entender una Iglesia sin mujeres. Pero mujeres activas en la Iglesia, con su perfil, que vayan adelante. En la Iglesia hay que pensar en la mujer en esta perspectiva de decisiones arriesgadas, pero como mujer. Creo que todavía no hemos hecho una profunda teología de la mujer en la Iglesia. Sólo un poco de esto y de lo otro: lee la lectura, mujeres monaguillo, es la presidenta de Cáritas…Pero hay más. Hay que hacer una profunda Teología de la mujer.
Benedicto XVI: como con el abuelo en casa
La última vez que hubo dos o tres papas. no se hablaban entre ellos. Se peleaban a ver quién era el verdadero. Tres llegaron a haber durante el Cisma de Occidente. Hay algo que califica mi relación con Benedicto: yo lo quiero mucho. Siempre lo quise mucho, para mí es un hombre de Dios, es un hombre humilde, que reza. Yo fui muy feliz cuando fue elegido Papa. También cuando él renunció fue para mí un ejemplo de grandeza. Un hombre de Dios, un hombre de oración. Ahora vive en el Vaticano y algunos me dicen “pero cómo puede ser eso, dos Papas en el Vaticano, pero no te molesta, él no te hace la revolución en contra?”. Yo encontré una frase: es como tener al abuelo en casa, pero un abuelo sabio. En una familia el abuelo está en casa, es venerado, es amado, es escuchado. ¡Es un hombre de una prudencia! No se entromete. Yo le dije muchas veces: “Santidad, haga su vida, reciba gente, venga con nosotros…”. Vino para la inauguración de la estatua de San Miguel… Para mí, esa frase dice todo: es como tener el abuelo en casa, es mi papá. Si yo tuviera una dificultad o tengo algo que no entiendo, puedo llamarlo.
Ordenación de mujeres sacerdotes
Como dije, sobre la participación de las mujeres en la Iglesia no podemos limitarnos a que hagan de monaguillo, de presidenta de Cáritas, de catequista… ¡No! Tiene que haber algo más, incluso místicamente, como lo que dije de la teología de la mujeres. En cuanto a la ordenación (sacerdotal) de las mujeres la Iglesia ha hablado y dice “no”. Lo ha dicho Juan Pablo II, y con una formulación definitiva. Esa puerta está cerrada. Pero sobre esto quiero decirles algo: la Virgen María era más importante que los Apóstoles y que los obispos y que los diáconos y los sacerdotes. La mujer en la Iglesia es más importante que los obispos y que los curas. ¿Cómo? Esto es lo que debemos tratar de explicitar mejor, porque creo que todavía falta una explicitación teológica sobre esto.
Divorciados vueltos a casar
Este es un tema que se pregunta siempre. La misericordia es más grande de los casos de que usted menciona. Yo creo que ésta es la época de la misericordia. Este cambio de época y también tantos problemas de la Iglesia como el mal comportamiento de algunos sacerdotes e incluso la corrupción en la Iglesia, el problema del clericalismo… han dejado muchas personas heridas. Y la Iglesia es madre, debe ir a curar a los heridos con misericordia. Si el Señor no se cansa de perdonar, nosotros no tenemos otra alternativa. Antes de nada, curar los heridos. La Iglesia es mamá.
«Este problema hay que estudiarlo en el marco de la pastoral matrimonial» 
Debe ir en este camino de la misericordia, encontrar una misericordia para todos. Cuando el hijo pródigo volvió a casa, el papá no le dijo “siéntate y escucha: qué hiciste con el dinero”. No, hizo una fiesta. Quizás luego, cuando el hijo quiso hablar, habló. Pero no sólo esperó, fue a encontrarlo. Esto es misericordia, esto es “kairós”. Esta primera intuición la tuvo Juan Pablo II, cuando él comenzó con Faustina Kowalska, la divina Misericordia. Había intuido que era una necesidad de este tiempo. En cuanto el problema de la comunión a las personas en segunda unión, porque los (sólo) divorciados sí pueden hacer la comunión, creo que esto es necesario mirarlo en el contexto de la pastoral matrimonial. Esto es un problema. Pero abro un paréntesis: los ortodoxos tienen una praxis diferente. Ellos siguen la teología de la economía, otorgan una segunda posibilidad y cierro paréntesis. Creo que este problema hay que estudiarlo en el marco de la pastoral matrimonial. Y por eso es uno de los temas a consultar con los ocho del consejo de cardenales, que nos reuniremos el 1, 2, 3 de octubre. Este problema se planteará allí.
Pastoral matrimonial profunda
Y otra segunda cosa, hace quince días estuvo conmigo el secretario del Sínodo de Obispos, para el tema del próximo sínodo. Es un tema antropológico, pero hablando y hablando vimos que este tema antropológico hay que tratarlo en la pastoral matrimonial profunda. Estamos en camino hacia una pastoral matrimonial profunda. Les diré una cosa: mi antecesor, el cardenal Quarracino decía que para él la mitad de los matrimonios eran nulos porque se casan sin madurez, se casan sin darse cuenta de que es por toda la vida, quizás se casan por motivos sociales… Y esto entra en la pastoral matrimonial. Y también el problema judicial de la nulidad de matrimonios. También lo debemos revisar, porque los tribunales eclesiásticos no bastan para eso. El problema de la pastoral matrimonial es complejo.
«Me siento jesuita en mi espiritualidad»
Los jesuitas hacen votos de obediencia al Papa. Pero si el Papa es jesuita, quizá… ¡tendría que hacer voto de obediencia al Padre General de los Jesuitas! No sé cómo se soluciona esto. Yo me siento jesuita en mi espiritualidad, en la espiritualidad de los Ejercicios, en la espiritualidad que llevo en el corazón. Me siento tan jesuita que dentro de tres días iré a festejar con los jesuitas la fiesta de San Ignacio. Celebraré misa a la mañana. No he cambiado espiritualidad. Franciscano, no. Sigo pensando como jesuita. No hipócritamente, pero pienso como jesuita.
Una ciática dolorosísima
Cosas malas (en estos cuatro meses) no ha habido. Cosas buenas sí. Una cosa dolorosa, que me ha golpeado el corazón, fue la visita a Lampedusa. Cuando llegan estos barcos, los dejan a algunas millas de distancia de la costa y ellos tienen que llegar solos. Ha sido doloroso porque pienso que esas personas son víctimas del sistema socioeconómico mundial. Pero la cosa peor fue una ciática, de verdad. La tuve en el primer mes. Fue dolorosísimo. No se la deseo a nadie.
«Vatileaks»
Te voy a contar una anécdota sobre el informe “Vatileaks”. Cuando fui a ver al papa Benedicto, después de rezar en la capilla nos reunimos en el estudio, y vi una caja grande y un sobre grueso. Benedicto me dijo: en esta caja grande están todas las declaraciones que han prestado los testigos. Y el resumen y las conclusiones finales están en este sobre. Y aquí se dice esto, esto, esto… Lo tenía todo en la cabeza. Pero no, no me he asustado. Es un problema grande, pero no me he asustado.
Juan XXIII
Juan XXIII es la figura del sacerdote rural. El cura que ama a cada uno de sus fieles y sabe cuidar a sus fieles. Y esto lo hacía como arzobispo, como nuncio… Es un cura de aldea bueno, y con un sentido del humor muy grande y una gran santidad. Cuando era nuncio, algunos no lo apreciaban en el Vaticano y cuando llegaba a traer cosas o a pedir alguna en las oficinas, lo hacían esperar. Nunca se quejaba. Rezaba el rosario, leía el breviario… Era un hombre humilde. Y también se preocupaba por los pobres. Una vez, el cardenal Casaroli volvió de una misión, creo que en Turquía o en la antigua Checoslovaquia, y fue a verlo para informarle de la misión, en aquellos tiempos de la diplomacia de pequeños pasos. Cuando Casaroli se marchaba, lo paró y le dijo: excelencia, una pregunta: ¿usted continúa yendo a visitar a aquellos jóvenes reclusos en la cárcel de menores de Casal del Marmo? El cardenal le dijo que sí. “No les abandone nunca”. Era grande.
Juan Pablo II
Juan Pablo II fue “el gran misionero de la Iglesia”. Un hombre que llevaba el Evangelio a todas partes. ¡Es un san Pablo! Celebrar las dos ceremonias de canonizaciones juntas es un mensaje a la Iglesia. También siguen su curso las causas de Pablo VI y del papa Luciani. Para la fecha de canonización yo pensaba en el 8 de diciembre, pero hay un problema serio con los que son pobres y vienen de Polonia. Los que tienen dinero pueden venir en avión, pero los pobres vienen en autobús, y en diciembre hay hielo en la carretera. Creo que hay que repensar la fecha. He hablado con el cardenal Dziwisz (de Cracovia) y hemos visto dos posibilidades. O Cristo Rey de este año o el Domingo de la Misericordia del próximo año. Creo que queda poco tiempo para Cristo Rey de este año. Debo hablar con el cardenal (Ángelo) Amato (prefecto de Causas de los Santos) sobre esto, pero no creo que sea el 8 de diciembre.
Dios perdona los pecados, y los olvida
Respecto a monseñor (Battista) Ricca, hice lo que el Derecho Canónico ordena, que es la investigación previa. Y de esa investigación no resultó nada de lo que le acusan. No hemos encontrado nada. Pero yo querría añadir una cosa sobre esto. Veo que tantas veces en la Iglesia, respecto a este caso y a otros, se va a buscar los “pecados de juventud”, por ejemplo, y se publican. Hablo de los pecados, no de los delitos, ¿eh?. Los delitos son otra cosa. El abuso de menores es un delito. Pero si una persona –laica, sacerdote, o monja— comete un pecado y luego se arrepiente, el Señor la perdona. Y cuando el Señor perdona, olvida. Y esto es importante para nuestra vida. Cuando nos confesamos, el señor perdona y olvida. Y nosotros no tenemos derecho a no olvidar. Porque corremos el riesgo de que el señor tampoco se olvide de nuestros pecados. Es un peligro. Muchas veces pienso en San Pedro. Cometió uno de los peores pecados, renegar de Cristo. Y con ese pecado lo hicieron Papa.
«¿Quién soy yo para juzgar a los gays?»
Usted menciona el lobby gay. Se escribe mucho del lobby gay. Todavía no me encontrado con nadie que me enseñe el carné de identidad en el Vaticano que diga “gay”. Dicen que los hay. Cuando uno se encuentra con una persona así, debe distinguir entre el hecho de ser gay del hecho de hacer lobby, porque no todos los lobbies son buenos. Eso está mal. Si una persona es gay y busca al Señor y tiene buena voluntad, ¿quién soy yo para juzgarla? El catecismo de la Iglesia católica lo explica de forma muy bonita. Dice que “no se debe marginar a estas personas por eso, deben ser integradas en la sociedad”. El problema no es tener esta tendencia. No. Debemos ser hermanos. El problema es hacer un lobby. De esa tendencia o lobby de los avaros, de los políticos, de los masones... Tantos lobbies. Ese es, para mí, el problema más grave. Y le agradezco mucho que me haya hecho esta pregunta. Gracias a todos. Texto do jornalista Juan Vicente Boo, do jornal espanhol ABC, com a devida vénia

El turismo en Canarias generó 12.281 millones de euros el año pasado

Li aqui que la actividad económica generada por el turismo en Canarias creció en 2012 por tercer año consecutivo (un 0,5 por ciento respecto a 2011), generó 12.281 millones de euros y dio trabajo en ese año a 255.121 personas. El viceconsejero de Turismo del Gobierno canario, Ricardo Fernández de la Puente, que ofreció este lunes una rueda de prensa junto a vicepresidente ejecutivo de Exceltur, José Luis Zoreda, ofreció los principales datos que se desprenden del Estudio de Impacto Económico del Turismo (Impactur) Canarias 2012. Fernández de la Puente explicó que, según estos datos, en 2012 se confirmó "la fortaleza que el turismo está teniendo en Canarias" y cuya actividad económica es de un tercio del Producto Interior Bruto (PIB) del archipiélago. "La participación del turismo en la economía de Canarias es del 29,6 por ciento del PIB", subrayó. El viceconsejero, tras recordar que este estudio se refiere a la actividad económica generada por los turistas que visitan las islas, resaltó que el sector encadena tres años de incremento en sus niveles de actividad y de ganancia en su aportación al conjunto de la economía canaria, gracias sobre todo a la recuperación del gasto asociado a los viajes de los extranjeros en el archipiélago. Por su parte, José Luis Zoreda indicó que el estudio confirma el papel determinante que mantiene el turismo como principal sector de la economía de las islas y la excepcional mejora de sus niveles de actividad a pesar de la difícil situación económica actual. El vicepresidente de Exceltur destacó que el número de puestos de trabajo vinculados al turismo en 2012 ascendió a 225.121 empleos, lo que representa el 34,7 por ciento del total del empleo de las islas. Por mercados de origen, el estudio relata que el consumo de los británicos se elevó, en 2012, a 2.256 millones de euros, un 12 por ciento más que en 2011, mientras que el impacto económico de los desplazamientos turísticos de los alemanes experimentó un incremento interanual de 1,9 por ciento hasta los 2.064 millones de euros. Por el contrario, los datos arrojan que el gasto turístico asociado al mercado español peninsular en 2012 fue muy negativo, perjudicado por la persistencia de elevadas tasas de desempleo y la contracción de la renta disponible. El estudio cifra la caída del impacto económico de los viajes y excursiones de los españoles no residentes en un 17,5 por ciento respecto a 2011, hasta los 1.095 millones de euros. También recoge Impactur Canarias 2012 un mayor número de pernoctaciones, viajes y excursiones de los canarios en sus destinos de proximidad, entre las propias islas. El impacto económico de los viajes y excursiones de los residentes en Canarias en sus viajes por las islas en 2012 ascendió a 2.290 millones de euros, lo que supone un crecimiento de un 7,5 por ciento respecto a los niveles de 2011. José Luis Zoreda se refirió también a la necesidad de seguir mejorando y rehabilitar las estructuras turísticas canarias para mantener el incremento de la actividad económica. Tras confirmar que en 2013 los datos de los que disponen son optimistas, Zoreda dijo que no solo es necesario rehabilitar los hoteles sino también los espacios turísticos, "porque el turista no viene para quedarse en su habitación".

Los trabajadores en Canarias, los más baratos del país

Escreve o Canarias Ahora que “según la Encuesta Anual de Coste Laboral, las Islas fueron las que registraron los menores sueldos y salarios medios.El coste neto que tuvieron que pagar las empresas por cada trabajador en Canarias durante 2012 ascendió a 25.418,79 euros, lo que sitúa a las islas como la región con menor coste, según la Encuesta Anual de Coste Laboral elaborada por el Instituto Nacional de Estadística (INE). De esta manera, si se tienen en cuenta las subvenciones y deducciones públicas, que en 2012 ascendieron a 167,88 euros, el coste bruto por trabajador alcanzó los 25.586,67 euros el año pasado. A nivel nacional, el coste neto que tuvieron que pagar las empresas por cada trabajador en 2012 ascendió a 30.667,43 euros, un 0,7% menos que en el año precedente. Si se tienen en cuenta las subvenciones y deducciones públicas, que en 2012 ascendieron a 238,12 euros, el coste bruto por trabajador alcanzó los 30.905,55 euros el año pasado, con un descenso anual del 0,8% respecto al ejercicio 2011. La reducción del coste neto por trabajador registrada en 2012 contrasta con el incremento del 1,1% que se experimentó en 2011. El 73,3% del coste bruto lo constituyeron sueldos y salarios, por un importe de 22.635,56 euros por trabajador, mientras que las cotizaciones a la Seguridad Social supusieron el 22,2% del total, hasta 6.859,44 euros. Además de estas partidas, 519,97 euros anuales se destinaron a beneficios sociales por trabajador (cotizaciones voluntarias a seguros y planes de pensiones, prestaciones complementarias a la Seguridad Social, etc.); 321,59 euros a otros gastos derivados del trabajo (indemnizaciones por fin de contrato, ropa de trabajo, transporte, etc.); 466,65 euros a indemnizaciones por despido, y 102,34 euros a formación profesional.
Industria, el sector con mayores costes
Por sectores, la industria registró el mayor coste neto por trabajador en 2012, con 35.843,58 euros, lo que supone un incremento interanual del 1,7%. Los costes no salariales de la industria aumentaron un 3,2% el año pasado, en tanto que los salariales subieron un 1,1%. El sector de la construcción experimentó un crecimiento del coste neto del 1,5% debido al aumento registrado tanto en los costes salariales (1,3%), como de los no salariales (2%). Por su parte, el sector servicios experimentó un descenso del coste neto por profesional del 1,3%, por lo que los servicios se erigieron como el único sector en el que bajó el coste neto. Ello se explica por la caída en un 1,9% de los costes no salariales y la bajada en un 1,1% de los sueldos del sector.
La hostelería, la actividad con menores costes
El organismo estadístico observa diferencias "notables" en los costes laborales por trabajador de las distintas actividades, con registros que oscilan entre los 18.367,80 euros anuales brutos de los trabajadores de la hostelería, hasta los más de 78.867 euros por trabajador en las secciones de suministro de energía eléctrica, gas, vapor y aire acondicionado. De hecho, las actividades de energía, pero también las de finanzas, destacaron por ser las que mayores sueldos y salarios pagaron a sus trabajadores y las que asumieron un mayor coste en beneficios sociales para sus empleados. La construcción, por su parte, presentó un mayor peso de las cotizaciones obligatorias a la Seguridad Social sobre el coste total, mientras que las indemnizaciones por despido implicaron mayores costes para la industria energética y para la información y la comunicación, frente a la Administración Pública y las actividades sanitarias y de servicios sociales, con menores costes por despido. En 2012, las empresas de mayor tamaño (200 y más empleados) pagaron mayores sueldos por trabajador que las empresas pequeñas y medianas. En concreto, las grandes empresas abonaron en sueldos y salarios un total de 28.001,24 euros por trabajador, frente a los 18.651,4 euros de las pequeñas (de 1 a 49 empleados), y a los 23.943,65 euros de las medianas (50 a 199 trabajadores).
Los mayores costes, en País Vasco y Madrid
Por comunidades autónomas, el mayor coste neto por trabajador siguió registrándose en País Vasco (35.901,59 euros), seguido de Madrid (35.891,23 euros), Cataluña (32.902,89 euros) y Navarra (31.908,37 euros). Ya por debajo de la media nacional (30.667,43 euros) se situaron Asturias (29.984,3 euros), Aragón (29.149 euros), Baleares (28.406,6 euros) y La Rioja (28.326,5 euros). Cerraron la lista Castilla y León (28.261,79 euros), Castilla-La Mancha (28.086,9 euros), Andalucía (27.823,9 euros), Comunidad Valenciana (27.662,3 euros), Cantabria (27.655,68 euros), Murcia (27.585,5 euros), Galicia (26.506,6 euros), Extremadura (25.685 euros) y Canarias (25.418,7 euros). Según el INE, las mayores indemnizaciones por despido se dieron en Madrid y La Rioja, muy superiores a la media nacional, mientras que los salarios más altos y los gastos más elevados en beneficios sociales correspondieron a País Vasco y Madrid. El coste laboral neto sólo subió en 2012 en País Vasco (+0,3%), y Madrid y Castilla-La Mancha (+1% en ambos casos), ya que en el resto de regiones se registraron descensos interanuales, siendo los más acusados los de Galicia (-3,3%), Andalucía (-3%) y Cantabria (-2,7%)“

Canárias guerra com Madrid por causa dos aeroportos...

Escreve o La Provincia que "ni cogestión ni nada que se le parezca. El Estado tiene muy claro que no va a soltar el control de toda la red de los aeropuertos nacionales integrados en AENA (Aeropuertos Nacionales y Navegación Aérea), el organismo estatal encargado de su gestión, y que no va a dar entrada a ningún tipo de participación ejecutiva a las administraciones regionales. Será así al menos hasta que el Ministerio de Fomento encuentre el momento y la fórmula para la privatización parcial de AENA, pero manteniendo en todo caso el control estratégico. Así lo manifiesta el Gobierno central en una reciente respuesta escrita a la portavoz de CC-NC en el Congreso, Ana Oramas, que se hace eco de la moción aprobada en el Parlamento de Canarias durante el debate del estado de la nacionalidad en marzo en la que se reclama un "modelo de cogestión de los aeropuertos canarios diferenciado del modelo de privatización general de AENA". La respuesta de Fomento es contundente: "Sería absolutamente ineficiente fragmentar la red aeroportuaria de AENA". Fomento considera que "el hecho de que los ocho aeropuertos canarios cuenten con una posición privilegiada en cuento a infraestructuras de calidad ha sido posible precisamente mediante el modelo de gestión en red de AENA". Añade que todo ello se ha logrado "sin que haya supuesto además el esfuerzo de los contribuyentes, ya que AENA se financia exclusivamente con sus ingresos aeronáuticos y comerciales". Precisamente este es el argumento que utiliza Canarias para reclamar un modelo diferenciado en la futura privatización de AENA. Así, frente al hecho de que una gran mayoría de aeródromos de la red nacional sufren pérdidas y acumulan una deuda conjunta de más de 12.313 millones, el Ejecutivo canario destaca que la red regional ofrecía un saldo neto de 27 millones en 2011. Pese a que el Gobierno autonómico insiste en reclamar la cogestión a fin de influir para rebajar las tasas y ganar competitividad, el Estado limita la colaboración a la constitución de un comité de coordinación a través del que "dar cauce de participación a las instituciones y agentes implicados en la mejora de la gestión del sistema aeroportuario".

Déficit de las autonomias: Nueva Canarias cree que Montoro "maltratará" a Canarias

Escreve o Canárias Ahora que consideran que la reunión de este miércoles del Consejo de Política Fiscal y Financiera (CPFF), será "muy importante". El presidente de Nueva Canarias (NC), Román Rodríguez, cree que el ministro de Hacienda y Administraciones Públicas, Cristóbal Montoro, volverá a "maltratar" a las islas pese a cumplir con el objetivo del déficit y augura que las comunidades "incumplidoras" saldrán mañana como las "vencedoras". Rodríguez, en un comunicado, ha considerado que la reunión de mañana en Madrid del Consejo de Política Fiscal y Financiera (CPFF), será "muy importante", ya que se sabrá definitivamente el porcentaje que se flexibilizará el déficit en 2013, es decir, el dinero extra que podrá disponer el Gobierno de Canarias hasta el final de año para financiar políticas "muy sensibles". Según Rodríguez, la reunión partirá de dos posiciones "encontradas", pues, por un lado, con Canarias a la cabeza, están las comunidades que han cumplido el objetivo del déficit (también Madrid y Extremadura), y de otro, los "territorios incumplidores" como Cataluña, la Comunidad Valenciana, Baleares, Murcia y Castilla-León, entre las principales. El presidente de NC "no espera nada bueno" de esta reunión porque tratarán "peor a las que han cumplido", añade en la nota en la que además apunta que darán a Canarias menos de lo que le corresponde. Este comportamiento del Gobierno estatal del PP se producirá a pesar de que Canarias es uno de los territorios que más ha disminuido su gasto público, unos 3.643 millones de euros, "a costa del bienestar de los canarios, de sus servicios esenciales", afirma NC.

Canárias - La corrupción tiene un coste social de 40.000 millones anuales

Diz o Canárias-7 que los investigadores destacan que detectarla y perseguirla "es una tarea extremadamente complicada, entre otros motivos, por la dificultad de su medición". Un estudio de la Universidad de Las Palmas (ULPGC), publicado en reconocidas revistas internacionales especializadas en las ciencias sociales y la economía aplicada, ha estimado en 40.000 millones de euros el coste social de la corrupción en España. Este estudio, desarrollado por investigadores del Instituto Universitario de Turismo y Desarrollo Sostenible (TIDES) se basa en un método de estimación del coste social de la corrupción a través del análisis de su impacto sobre la calidad de vida de los ciudadanos, según ha explicado en un comunicado la ULPGC. Para ello, los investigadores Carmelo J. León, Jorge E. Araña y Javier de León han desarrollado un método de estimación que permite reducir los problemas de subjetividad en la percepción de la corrupción cuando se usan encuestas a expertos o a ciudadanos, tal como ocurre con el Índice de Transparencia Internacional. En el ámbito español, los resultados demuestran que, al aplicar la nueva metodología, "la corrupción nacional es mucho mayor que la reflejada por las estadísticas oficiales y en el Índice de Transparencia Internacional". Concretamente, las estimaciones reportan un coste social de aproximadamente 40.000 millones de euros anuales (precios constantes de 2008). Los investigadores destacan que, aunque la corrupción es uno de los problemas que más preocupa a los ciudadanos españoles, detectarla y perseguirla "es una tarea extremadamente complicada, entre otros motivos, por la dificultad de su medición". Las mediciones del nivel de corrupción existentes hasta ahora se centran únicamente en el impacto "directo" procedente de casos que salen a la luz pública y que son resueltos judicialmente, explican.Sin embargo, el coste de la corrupción para una sociedad incluye otros aspectos que estas estadísticas no miden, pero que los investigadores de la ULPGC han incluido en este estudio, como el impacto sobre la reducción de inversión extranjera, los casos que no se detectan o no pueden ser probados judicialmente, o el desánimo en la población, que deja de emprender proyectos personales y profesionales por miedo a que la corrupción los detenga.

Canárias - La ZEC bate su récord con 35 nuevas empresas

Li no Canárias Ahora que "el mejor cómputo de su historia no ha sido casual", sino que responde a la colaboración institucional, según la presidenta del área de fiscalidad reducida. "El mejor cómputo de su historia no ha sido casual", sino que responde a la colaboración institucional, según la presidenta del área de fiscalidad reducida. La Zona Especial Canaria ha conseguido "el mejor cómputo de su historia" con 35 nuevas empresas registradas en el primer semestre del 2013, lo que supone un incremento del 50% respecto al año pasado, según ha informado este martes su presidenta, Beatriz Barrera. La presidenta de la ZEC ha señalado que, a pesar de la crisis, también se ha duplicado el porcentaje de capital extranjero invertido por empresas europeas y americanas, pasando del 33 al 66%, si bien ha dicho que no puede facilitar hasta final de año la cifra de la cantidad invertida. Según Barrera, el aumento de la inversión extranjera refleja la intención de estas empresas de operar con mercados africanos, como Marruecos, Mauritania, Guinea y Senegal, y consolida a Canarias como "plataforma logística tricontinental". En cuanto a la creación de empleo, la presidenta de la ZEC ha señalado que el dato también es "positivo", porque para este año las empresas adscritas se han comprometido a crear 87 puestos de trabajo más que en 2012. La presidenta ha informado también de que el equipo directivo del organismo ha firmado un convenio con Emisa, un organismo del Ministerio de Industria, que facilitará créditos participativos a empresas innovadoras adscritas a la ZEC. Según la presidenta, el incremento de las cifras registradas en todos los ámbitos desde enero "no ha sido casual", sino que es fruto de las sinergias entre la ZEC y todos los organismo públicos, tanto del Estado como de la comunidad autónoma, para la promoción exterior de Canarias "no sólo como destino turístico, sino como oportunidad de negocio".
Reforma y prórroga
En referencia a la reforma de la ZEC, Barrera ha explicado que el Gobierno de Canarias y el Ministerio de Hacienda han llegado a un acuerdo unánime para la reforma de este instrumento fiscal, "aunque la última palabra la tiene la Unión Europea", ha precisado. La presidenta también ha manifestado que pedirán al Gobierno de España que solicite la prórroga del plazo máximo de registro para que las empresas puedan inscribirse hasta el 1 de julio de 2014. La ZEC cuenta actualmente con un cómputo total de 416 empresas registradas que operan principalmente dentro del sector servicios (telecomunicaciones, turismo y comercio) y tienen el compromiso de crear 6.500 empleos, ha concluido Barrera.

Canarias aspira a conseguir entre 200 y 400 millones de euros extras

Segundo o Diário dos Avisos, Javier González Ortiz cruza los dedos. El consejero de Economía y Hacienda del Gobierno asiste hoy Madrid a la crucial reunión del Consejo de Política Fiscal y Financiera (CPFF). De esta cita saldrá la cantidad que le corresponde a Canarias en la distribución del aumento del déficit entre las comunidades autónomas. Se parte del 1,3% global para 2013, en vez del 0,7% fijado inicialmente. Pero el trato individualizado abre un abanico que para el Archipiélago oscila entre los 200 y los 400 millones adicionales. Todo depende de cómo se haga el reparto. Con escaso margen de éxito, la delegación canaria planteará un 2% de déficit. Este porcentaje se traduciría en 800 millones de euros, en proporción a la cifra que la Administración general del Estado “resta a las Islas para sufragar los servicios públicos esenciales”. Eso significará aumentar el déficit en más de 400 millones. La evolución del 0,7% al 1,3% equivale a 250 millones. En estas circunstancias, Canarias no admite componendas políticas en las decisiones que se adopten finalmente. Ortiz insistirá en que se apliquen criterios objetivos, como el cumplimiento de los compromisos de estabilidad, el paro y el sistema de financiación. “Desde 2009 hasta el 2011”, explican fuentes de la consejería, “Canarias ocupa la última posición entre todas las comunidades autónomas en ingresos por habitante”. A su favor cuenta con que se ha realizado “un gran esfuerzo gracias a un estricto control de su gasto público”. A pesar de que es una de las administraciones menos endeudadas, “no sería sorprendente que se beneficien otras menos saneadas”. El temor no es infundado. Por lo que ha trascendido, no parece suficiente el argumento de que Canarias cerró el ejercicio de 2012 en el 1,2%. El techo estaba en el 1,5% del PIB. Por el contrario, las menos aplicadas fueron la Comunidad Valenciana (con el 3,52%), Región de Murcia (3,12%), Andalucía (2,04%), Cataluña (1,96%) y Baleares (1,80%). Todas estas salvo Andalucía reclaman un déficit a la carta. Mientras, varias de la órbita del PP (Galicia, Extremadura o Castilla y León) sugieren que se prime a las comunidades más “responsables”. En la anterior convocatoria del CPFF, el 27 de junio, Cataluña, Andalucía, Canarias y Asturias votaron en contra de los objetivos de déficit hasta el 2016: 1,3% (2013), 1% (2014), 2015 (0,7%) y 0,2% (2016). González Ortiz tachó de “perverso” que se conceda a las comunidades autónomas solo el 1,3%, cuando son las que “sufragan las prestaciones básicas”. En su opinión, la fórmula utilizada para concretar la flexibilización concedida por la Comisión Europea es “desigual e injusta”, porque “penaliza” a las comunidades autónomas, que “cargan con el 80% de la reducción del déficit de España”.

Contrapoder 30-07-2013