A empresa de informática J.P. Sá Couto,
criadora do computador Magalhães, o seu vice-presidente e outros 39 arguidos
vão ser julgados por associação criminosa e fraude fiscal qualificada superior
a cinco milhões de euros. O início do julgamento está agendado para 23 de
setembro, na 5. Vara Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, cerca de uma
década após a prática dos alegados factos. Pelo meio foram entregues dezenas de
recursos e requerida a fase de instrução, o que atrasou o processo. Segundo os
despachos de acusação do Ministério Público (MP) e de pronúncia do juiz de
instrução criminal, a que a agência Lusa teve acesso, em causa está um suposto
"mega" esquema fraudulento, vulgarmente conhecido por "fraude
carrossel", que tinha como objetivo evitar ao pagamento do IVA (Imposto
sobre o Valor Acrescentado). O Estado reclama da J.P. Sá Couto perto de 72 mil
euros - relativos a alegada fuga ao fisco em 2001 e 2002 -, de um total de
cinco milhões e 137 mil euros de indemnização pedidos aos 41 acusados (Vejaaqui o video da RTP)