sábado, dezembro 28, 2013

Sondagem Jornal I/Pitagórica: Sacrifícios - Governo "protege muito mais" as grandes empresas

Segundo o Jornal I, "para quase três quartos dos inquiridos (73,4%) no barómetro i/Pitagórica de Dezembro, a factura do programa de ajustamento tem sido particularmente pesada para os contribuintes individuais, quando comparados os sacrifícios que lhes são exigidos e os que são impostos às empresas. No extremo oposto da balança, apenas 2,8% dos inquiridos consideram que a generalidade dos portugueses tem sido muito mais poupada que "os grandes grupos económicos". Há pouco mais de um ano, Passos anunciava um Orçamento para 2013 com uma "divisão mais equitativa" e até "mais igualitária dos sacrifícios que são pedidos a todos". Na véspera da entrada em vigor de um novo OE, os portugueses sublinham as desigualdades destes dois anos e meio de processo de ajustamento. Um processo que tem sido pontuado por vários "embates" entre o governo e o Tribunal Constitucional. Nesse campo, o executivo tem sido acusado pela oposição de pressões sobre os juízes do Palácio Ratton. Mas, para os portugueses, não é certo que as posições do primeiro-ministro sejam mais ameaças que avisos ao órgão de soberania. A maior parte dos inquiridos (36,8%) fica no limbo, ao considerar que as palavras de alerta de Passos sobre as consequências dos chumbos aos diplomas do governo podem ser interpretadas de ambas as formas. Os outros dois terços dividem-se entre a "ameaça" e o "aviso".
RESOLVER A DÍVIDA
Uma das "dores de cabeça" para reduzir a dívida é o peso das parcerias público-privadas nas contas públicas. A solução divide-se entre a renegociação (solução defendida e posta em prática pelo governo) e a criação de um imposto especial sobre as PPP (opção do PS). Embora bastante divididos, a maioria dos portugueses (32%) optaria pelo caminho de Seguro. Logo atrás, 30,8% consideram que a renegociação tem sido o melhor caminho para minorar o problema"