quinta-feira, maio 28, 2015

Eleições legislativas: Miguel Albuquerque a liderar a lista do PSD-Madeira com Adfolfo e Fernanda?

Embora nenhuma decisão tenha sido tomada, provavelmente o Conselho Regional de 6 de Junho dará carta branca à Comissão Política Regional do PSD para conduzir esse processo - caso as eleições legislativas para a Assembleia da República sejam convocadas para 27 de Setembro (4 de Outubro seria a alternativa), as candidaturas deverão estar formalizadas ainda durante o mês de Agosto.
No caso do PSD da Madeira é mais do que provável que Miguel Albuquerque, a exemplo do que aconteceu com Alberto João Jardim, seja pressionado a encabeçar a lista de candidatos, mesmo que não ocupe o lugar na Assembleia da República. O envolvimento do líder regional social-democrata significaria essencialmente, para além de uma formalização de uma solidariedade pessoal e política para com o líder nacional do PSD, Passos Coelho, a afirmação de que o partido está empenhado numa vitória apesar de sabermos que o contexto nacional se apresenta difícil para as estruturas locais dos partidos membros da coligação nacional.
Contudo há uma situação  concreta que não pode deixar de ser ponderada: no caso de uma candidatura liderada por Miguel Albuquerque, e independentemente de não se poder confundir eleições que são diferentes, ficaria o líder regional do PSD politicamente fragilizado caso a candidatura social-democrata não alcance um resultado vitorioso claro? É uma questão a ser ponderada de forma pragmática.
Recordo os resultados do PSD na Madeira para a Assembleia da República:
- 1999: 46,3%, 56.302 votos, 3 deputados
- 2002: 53,5%, 67.058 votos, 4 deputados
- 2005: 45,2%, 63.374 votos, 3 deputados
- 2009: 48,2%, 66.194 votos, 4 deputados
- 2011: 49,4%, 68.649 votos, 4 deputados

Parece-me óbvio que o PSD da Madeira deverá participar neste acto eleitoral sem qualquer estigma, sem a obrigação de obter qualquer votação ou percentagem específica. A conjuntura social, política e financeira que se regista hoje no País, e também na Madeira, por força da austeridade em vigor desde 2011, não se compara a nada do que de mais complexo existiu no passado. Ou seja, para o PSD da Madeira é cada vez mais difícil obter resultados eleitorais com a dimensão dos que alcançou no passado, até pelo aparecimento de mais partidos políticos e pelo aumento da abstenção que tem a ver com a desilusão e a frustração que se percebe existir entre as pessoas.
Albuquerque, Adolfo e Fernanda?
Admito que o PSD da Madeira apresente uma lista totalmente renovada, não me repugnando nada admitir que Miguel Albuquerque seja o cabeça-de­-lista, seguido de Adolfo Brasão e Fernanda Cardoso (que já foi deputada em Lisboa há alguns anos). Porque razão aponto estes dois nomes? Porque a próxima Legislatura, com a proposta de mudança da lei eleitoral, com a alteração do estatuto político e com uma revisão constitucional (tudo assuntos que dizendo respeito à Madeira passam pela Assembleia da República), não se compadece - e desculpem-me a sinceridade que nada tem a ver com a capacidade dos jovens políticos que eu acho que devem ser mobilizados - com candidaturas inexperientes.
João Carlos Gomes e Paulo Neves, ambos próximos de Miguel Albuquerque, seriam outros nomes que não deixamos de incluir entre os candidatáveis. Faltaria nos seis candidatos efectivos o nome de uma segunda candidata que provavelmente emergirá da JSD.
Trata-se, repito, de especulação. Mas como é importante que se valorize o papel do deputado madeirense na Assembleia da República (durante alguns anos confesso que alimentei esse objectivo político) a lista que atrás elaborei não deixaria de ser forte e de obrigar a que o PSD da Madeira fosse para o terreno jogando no duro em eleições que provavelmente serão das mais difíceis de sempre. E piores ficam quando a Ministra das Finanças resolve dizer asneiradas (políticas), sobretudo pela forma como os assuntos são por ela colocados na agenda mediática

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