sexta-feira, agosto 28, 2015

Viagens aéreas: se a ideia é um debate sério vamos a isso

Se a ideia é ter um debate sério e como pelos vistos na comunicação social ninguém parece interessado em obter todos os dados essenciais a esse debate, então gostava que o Governo Regional da Madeira - ou o Governo da coligação Passos/CDS de Portas - esclarecessem concretamente o seguinte:

- quantos passageiros madeirenses viajaram em 2014 entre a Madeira e o Continente (Lisboa)?;
- quantos passageiros madeirenses viajaram em 2014 entre a Madeira e o Continente (Porto)?;
- quantos passageiros madeirenses viajaram em 2014 entre a Madeira e os Açores?;
- Qual o valor pago total pelo Estado com a devolução dos 30 euros por viagem (há viagens realizadas que atingiram valores tão baixos que não tiveram direito a receber qualquer verba de retorno)?
- qual foi o preço médio em 2014 da viagem Funchal-Lisboa-Funchal vendida pela Easyjet aos passageiros madeirenses?
- qual foi o preço médio em 2014 da viagem Funchal-Lisboa-Funchal vendida pela TAP aos passageiros madeirenses?
- qual foi o preço médio em 2014 da viagem Funchal-Porto-Funchal vendida pela Transavia aos passageiros madeirenses?
- qual foi o preço médio em 2014 da viagem Funchal-Porto-Funchal vendida pela TAP aos passageiros madeirenses?

Depois de conhecermos esses dados a gente fala...
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Espanta-me muito sinceramente que tendo os Açores como exemplo e com meses para tratar do assunto que a questão do subsidio de mobilidade para as viagens dos madeirenses esteja lamentável e tristemente envolvida numa trapalhada que seria dispensável e que revela um perigoso e inaceitável amadorismo na resolução de problemas complexos como é o caso. Nunca pensei, repito e insisto, que uma medida que tinha tudo a seu favor para ser uma medida consensual e apreciada, se tenham transformado num pesadelo e, pior do que isso, numa clara diferenciação de tratamento desigual para situações iguais. Vergonhoso. Repito e insisto: resolvam estas pontas soltas enquanto é tempo para que esta trapalhada não se transforme numa espécie de prego no caixão.

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