quinta-feira, outubro 08, 2015

Abstenção recorde que as sondagens tentaram reduzir à força

Quando na noite eleitoral de 4 de Outubro, e por causa da diferença horária nos Açores, as televisões ficaram impedidas de divulgar resultados eleitorais, a opção foi pela emissão de alegadas "sondagens" que tentavam dar um retrato do que se passou nesse dia, os valores divulgados foram logo debatidos como se se tratasse de uma percentagem inferior à registada em 2011, na tentativa de vender a ideia (falsa) de que os portugueses tinham acorrido às urnas de forma acentuada.
O problema, depois, é que quando se percebeu o embuste dessas sondagens, quando confrontadas com a realidade,  todas as análises feitas nas televisões ruíram pelo simples facto de que a abstenção registada a 4 de Outubro foi a mais elevada de sempre em eleições para a Assembleia da República.
Recordemos os valores da abstenção desde 1999:
1999 - 3,3 milhões de eleitores, 38,2%
2002 - 3,2 milhões de eleitores, 37,7%
2005 - 3,1 milhões de eleitores, 35%
2009 - 3,8 milhões de eleitores, 40,3%
2011 - 4,1 milhões de eleitores, 41,9%
2015 - 4,1 milhões de eleitores, 43,1%
Ou seja, mais uma derrota - esta claríssima - para os partidos do sistema político nacional, mesmo ressalvando o facto dos cadernos eleitorais continuarem falseados por razões que a nova Assembleia da República devia investigar a fundo.

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