quinta-feira, outubro 01, 2015

Cristiano Ronaldo 500 golos antes: foi assim que tudo começou

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Sente-se: eis a extensa lista de sucessos de CR7
Cristiano Ronaldo escalou uma verdadeira montanha de lendas até ascender, esta quarta-feira, ao primeiro lugar dos melhores marcadores da história do Real Madrid. Chegado em 2009/10 ao Real Madrid, que pagou 94 milhões de euros ao Manchester United, Cristiano Ronaldo só demorou pouco mais de seis anos a fazer o que se julgava impensável, ou seja, superar todas as figuras do maior clube do Mundo. Ao 308.º jogo, o jogador de 30 anos, nascido na Madeira a 5 de fevereiro de 1985, ultrapassou a última, Raúl, passando a contar mais um golo (324 contra 323) que o espanhol com a camisola merengue.
Depois de marcar 33 golos na primeira época, em 35 jogos, Cristiano Ronaldo apontou 54, em outros tantos embates, na segunda e começou desde logo a arrumar várias estrelas, como Figo (58), Van Nistelrooy (64), Roberto Carlos (69) e Guti (77).
No início da terceira, ultrapassou os 100 golos, com um 'bis' em Lyon, a 2 de novembro de 2011, ultrapassando Morientes (99) e igualando o chileno Ivan Zamorano (101). Passou-o pouco depois, tal como o brasileiro Ronaldo (104).
Foi ainda em 2011/12 que entrou no top 10: aconteceu a 21 de março de 2012, dia em que se juntou a Michel (130), para fechar a temporada com 147, já acima de um golo por jogo.
A 30 de setembro de 2011, começou a escalar o top 10, superando Amancio Amaro (156 contra 155), que representou os 'merengues' de 1962/63 a 75/76, para ascender a nono, com um hat-trick ao Corunha (5-1).
Emilio Butragueño, que deu nome à famosa 'Quinta de El Buitre' e jogou no Real Madrid quase toda a carreira, foi o alvo seguinte e caiu a 6 de janeiro de 2013, dia em que Cristiano bisou no 4-3 caseiro à Real Sociedad.
Ficou a somar 172, subindo de imediato a sétimo, em igualdade com José Martinez 'Pirri' (1964/80), que passou no jogo seguinte, três dias volvidos, com um hat-trick ao Celta de Vigo (4-0), em jogo da Taça do Rei.
No mês seguinte, caiu mais um grande lenda, uma das maiores: Paco Gento, o único jogador que venceu por seis vezes a Taça dos Campeões Europeus.
O internacional português, consciente da importância do momento, passou Gento (183 contra 181) com três golos ao Sevilha, a sua vítima favorita, num triunfo caseiro por 2-1, a 9 de fevereiro de 2013, para 23.ª ronda da Liga espanhola.
O 200.º golo aproximava-se e ainda chegou em 2012/13, a 4 de maio de 2013, com um bisao Valladolid (4-3). Fecharia a época com o 202.º, ao 199.º jogo, na final da Liga dos Campeões, frente ao Atlético de Madrid, na Luz.
O quinto da tabela estava perto e era nem mais nem menos do que o mexicano Hugo Sánchez, que, vindo do Atlético de Madrid, brilhou intensamente no Real Madrid, entre 1985/86 e 91/92, com 208 golos e outros tantos mortais a festejar.
A 22 de setembro de 2013, um bis ao Getafe (4-1) ditou a ultrapassagem.
Cristiano Ronaldo nunca abrandou e foi quase meio ano depois, a 18 de março de 2014, que superou mais um dos grandes jogadores da história do futebol, o húngaro Ferenc Puskás, que marcou 242 golos em apenas 262 jogos pelo Real Madrid, clube que defendeu de 1958/59 a 65/66.
O Bernabéu, em dia de Champions, foi o palco de mais um feito do português, que passou a colecionar 243 golos como merengue com um bis aos alemães do Schalke 04 (3-1).
A lista, acima de Ronaldo, ficou reduzida a três nomes e CR7 demorou quase um ano a entrar no top 3.
Há muito no pódio, Santillana, que jogou no Real Madrid durante 17 temporadas (1971/72 a 87/88), foi alcançado a 22 de fevereiro de 2015, com um golo em Elche e ultrapassado com mais um ao Schalke, agora em Gelsenkirchen.
O que se afigurava como impossível quando Ronaldo se estreou pelo Real Madrid a 29 de agosto de 2009, passou a ser apenas uma questão de tempo: não era 'se', mas quando iria o internacional luso chegar ao topo.
O primeiro passo era o mais delicado, pois passava por ultrapassar a maior das 'lendas' do clube, aquele por todos o mais respeitado, a sua 'bandeira': 'Dom' Alfredo Di Stéfano, que jogou pelos madrilenos de 1953/54 a 63/64.
Para a 'festa', Ronaldo chamou um 'convidado' especial, a Juventus: foi face à 'velha senhora', em Turim (1-2), que igualou os 307 golos de 'la saeta rubia', para, no Bernabéu (1-1), o ultrapassar, sem evitar a eliminação do Real.
Faltava um, apenas um, Raul González, uma das lendas vivas dos 'blancos', que agora representa o New York Cosmos, dos Estados Unidos, depois de 16 inesquecíveis épocas pelos 'merengues', entre 1994/95 e 2009/10.
Cristiano Ronaldo teve respeito: depois de ficar a um golo, deixou Raul permanecer mais uns dias na liderança, ao passar três jogos em branco, com falhanços para todos os gostos, mas, hoje, fartou-se. Já não tem ninguém à frente (fonte: O Jogo)

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