Grécia, Itália e
Portugal: são estes os três países da zona euro a braços com mais dívida
pública, em proporção da dimensão das suas economias. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) espera que Portugal chegue ao final de 2015 com uma dívida
pública de 127,8% do PIB. Maiores só as dívidas de Itália (133,1% do PIB) e a
da Grécia (196,9%). Se a análise tiver em conta apenas a dívida pública em
termos líquidos (isto é, descontando o efeito dos depósitos), a posição
portuguesa ainda piora mais: passa para segundo lugar, logo atrás da Grécia. É
que se em termos líquidos a dívida pública de Portugal se deverá manter este
ano em 120,6% do PIB, a Italiana desce para 113,5%. Já os gregos continuam cum
uma dívida pública líquida muito acima do patamar psicológico dos 120% do PIB,
nos 194,1%. No que toca ao défice, a economia nacional já não compara tão mal
com os parceiros do euro, embora de acordo com os cálculos do FMI deva
permanecer sob procedimento por défices excessivos. A organização liderada por
Christine Lagarde antecipa um défice de 3,1% para este ano (abaixo dos 3,2%
previstos em Abril, mas ainda acima do limite de 3% imposto por Bruxelas). A
cumprir-se esta previsão, Portugal será o sexto país do euro com mais défice
orçamental, atrás de Espanha (4,4%), Grécia (4,2%), França (3,8%), Eslovénia
(3,7%) e Finlândia (3,2%). As estimativas do FMI são piores do que as previsões
do Governo. Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, tem reafirmado que a
meta do défice de 2,7% do PIB será cumprida. No final de Setembro, no âmbito do
procedimento por défices excessivos, o Governo reenviou para Bruxelas esta
estimativa para o défice, tendo-se comprometido com uma meta de 125,2% para a
dívida (jornalista Margarida Peixoto do Económico)
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