domingo, novembro 29, 2015

Mania de escrever: um esclarecimento que é obrigatório ser dado pelos deputados do PSD-M

O facto dos deputados do PSD-M terem apresentado sozinhos  na Assembleia da República um projecto de resolução sobre o novo Hospital do Funchal originou reacções de contestação por parte dos deputados do PS e do Bloco eleitos pela RAM. Isto porque, segundo estes, havia um entendimento concertado no Funchal, ainda antes do início dos trabalhos desta Legislatura, para que tudo se processasse, no que aos grandes projectos da Madeira diz respeito, de forma concertada.
Caso assim tenha sido, não se percebe a razão de ser desta iniciativa, o que nada impede que cada partido tenha o poder de tomar as iniciativas legislativas que entender, quando entender e como entender.
Mas, ao invés, caso tenha havido um entendimento, de facto, entre todos os partidos e independentemente do tema principal do projecto de resolução - que a todos interessa e curiosamente a todos leva a reboque - então temos uma situação de claro oportunismo político, que ainda por cima pouca ou nenhuma força política tem, principalmente no actual contexto político-parlamentar, e que parece destinado a marcar a agenda. Uma iniciativa, oxalá assim não seja, que provavelmente inviabiliza qualquer entendimento futuro.
Sucede que os deputados do PSD eleitos à AR têm que entender que a realidade política, parlamentar e governativa em Lisboa mudou e que, bem ou mal - não vamos discutir isso agora, porque desnecessário - foi empossado um novo governo que provavelmente determina, no que à Madeira diz respeito, até porque PS e Bloco fazem parte da maioria parlamentar que sustenta este governo do PS em  Lisboa, uma outra concertação política que episódios como este, e agora por razões acrescidas, podem colocar em causa.
Um esclarecimento sobre o que tem sido dito - e que ainda não foi dado, o que se estranha - é o que se espera neste momento. Para cabal clarificação do que se passou.
Lembrando sempre que quem recusou a classificação de projecto de interesse estratégico nacional à obra de construção do novo hospital do Funchal foi o governo de Sócrates, conforme documentação existente e que sustenta esta realidade. Isto porque falar de oportunismos políticos é fácil, sobretudo quando eles existem em todos os recantos da política.

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