A desconfiança continua a rodear uma actividade
que, de acordo com estimativas da Comissão Europeia, recebeu 661 mil milhões de
euros em auxílios estatais desde 2008, sem esquecer as injecções directas de
liquidez sem precedentes por parte do Banco Central Europeu (BCE). Vários
sinais de incerteza surgiram, primeiro com o banco francês Societe Generale depois
pelo Riksbank, o banco central sueco. E nem sequer falo na crise em Portugal
com o BES e o Banif. Os especialistas admitem que em 20916 pelo menos mais dois
bancos nacionais possam enfrentar graves problemas que neste momento estarão a
ser disfarçados para evitar o pânico. A que se junta a especulação em torno do
próprio Banco da Alemanha. Em termos bolsistas há bancos que têm sido penalizados,
casos da Société Générale, do BBVA, do Unicredit, do Santander, do Intesa
Sanpaolo, do já referido Deutsche Bank, do BNP Paribas, e do ING. Quedas que
variaram entre os 2,5% e os 6%.A Comissão Europeia reconhece também que até
este momento o valor dos bancos europeus no mercado ter-se-á depreciado em pelo
mais de 300 mil milhões de euros.
Para além do caso português – Novo Banco e BANIF – as autoridades europeias seguem com apreensão e incerteza a situação do sector bancário italiano, particularmente a multiplicação das dúvidas sobre a amplitude real do volume de empréstimos acumulados pelas instituições de Itália da ordem dos 200 mil milhões de euros e que poderão resultar em dificuldades de recuperação. Bruxelas destaca o facto de vários países terem criado um sistema de "bancos maus" para limpar e fortalecer o sector.
A segunda preocupação tem a ver com o banco da
Alemanha sobretudo se se confirmarem as suspeitas sobre a capacidade do Deutsche
Bank em pagar os juros sobre suas obrigações convertíveis (Cocos), depois de
anunciar prejuízos de cerca de 6.800 milhões de euros em 2015.
Estes ingredientes estão alimentando uma
enorme incerteza, a ponto de haver já quem compare a situação actual até com a crise
de 2008 e a falência histórica do Lehman Brothers. Recordo que em consequência
dessa crise do sistema bancário "o sistema financeiro, especialmente na
Europa, entrou em colapso. Parece que, apesar dos muitos testes de stress, os
bancos ainda têm algo nos seus balanços que impede qualquer manifestação de confiança
por parte dos investidores. Os especialistas dizem que os problemas com o sector
na Europa transcendem as dificuldades com a banca espanhola (LFM)
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Governo
prevê injetar mais de 560 milhões de euros no BPN
Quase
oito anos depois nacionalização, o buraco do BPN continua a aumentar. Só este
ano o Governo prevê injetar mais de 560 milhões de euros nas sociedades que
resultaram da queda do banco. Se o Orçamento do Estado para este ano for
concretizado, no final de 2016 os contribuintes já terão gasto mais de três mil
milhões de euros com BPN (Expresso)
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