Em 2021, haverá ainda oito economias que não regressaram aos níveis
pré-crise financeira. Portugal já terá recuperado mas é o décimo país em pior
condição. Dentro de cinco anos haverá ainda oito países no mundo cujo Produto
Interno Bruto (PIB) ainda não estará ao nível pré-crise de 2008. Da lista fazem
parte duas economias da zona euro — Itália e Grécia — mas o caso mais grave
está fora do Velho Continente. É a Guiné Equatorial onde o PIB em 2021 será 31%
inferior ao que existia em 2008, um fraco desempenho económico associado aos
baixos preços da energia nos mercados internacionais. Portugal está acima da
linha de água — com um produto dentro de cinco anos 1% superior ao nível
pré-crise — que, ainda assim, mantém a economia nacional no fundo da tabela
entre os 10 piores desempenhos do planeta.
Em sentido contrário destacam-se Moçambique e a Etiópia, onde a economia
vai duplicar neste período, se as projeções que o Fundo Monetário Internacional
(FMI) apresentou esta semana, nas reuniões de primavera, se confirmarem. As
contas foram feitas pelo Expresso a partir das novas estimativas disponibilizadas
pelo Fundo para 191 países e que vão até 2021.
Nessa altura, a economia portuguesa já terá recuperado do tombo
provocado pela crise financeira (em 2009) e pelos três anos de recessão (2011,
2012 e 2013) que o país viveu durante o programa da troika. Mas, ainda assim, o
PIB nacional continuará praticamente em linha com o que ‘existia’ em 2008. A
taxa de desemprego, pelas contas do FMI, será de 9,3%, a dívida pública
ultrapassará 120% do PIB e o défice orçamental manter-se-á abaixo mas muito
próximo da linha vermelha do limite de 3% impostos pelas regras do Pacto de
Estabilidade e Crescimento (Expresso, pelo jornalista João Silvestre)
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