quarta-feira, abril 13, 2016

Panamá Papers: Polícia do Panamá invade sede da Mossack Fonseca

A polícia do Panamá invadiu a sede do escritório panamiano de advocacia Mossack Fonseca – o centro do vulcão que está por trás do Panama Papers, na tentativa de encontrar documentação em torno do caso que está a abalar o mundo financeiro. Fonte da polícia citada por vários jornais afirma que a iniciativa decorreu “sem incidentes ou interferências”. 
Depois de conhecida a fundamentação e a extensão do escândalo, o escritório apressou-se a negar as acusações de que era alvo, defendendo-se com uma alegada manipulação da informação – ao mesmo tempo que os seus clientes negavam qualquer ligação ao escritório ou afirmavam que as suas empresas nos offshores estavam desactivadas há muito.
Mas até o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, se viu na contingência de intervir, face às proporções que o caso entretanto tomou – até porque o país não é nenhum exemplo de boas práticas: faz ou fez parte até recentemente de várias listas negras de países demasiado permissivos com o sistema financeiro. As autoridades políticas do Panamá comprometeram-se com uma investigação aprofundada ao que aconteceu.
O escritório do procurador-geral panamiano disse posteriormente que o objectivo das buscas tinha sido “a obtenção de documentação relacionada com a informação publicada em artigos de notícias que ligam a empresa a actividades ilícitas”. O comunicado acrescenta que as buscas também terão lugar nas subsidiárias da empresa.
A empresa alega, entretanto, estar a colaborar com as autoridades na investigação, mas vários jornais internacionais relatam que um associado do escritório, Ramon Fonseca, teria apresentado uma queixa contra os “invasores externos” das instalações. Segundo a Imprensa, este associado será ex-ministro de um governo de Juan Carlos Valera – mas ter-se-á afastado de qualquer cargo político depois de o seu nome surgir envolvido no escândalo de corrupção que envolve a empresa petrolífera estatal brasileira Petrobras, conhecido por Lava Jato (Económico)

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