quarta-feira, abril 13, 2016

Panamá Papers: Fisco pede informação sobre portugueses, jornalistas recusam

A Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e das Acções Especiais pediu formalmente, na segunda-feira, ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação a identificação dos cidadãos nacionais envolvidos nos Panama Papers, adianta a TVI. A resposta, segundo a mesma fonte, foi comunicada à Autoridade Tributária, ontem de manhã, pelos dois repórteres portugueses do Consórcio: “Somos uma organização independente de jornalistas.
Não podemos, nem devemos facultar os documentos porquanto não nos pertencem e, por outro lado, não somos o braço armado dos Estados. Somos jornalistas de investigação” As autoridades fiscais de inúmeros países pediram nos últimos dias ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação os ficheiros. A resposta da organização foi sempre negativa. A maior investigação jornalística da história, divulgada há uma semana, envolve o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles antigos e actuais líderes mundiais.
A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de actividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas "offshore" em mais de 200 países e territórios.
A partir dos Panama Papers, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em "offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón (Económico)

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