quinta-feira, maio 19, 2016

Estalagem da Ponta do Sol: há vida para além do Funchal

A meia hora de carro do Funchal, a Estalagem da Ponta do Sol resulta da recuperação de uma antiga quinta, integrada num projeto de arquitetura de traços modernos que tão bem soube tirar partido da sua localização privilegiada. Chega-se à Ponta do Sol, povoação na costa sul da ilha ligada aos engenhos de açúcar, e nem se dá por esta estalagem que lhe toma o nome. Fica no topo de um penhasco, uns bons metros acima do nível do mar e acesso por elevador, onde já existia a Quinta da Rochinha convertida, pelo arquiteto Tiago Oliveira, em hotel de quatro estrelas, em 2001.
A geografia ditou o projeto, desenvolvido em patamares a partir dos poios agrícolas existentes e da recuperação dos edifícios antigos que serviram de residência, em épocas diferentes, a feitores e juízes da comarca. Fora dos circuitos turísticos habituais da Madeira, a Estalagem da Ponta do Sol aposta também numa programação cultural alternativa. Durante o verão, aos fins-de-semana, há concertos no jardim e, em dezembro, o calendário inclui o festival de música eletrónica Madeira Dig, entre a Estalagem e o Centro de Artes Casa das Mudas, na Calheta, e uma mostra de filmes no antigo cinema da vila. Fora dos circuitos turísticos habituais da Madeira, a Estalagem da Ponta do Sol aposta também numa programação cultural alternativa.
Durante o verão, aos fins-de-semana, há concertos no jardim e, em dezembro, o calendário inclui o festival de música eletrónica Madeira Dig, entre a Estalagem e o Centro de Artes Casa das Mudas, na Calheta, e uma mostra de filmes no antigo cinema da vila. Na casa-mãe, funciona o bar lounge, com um alpendre que apetece, que dá acesso à esplanada sobre o mar e do qual se desce ao jardim, onde nas noites de verão há concertos intimistas. Por ali já passaram Capicua, Paus, Batida, Mão Morta, Dead Combo, António Zambujo, Pedro Jóia, Nástio Mosquito, Tcheka, Carmen Sousa, Lula Pena, Thurston More ou Bianca Casidy. Mais acima, numa espécie de caixa branca construída de raiz, fica o restaurante e, no patamar seguinte (ligado por outro elevador e respetiva ponte metálica), ficam os 55 quartos, distribuídos por blocos de dois andares com varanda em torno de um pátio ajardinado que se abre sobre a piscina. Entre o sobe e desce, descobrem-se outros recantos – o jacúzi, mais um bar e o ginásio. Tudo com janelas envidraçadas que vão do chão ao teto, a fazer sobressair o que realmente interessa – a paisagem e o que a vista alcança, entre o Cabo Girão e a Calheta (texto da Visão, pela jornalista Inês Belo)

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