quinta-feira, maio 26, 2016

Presidente do BPI critica PR, atual e anterior governos sobre questão de Angola

Fernando Ulrich apontou baterias ao Presidente da República, ao atual e ao anterior Governo, acusando-os de passividade e falta de cuidado. Em causa, a saída do BPI do capital do Banco de Fomento de Angola, imposta pelo Banco Central Europeu. O presidente do banco diz que, apesar dos discursos sobre a importância das relações Portugal-Angola, nenhum alto responsável demonstrou qualquer preocupação sobre este processo. "Até hoje ainda não ouvi nenhuma voz em Portugal com responsabilidade que se preocupasse com isso, nem uma 'condecoraçãozinha' no 10 de junho. O governo anterior, zero absoluto, nem o primeiro-ministro, nem a ministra das Finanças", afirmou Fernando Ulrich numa conferência sobre o setor bancário, em Lisboa. "O meu desgosto não é com as instituições europeias", sublinhou, considerando que as autoridades políticas portuguesas deviam, até pela ligação histórica a Angola, ajudar a contornar a imposição do Banco Central Europeu (BCE) que obriga o BPI a reduzir a exposição àquele mercado africano. "O BPI tem 50,1% de um banco em Angola. O senhor governador do Banco Nacional de Angola disse-me há 15 dias que o BFA [Banco de Fomento Angola] é um exemplo", revelou, lamentando que a "aplicação acrítica" de uma regra do BCE obrigue o banco português a sair de Angola (Expresso)

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