O antigo presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que é preciso "tirar lições" dos "fundamentalismos pseudo-culturais" que impedem a reabilitação de prédios devolutos e de limpeza de matas, referindo-se aos incêndios na ilha. Na mensagem, Alberto João Jardim critica também os "fundamentalismo sobre a propriedade privada que impedem a limpeza das respetivas matas".
"É necessário retirar lições das consequências de fundamentalismo pseudo-culturais, ditos de ordenamento, que criam zonas altamente combustíveis em prédios abandonados, por não os deixarem ser atrativos em termos de investimento para a sua reabilitação", escreveu Alberto João Jardim, na sua página do Facebook. Eis o texto da íntegra:
"PONTOS NOS I’s
"É necessário retirar lições das consequências de fundamentalismo pseudo-culturais, ditos de ordenamento, que criam zonas altamente combustíveis em prédios abandonados, por não os deixarem ser atrativos em termos de investimento para a sua reabilitação", escreveu Alberto João Jardim, na sua página do Facebook. Eis o texto da íntegra:
"PONTOS NOS I’s
1. Os
catastróficos incêndios, cuja origem há muito exigem a mais rigorosa
investigação, de novo constituíram pretexto para considerações de ordem
política.
2. Quero lembrar
que os meus Governos:
a) Criaram o
Serviço Regional de Protecção Civil, indispensável à coordenação operacional e
de meios;
b) Construiram
novos quartéis de Bombeiros de forma a cobrir todos os Concelhos, quadrícula e
articuladamente operacionalizados com o Serviço Regional de Saúde;
c) Recusaram as
propostas de fusão dessas Corporações;
d) Construiram
infra-estruturas diversas sem as quais seria impossível o acesso e a
disponibilidade de água e de outros meios para efectivo combate às catástrofes;
e) Entregaram
viaturas e material comprovadamente adequado, embora tais entregas tivessem
sido alvo de chacota política por parte dos energúmenos do costume;
f)
Institucionalizaram formação técnica ainda agora bem comprovada, quer ao nível
dos Bombeiros, quer das respectivas Hierarquias;
g) Conduziram o
sector com firmeza democrática, na medida do possível barrando tentativas de
instrumentalização política de Instituições que, por definição, estão acima
disso e ao Serviço do Povo;
h) Sempre que
ante várias catástrofes então sofridas, respeitando a dôr de cada um, passaram
de imediato e intransigentemente a uma acção reconstrutiva.
3. É necessário
retirar lições das consequências de fundamentalismos pseudo-culturais, ditos de
“ordenamento”, que criam zonas altamente combustíveis em prédios abandonados
por não os deixam ser atractivos em termos de investimento para a sua
reabilitação. Ou de fundamentalismo sobre “propriedade privada” que impedem a
limpeza das respectivas matas. Questões que nos valeram feroz oposição.
4. É hora de todo
o Povo agradecer o esforço heróico dos Bombeiros, bem como a louvável
intervenção impecável das Forças Armadas e das Forças de Segurança, assim como
dos Trabalhadores de todos os Serviços e Empresas cooperantes, e ainda das
Instituições de Voluntariado e de Solidariedade Social. E, com Justiça, louve-se
igualmente o empenho e o esforço das Autoridades regionais, autárquicas e
nacionais.
Funchal, 11 de
Agosto de 2016
Alberto João
Cardoso Gonçalves Jardim"
1 comentário:
Uma mentira repetida mil vezes, dizem, há quem queira que se transforme em verdade
Enviar um comentário