sexta-feira, agosto 12, 2016

Incêndios na Madeira: Alberto João Jardim critica "fundamentalismo sobre propriedade privada que impedem limpeza das matas"

O antigo presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que é preciso "tirar lições" dos "fundamentalismos pseudo-culturais" que impedem a reabilitação de prédios devolutos e de limpeza de matas, referindo-se aos incêndios na ilha. Na mensagem, Alberto João Jardim critica também os "fundamentalismo sobre a propriedade privada que impedem a limpeza das respetivas matas".
"É necessário retirar lições das consequências de fundamentalismo pseudo-culturais, ditos de ordenamento, que criam zonas altamente combustíveis em prédios abandonados, por não os deixarem ser atrativos em termos de investimento para a sua reabilitação", escreveu Alberto João Jardim, na sua página do Facebook. Eis o texto da íntegra:
"PONTOS NOS I’s
1. Os catastróficos incêndios, cuja origem há muito exigem a mais rigorosa investigação, de novo constituíram pretexto para considerações de ordem política.
2. Quero lembrar que os meus Governos:
a) Criaram o Serviço Regional de Protecção Civil, indispensável à coordenação operacional e de meios;
b) Construiram novos quartéis de Bombeiros de forma a cobrir todos os Concelhos, quadrícula e articuladamente operacionalizados com o Serviço Regional de Saúde;
c) Recusaram as propostas de fusão dessas Corporações;
d) Construiram infra-estruturas diversas sem as quais seria impossível o acesso e a disponibilidade de água e de outros meios para efectivo combate às catástrofes;
e) Entregaram viaturas e material comprovadamente adequado, embora tais entregas tivessem sido alvo de chacota política por parte dos energúmenos do costume;
f) Institucionalizaram formação técnica ainda agora bem comprovada, quer ao nível dos Bombeiros, quer das respectivas Hierarquias;
g) Conduziram o sector com firmeza democrática, na medida do possível barrando tentativas de instrumentalização política de Instituições que, por definição, estão acima disso e ao Serviço do Povo;
h) Sempre que ante várias catástrofes então sofridas, respeitando a dôr de cada um, passaram de imediato e intransigentemente a uma acção reconstrutiva.
3. É necessário retirar lições das consequências de fundamentalismos pseudo-culturais, ditos de “ordenamento”, que criam zonas altamente combustíveis em prédios abandonados por não os deixam ser atractivos em termos de investimento para a sua reabilitação. Ou de fundamentalismo sobre “propriedade privada” que impedem a limpeza das respectivas matas. Questões que nos valeram feroz oposição.
4. É hora de todo o Povo agradecer o esforço heróico dos Bombeiros, bem como a louvável intervenção impecável das Forças Armadas e das Forças de Segurança, assim como dos Trabalhadores de todos os Serviços e Empresas cooperantes, e ainda das Instituições de Voluntariado e de Solidariedade Social. E, com Justiça, louve-se igualmente o empenho e o esforço das Autoridades regionais, autárquicas e nacionais.
Funchal, 11 de Agosto de 2016
Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim"

1 comentário:

Jorge Figueira disse...

Uma mentira repetida mil vezes, dizem, há quem queira que se transforme em verdade