Ricardo Salgado, o
antigo homem-forte do GES, é arguido no processo. Tal como Morais Pires,
ex-gestor do BES Foto Bruno Simão O juiz do Tribunal Central de Instrução
Criminal (TCIC), Carlos Alexandre, aceitou o pedido do Ministério Público para
o arresto preventivo de verbas de testas de ferro ligados ao Grupo Espírito
Santo (GES) em que parte deles, segundo apurou o CM, reportaria diretamente ao
ex-banqueiro Ricardo Salgado. O despacho do juiz foi assinado na última
sexta-feira e prevê o arresto de contas bancárias, unidades de participação em
fundos de investimento e imóveis que não tinham sido colocados à guarda da
Justiça no arresto inicial de bens dos arguidos nos vários inquéritos que
investigam o universo GES.
O CM sabe que a decisão de avançar para um novo
arresto de bens resulta do facto de a equipa liderada pelo procurador José
Ranito ter identificado na investigação mais sociedades offshore e fundos de
investimento em nome de terceiros mas que o Ministério Público acredita terem
ligações aos antigos administradores do GES e, nalguns casos, reportando
diretamente ao antigo presidente do grupo, Ricardo Salgado. O montante total de
arresto de bens mantém-se inalterado, tal como havia ficado definido
inicialmente. Na altura, foi decretado para garantir o eventual pagamento
futuro de indemnizações de 1,83 mil milhões de euros no âmbito da investigação
ao chamado universo GES. O valor dos bens agora colocados à guarda da Justiça
ainda não está apurado, sabe o CM, mas pretende atingir a fasquia traçada pela
investigação. Os arguidos visados contestaram a decisão do juiz Carlos
Alexandre, mas a Relação de Lisboa rejeitou os 25 recursos interpostos pelos
membros da família Espírito Santo e por antigos administradores do grupo e do
banco, como José Manuel Espírito Santo e Amílcar Morais Pires. Apenas um
requerimento terá tido provimento (CM, pelo jornalistas Diana Ramos e Eduardo Dâmaso)
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