quarta-feira, setembro 28, 2016

Madeira e os transportes aéreos e marítimos: não confundamos as coisas

I.
Não vale a pena alimentarmos polémicas ou distorcermos os factos. A minha opinião é esta. Uma coisa é reconhecer e aceitar a importância das ligações marítimas entre RAM e Continente - embora continue a pensar que isso apenas será possível com subsídios públicos e correndo o risco de um balanço pouco animador no final do primeiro ano quando a movimento de passageiros - outra coisa é confundir erradamente barco com avião como se fossem assuntos comparáveis.
II.
Há que discutir cada coisa no seu galho. Uma coisa são os transportes aéreos, outra coisa é o barco que nem sequer sei se será o Armas a partir do momento em que forem aprovados subsídios à operação. E quanto a isto, quando nos confrontarmos com um balanço ao final do primeiro ano - partindo do pressuposto que Bruxelas apoia a subsidiação da operação - caso ele não apresente, como temo e a seu tempo veremos, valores minimamente aceitáveis, pode ser decisivo para que tudo volte à estaca zero.
III.
É simples quem quer ir ao Porto vai continuar a ir de avião porque não há alternativa.Quem pretender ir a Lisboa vai escolher entre 1,20 hora de viagem entre aeroportos ou 24 horas de operação marítima, provavelmente para Portimão, porque não acredito que consigam operar para Lisboa a preços aceitáveis. Por isso acho, e mantenho, que não se pode confundir as coisas. É como confundir futebol de praia com futsal ou com futebol de 11. Parece ser tudo o mesmo, mas não é. (LFM)

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