terça-feira, junho 27, 2017

Madeira: o barquinho já vem a caminho? Acham mesmo?


O deputado do PSD, Miguel Sousa, afirmou no tal debate realizado na RTP-M na semana passada que falar de transportes, aéreos ou marítimos, numa ilha com 264 mil habitantes, sem falas nas compensações financeiras públicas, é como querer assistir a um jogo de futebol com campo, relvado, espectadores mas sem haver uma única bola de futebol no local. Ou seja, sem uma política de subsidiação, directa ou indirecta por parte do sector público, nem teremos aviões com passagens a preços decentes - e mesmo assim a roubalheira mafiosa que se passa com a teta no caso da Madeira e que é um dos maiores escândalos - nem barquinho para Portimão. Depois ainda não me explicaram uma coisa: quem é que troca uma viagem de avião directa a Lisboa ou Porto por uma viagem de barco para Portimão, obrigando a mais 250 quilómetros até Lisboa ou 600 quilómetros até o Porto, conforme o destino. E quem viaja de barco, 24 horas, no inverno, quando o estado do mar é o que é? Os madeirenses afinal tiram férias por habito em que época do ano? O concurso para as ligações marítimas será apenas entre Madeira e Continente? Já pensaram nisso? Que venha o barquinho que tantos reclamam. Mas por favor não escondam como parece que resolveram fazer com o tal estudo sobre meios aéreos: divulguem todos os meses os dados estatísticos da operação e se possível de três em três meses os resultados financeiros da exploração da linha. Só para que as pessoas percebam melhor o que vai acontecer. Quanto ao transporte de mercadorias, e ressalvando as dúvidas quanto à eficácia de Portimão, até admito que possa ter alguma mais-valia.
Uma nota final: não tenho nada contra Portimão, por sinal "só" a terra da minha mãe. Por isso esqueçam esse argumento!

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