quinta-feira, julho 13, 2017

TAP: pormenores mas que demonstram incompetência

Desde que a TAP descobriu aquela teta leiteira dos lugares pagos - no caso das tarifas de valores mais inferiores - ficamos a saber que um aparelho tem zonas diferentes no seu interior, já que os custos dos lugares, caso o passageiro opte por fazer essa reserva sem ter tarifa adequada, oscilam entre os 10 e os 25 euros (os mais caros, incluindo nas portas das saídas de emergência, onde há mais espaço). Para quem não sabe passou a haver três zonas distintas: 

- Área Extra Legroom/Saída de emergência - filas da saída de emergência entre área Preferencial e a área Standard;
- Área Preferencial - filas dianteiras - desde a primeira fila da Classe Económica até à fila que antecede os lugares Extra Legroom;
- Área Standard - desde a fila posterior à área Extra Legroom até à última fila da Classe Económica.
Mas há regras para usar nos lugares junto saídas de emergência. Por exemplo não podem viajar nestes lugares passageiros com menos de 15 anos, passageiros mais idosos e passageiros com mobilidade reduzida ou que necessitem de um assento extra devido às suas dimensões físicas. Não pode haver objetos debaixo dos assentos desta filas para não ser impedimento caso seja preciso evacuar o avião. Estas regras não são por acaso. Os passageiros que vão nestas filas têm de ter capacidade para abrir a porta em caso de emergência.
Um site de aviação explica:
"Há algumas regras nesses assentos e não são todas as pessoas que podem usá-los.
- Falar inglês ou o idioma da companhia aérea.
- Ter mais de 15 anos.
- Ser capaz de abrir a saída de emergência em caso de evacuação.
Pessoas idosas, mulheres grávidas e crianças pequenas, por exemplo, não podem voar nesses assentos de maneira nenhuma".
Há dias, num voo Lisboa-Funchal, mãe e filha longe dos 15 anos, tinham sido colocadas ambas numa das filas de emergência e separadas entre si (uma no lado direito e outra no lado esquerdo do aparelho). Valeu uma passageira que acedeu trocar de lugar para que a miúda viajasse com a mãe. Os passageiros não têm obviamente culpa disto. O culpado é a TAP no momento do check-in que não pode atropelar as regras estabelecidas. Claro que o assunto deu nas vistas e só muito tardiamente apareceram logo 3 assistentes de bordo (a palavra hospedeira deixou de existir na TAP...) que inventaram uma explicação para "justificarem" o injustificável, uma falha grave em termos de procedimentos na cabine num avião, seja ele qual for: a mãe e a filha que a acompanhava não podiam ocupar aqueles lugares, teriam que trocar com outros passageiros. O caricato foi ver as assistentes preocupadas com o cumprimento das demais regras, carteiras de senhora, casacos, tudo para a zona de carga manual, nada podia ficar ali a atrapalhar. Não me gozem!

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