sábado, outubro 07, 2017

PSD: mais do mesmo ou uma mudança?



Tudo indica que vamos ter um duelo pela liderança do PSD envolvendo Rui Rio e um desconhecido. Montenegro afastou-se, Rangel afastou-se, Pedro Duarte, afastou-se, tudo nomes que se auto-promoveram no média para que deles falassem e para ganhar tempo na expectativa de perceberem que apoios eventualmente surgiriam. Como nada de concreto apareceu, e como perceberam, os dois primeiros, que eram a  continuidade do passismo ou que estavam muito ligados ao marcelismo, no caso do terceiro, além de afastados da militância partidária visível, tudo continua como antes.  Rio contra quem? Santana Lopes é hipótese até ver e até que não lhe seja possível suspender o mandato na SCML que parece terá solicitado ou perguntado se é possível. Dizem que desta vez quer enfrentar Rio mas como se trata de um regresso a um passado recente no PSD - um passado de derrota acelerado pela saída de Barroso para Bruxelas - e no fundo foi ele que acabou por estar na origem da vinda de Sócrates para o governo, dificilmente isso seria esquecido.  Deixar um cargo milionariamente pago na Santa Casa da Misericórdia pelo enxovalho de uma derrota nas directas não me parece que seja estimulante para Santana que sabemos todos vive disto, da insinuação, dos telefonemas a pedir que falem dele, das notícias sugeridas ou fabricadas, tudo para que o seu nome apareça sempre que há confusões. Claro que para a CML quando a hora H chegou fugiu que nem um rato ameaçado pelo gato. Santana joga não com o seu alegado prestígio no partido mas com a mediatização que as televisões propiciam, como aliás aconteceu com Marcelo Rebelo de Sousa que escondeu sempre esse facto tentando fazer crer que a corrida presidencial de 2016 foi uma luta igual entre candidatos diferentes uma tremenda desigualdade mediática.

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