A aliança opositora venezuelana Mesa de Unidade
Democrática (MUD) rejeitou os resultados divulgados pelo
Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que dão conta de que o chavismo elegeu 17
dos 23 governadores nas eleições de domingo. Nem a Venezuela nem o mundo
acreditam nesse conto que nos contaram. Solicitámos aos comandos regionais que
verifiquem todo o processo, que se audite tudo, inclusive nos Estados em que
candidatos da Unidade (oposição) foram declarados vencedores”, disse o
porta-voz da MUD. Durante uma conferência de imprensa em Caracas, Gerardo Blyde
explicou que a não aceitação dos resultados se deve a violações da lei
cometidas durante o processo, centros eleitorais que não abriram na hora
estabelecida e à falta de testemunhas. “Que se audite todo o processo. Pedimos também aos
candidatos que programem ações nas ruas em respaldo ao que estamos a denunciar.
Estamos num momento muito grave para a República e o país. Vamos lutar para
mudar este sistema eleitoral”, disse.
Segundo Gerardo Blyde, mais de 700 mil eleitores foram
afetados por transferências para outros centros eleitorais. “Nós tentámos e fizemo-lo com a consciência de
que somos democratas, com regras, mas urge fazer um chamado como cidadãos e
venezuelanos, para unificar-nos num só critério. Este sistema eleitoral não é
confiável”, frisou. Dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE),
dão conta que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido no
Governo), ganhou em 17 dos 23 Estados do país, nas eleições de domingo. Segundo
o CNE, o PSUV terá governadores nos Estados de Amazonas, Apure, Arágua,
Barinas, Carabobo, Cojedes, Falcón, Guárico, Lara, Miranda, Monágas,
Portuguesa, Sucre, Trujillo, Yaracuy, Delta Amacuro e Vargas. Os estados de
Anzoátegui, Nueva Esparta, Táchira, Mérida e Zúlia vão ser governados por
opositores (aqui).
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