quarta-feira, agosto 29, 2018

Política comunicacional: o GRM não pode perder o controlo da agenda dos assuntos por si tutelados

O GRM tem que perceber de uma vez por todas - e os assessores de imprensa estão lá para isso, não para cumprirem horários como se fossem funcionários públicos sem responsabilidades políticas acrescidas - se quer evitar problemas adicionais desnecessários que: ou toma a iniciativa e esclarece logo no início tudo o que há para esclarecer, ou limita-se a ir tardiamente a reboque dos acontecimentos, muitas vezes depois da polémica estar instalada e da dúvida, por causa dessa polémica que se foi ramificando, se generalizar. Ou seja, em tudo o que diga respeito ao  GRM só este pode comandar a agenda e estabelecer as regras de um jogo comunicacional cada vez mais importante. Não pode esperar que os média ou a oposição aproveitem decisões mais polémicas, muitas vezes distorcendo ou deturpando a realidade por falta de informação concreta, para depois vir a reboque de um processo que claramente não liderou e devia tê-lo feito.
Vem isto a propósito de um esclarecimento hoje divulgado com  a justificação de que terão sido "veiculadas algumas dúvidas na opinião pública, a propósito da contratação de serviços de assessoria financeira especializada tendentes a renegociar e a reduzir as taxas de juro de empréstimos actualmente activos". Se me permitem - e isto é apenas uma chamada de atenção para uma mudança de procedimentos - tudo o que consta desta nota devia ter sido divulgado no mesmo dia em que a notícia foi publicada pelo DN (24 de Agosto).
Estou a falar dos pagamentos a realizar a uma empresa de especialistas na tentativa de redução dos juros pagos pela RAM pelo empréstimo contraído ao abrigo do PAEF em 2011, um direito que nos assiste mas que a República nega porque esta geringonça da trampa quer ganhar dinheiro à custa dos madeirenses, castigando-os, fazendo lembrar o que Salazar nos fez depois da revolta de 4 de Abril de 1931 na Madeira.


Aliás, há semanas aconteceu uma situação semelhante com uma notícia sobre o Centro de Saúde no Porto Moniz, publicada na manha de 16 de Agosto passado mas o esclarecimento apenas chegou às redacções no início da noite desse dia, depois das redes sociais se terem encarregue de "dar cabo" do GRM, porque as redes sociais pronunciam-se a quente, sem conhecerem as versões dos dois lados de qualquer contenda. Anotem isto por favor (LFM)

terça-feira, agosto 28, 2018

Desabafo: cada vez mais a política exige presença no terreno

Será que alguém entende que a política não se faz sentados no sofá e produzindo comunicados, mas com uma presença constante no terreno, junto das pessoas, mantendo o partido mobilizado? A um ano de eleições, um ano triplamente eleitoral, não há férias para ninguém. Uma sugestão: comecem por fazer o seguinte, e urgentemente: convoquem os militantes do PSD - não os dirigentes locais porque esses geralmente são mais papistas que o Papa - para reuniões de trabalho abertas e francas, deixem-nos falar livremente para que então percebam em que estado estão, de facto, as estruturas partidárias quando elas são mais necessárias do que nunca. E depois de uma reflexão séria e pragmática tomem as decisões.
E não se esqueçam, que um político (ou uma política) não precisa de ter uma equipa muito política ao seu lado. Basta que quem lidera essa equipa, por exemplo num município, tenha a argúcia que os políticos precisam de ter. Ora parece-me que há quem no PSD-Madeira esteja a desvalorizar determinadas situações em concreto, acontecidas depois das autárquicas de 2017, que na realidade estão a afundar ainda mais as perspectivas de reversão eleitoral e política de uma realidade que não pode ser escamoteada e muito menos gerida com base na intriga, em ajustes de contas pessoais, na promoção forçada de novas castas de iluminados locais, impreparadas e ainda com muito para aprender no terreno, ou com vingançazinhas tontas, mais ou e os agridoces,  paridas nos quintalinhos do costume, controlados por insignificantes (em termos sociais) e pequenos grupos de intriguistas que se movem vaidosamente nas freguesias ou nos concelhos como se fossem os novos monarcas políticos da zona.
E se realmente apoiam Miguel Albuquerque e a sua recandidatura que será oficializada no congresso social-democrata no final do ano - e reafirmo que estou 100% com o Miguel, embora admita que precisa de ser mais e melhor ajudado para estes desafios de 2019 que serão desgastantes -  então é bom que percebam que ele precisa de um partido realmente operacional, presente, mobilizado, estabilizado - na realidade, não na ficção que por vezes se vende - um partido capaz de resolver rapidamente os seus problemas internos, particularmente nas freguesias e nos concelhos, que o têm afectado negativamente, e que deixem de colocar as suas ambições pessoais, que sendo naturais e legítimas, não podem contudo gerar menos-valias e provocar maiores dissidências ou distanciamentos. Eu lembro-me de tempos, ainda recentes, em que muitas pessoas abertamente mediam -  e descaradamente o assumiam - a dimensão do seu envolvimento e do seu empenho político apenas em função dos lugares prometidos a amigos e de posições em listas de candidatos. Sei como tudo isso funciona, não critico, acho humano, mas a verdade é que os tempos hoje, na óptica do PSD-M, são diferentes do que eram no passado recente e os desafios eleitorais assumirão, em 2019, uma dimensão tal que deles dependerá muita coisa, incluindo o futuro político de pessoas. Não há, não pode haver tolerância com a mesquinhez, a mediocridade, a vaidade, a disputa pessoal, a inveja ou a cagança seja de quem for. Basta a intriga palaciana que vai continuar, e que desgasta imenso, porque regra geral ela tem por objectivo destruir ou denegrir a imagem de pessoas. E se o mal não for cortado pela raiz, ele contaminará de forma acelerada e agressiva toda a estrutura partidária, pondo em causa um legado que, com os seus defeitos e virtudes, mais estes que aqueles, com as duas vitórias ou derrotas, mais aquelas que estas, é património que não envergonha, não pode envergonhar seja quem for (LFM)

Política e a esperteza saloia

Há coisas que não se entende, ou melhor, entende-se, mas faz-se de conta que não se entende. Um tipo qualquer sai de um partido onde militou dezenas de anos, onde teve tachos alguns nem os merecia por não ter perfil para eles. Depois resolve sair desse partido - porque queria ser presidente e perdeu - para criar a trampa de um novo partido, uma espécie de 40ª versão do PRD. Como não consegue nada de concreto e como as pessoas lhe viram as costas - uma coisa é a ambição pessoal outra coisa é a coerência de opções partidárias - toca a encomendar entrevistas nas televisões, no fundo o seu mundo verdadeiro, porque tal como Marcelo chegou a presidente a reboque das televisões - e daqueles espaços de opinião política tão "democráticos", tão exemplarmente democráticos, que só se ouve a opinião de um lado e onde se esqueceram de uma coisa tão simples chamada contraditório.... - que este anjolas pensa que pode conseguir o mesmo fazendo o que o outro (MRS) fez. Por sinal duas pessoas que se "amam" tanto como o rato e o gato. E certas televisões prestam-se a este servilismo a um tipo que, tendo saído do PSD, obviamente passou a ser adversário político e eleitoral do PSD. Qual a dúvida quanto a isso? (LFM)

AJJ fecha portas ao regresso à política activa

Alberto João Jardim colocou um ponto final na especulação de que ele poderia ser, eventualmente, um candidato ao Parlamento Europeu. Acho que fez bem. Aliás, lembro-me de tudo o que aconteceu com as directas social-democratas de 2014, de tudo o que foi dito nessa altura, dos ataques feitos a AJJ, da apologia da mudança e da renovação, da recusa repetida dos procedimentos mais radicalizados que marcaram a política regional durante o jardinismo, nomeadamente as relações entre o PSD e a oposição, etc. Ora depois de tudo isso fazia sentido que AJJ regressasse? Duvido que alguma vez o fizesse, salvo se tivesse memória curta. O que declaradamente não é o caso. Continuando, na minha opinião, a ter alguma influência junto de vários sectores do eleitorado regional - e mesmo nas bases do PSD-Madeira - o que se deseja e precisa é que AJJ não permita que em seu nome sejam montadas e fomentadas estratégias divisionistas que desgastam e acabam por estar, em meu entender, na origem do desfalque eleitoral que o PSD-Madeira vem sofrendo desde 2015 para cá, a que se juntam valores recordes da abstenção que têm apenas uma explicação (política) e que nem as lucubrações mais recentes justificam coisa nenhuma (leia aqui o artigo que o ex-Presidente do Governo Regional escreveu esta semana no Jornal da Madeira)

Venezuela: Políticas económicas de Maduro não travam o aumento galopante da inflação

As políticas económicas introduzidas pelo regime de Nicolás Maduro não estão a travar o aumento galopante da inflação, na Venezuela. O FMI estima que possa chegar a um milhão por cento ainda este ano. O preço dos bens essenciais continua a subir e para muitos venezuelanos a única opção é deixar o país.

Pescador americano captura um Blue Marlin com 365 quilos na Madeira

É um novo recorde mundial. Foi capturado nos mares da Madeira um espadarte azul com 366 quilos.

segunda-feira, agosto 27, 2018

Venezuela 5.800 lusodescendentes pedem nacionalidade

Em pouco mais de um ano, a nacionalidade portuguesa foi atribuída a 5.800 lusodescendentes na Venezuela. O número é conhecido numa altura em que a o país sul-americano enfrenta uma crise social e financeira.

Curiosidades (comparativas) turísticas entre regiões insulares europeias

Tirando - neste exemplo insular que seleccionei - as Baleares e a Sicilia, onde se verifica uma certa estabilização dos valores de turistas entrados, apesar das subidas registadas entre 2010 e 2017 ou 2018, é sobretudo na Madeira, Açores e Canárias que se verificam as maiores subidas no período comparativo adoptado nesta recolha de dados que fiz, apesar dos valores nestas três regiões não se compararem aos totais anuais registados nas Baleares e na Sicília.
É fácil perceber a evolução entre 2010 e 2017, já que em 2018 estão apenas os valores reportados a Maio ou Junho:
a) No caso da Madeira o total de turistas entrados entre 2010 e 2017 aumentou quase 600 mil pessoas (mais 41,5%), mas o turismo nacional registou uma redução de quase 9 mil turistas (menos 3,2%);
b) Quanto aos Açores, o total de turistas entrados aumentou quase 390 mil pessoas (mais 50,3%) e o turismo nacional registou um aumento de cerca de 139 mil pessoas (mais 36,9%);
c) Quanto às Canárias, o total de turistas entrados aumentou em mais cerca de 5,8 milhões de pessoas (mais 40,4%);
d) Relativamente às Baleares, os turistas entrados aumentaram pouco mais de 2 milhões de pessoas entre 2010 e 2017 (mais 12,6%) mas o turismo nacional registou nestas ilhas uma quebra da ordem dos 2,2 milhões de entradas (menos 89,9%);
e) Finalmente quanto à ilha italiana da Sicília, os turistas entrados entre 2010 e 2017 aumentaram mais 1,2 milhões de pessoas (mais 8,2%).
Aos mais interessados neste tema, recomendo uma leitura ao peso do turismo nacional (a azul) em cada uma das regiões seleccionadas (LFM)

Sabia que…De onde vêm os turistas que mais visitam Portugal?


Portugal tem conquistado vários adeptos de outros países, visitas agora constantes. Já é difícil andar pelas ruas de Lisboa e não ouvir outras línguas e sotaques. Consegue apontar quem vem com mais frequência? E se, a maior parte dos turistas tenta comunicar em inglês, aqueles que têm o idioma como língua-mãe são os que param em Portugal com mais frequência, uma tendência que se mantém há vários anos. Os visitantes do Reino Unido encheram os estabelecimentos turísticos no ano passado, e continuam a fazê-lo este ano. Em 2017, Portugal recebeu 2,1 milhões de hóspedes do Reino Unido, que foram responsáveis por 20,9% do total das dormidas de não residentes, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas, entre outras agravantes, as temperaturas mais baixas deste verão terão sido menos atrativas para os britânicos, que viram os seus termómetros subir. De acordo com o INE, o mercado britânico recuou 9,8% em junho, face ao mesmo mês do ano anterior. Já no primeiro semestre do ano, apresentou uma diminuição homóloga de 8%, revela o INE.

Madeira e o turismo: ou rema tudo para o mesmo lado ou vamos ter dificuldades

Quando vejo os números do turismo que no caso de Portugal indiciam uma queda de turistas ingleses, fico preocupado. Acabei de fazer uma recolha de indicadores turísticos de várias regiões insulares, quer em termos gerais, quer em termos do peso real do chamado turismo nacional e entre estrangeiros, das principais nacionalidades geradoras de turismo que oportunamente publicarei só para comparação e por curiosidade.

Como a economia portuguesa está a baixar a dívida em 10 gráficos




O endividamento da economia portuguesa baixou para mínimo de oito anos. Se no Estado a descida fosse ao mesmo ritmo do registado no privado, o mínimo seria bem mais distante. Prosseguiu no primeiro semestre o processo de redução do endividamento da economia portuguesa, que está a ser transversal a todos os sectores: Estado, empresas e famílias. Mas o ritmo de endividamento é bem diferente quando se compara público e privado. Nas empresas e nas famílias, o nível do endividamento em termos de peso no PIB (que é o indicador mais relevante para medir o endividamento) está no nível mais baixo desde 2007. Já o endividamento do sector público tem descido nos últimos trimestres, mas sem se afastar dos máximos históricos recentes.   Os 10 gráficos em cima mostram como está a evoluir de forma distinta o endividamento da economia portuguesa nos três sectores (um trabalho do jornalista do Negócios, Nuno Carregueiro, com a devida vénia)

Venezuela e Paulo Portas: Aquilo a que estamos a assistir na Venezuela é um autêntico êxodo

No espaço "Global", que assina aos domingos, no Jornal das 8 da TVI, Paulo Portas comentou a situação na Venezuela e alertou que o país pode estar à beira de um conflito civil.

Sondagem: Maioria culpa o PS se Orçamento do Estado de 2019 falhar

A maioria dos inquiridos na sondagem CM/Aximage acredita que se as negociações para a aprovação do Orçamento do Estado de 2019 falharem a culpa será dos socialistas. Só 13,4% divide responsabilidades pelos três partidos da geringonça: PS, PCP e BE. Numa altura em que o Governo e os parceiros à esquerda regressam à negociação para definir as medidas a aprovar para o próximo ano – e em que PCP e BE impõem ao PS alterações que, em muitos casos, agravam a despesa –, 35,8% dos que responderam à sondagem que a Aximage realiza para o CM e para o ‘Negócios’ acreditam que se o Orçamento para 2019 for chumbado a culpa é exclusivamente do partido de António Costa.

Venezuela: Maduro vende lingotes de ouro à população para promover poupança das famílias

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou um novo plano de poupança para as famílias. Num período de grave crise económica, Maduro propõe que a população compre ouro, de produção nacional. "Estou preparado, tenho vários milhares de peças de ouro para que o povo poupe em ouro", afirmou o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante o congresso anual do Partido Socialista Unido da Venezuela, revela o El País. Este "plano de poupança" foi chamado de "lingotico" e será certificado pelo banco central, revela a mesma publicação. Há duas opções: uma de 1,5 gramas, cujo preço é de 3.780 bolívares (54 euros) "para o plano de poupança de todos os trabalhadores", e uma de 2,5 gramas por 6.300 bolívares (90 euros). "Este é o ouro de Guayana (uma região do país), o ouro do povo para o plano de poupança nacional", adiantou Maduro.

Venezuela: Peru já exige passaporte aos venezuelanos


Medida do governo peruano tomada para fazer face à massiva imigração da Venezuela que chega diariamente ao seu território. O Peru é o segundo país a albergar mais imigrantes venezuelanos, com cerca de 400.000 residentes, tendo a maioria chegado no último ano. As autoridades alfandegárias do Peru começaram este sábado a exigir o passaporte a todos os imigrantes venezuelanos que chegam à fronteira a partir do Equador. O requisito é uma medida empreendida pelo governo peruano face à massiva imigração que chega diariamente da Venezuela, a uma média de 3.000 entradas diárias pelo posto fronteiriço de Tumbes, na fronteira com o Equador. Àquele ponto chegaram poucos minutos antes da meia-noite cerca de 10 autocarros com centenas de venezuelanos, aos quais o governo do Equador havia disponibilizado um corredor desde a fronteira com a Colômbia. Os imigrantes receberam um boletim por ordem de chegada, que tranquilizou os que não dispunham de passaporte, já que lhes garantia a entrada no Peru, inclusive depois da meia-noite, enquanto se mantinha uma longa fila de espera. Os que não têm passaporte só poderão entrar no Peru em casos de caráter humanitário, como crianças acompanhadas pelos pais, mulheres grávidas e idosos. Alguns que não cumpriam estas condições estavam a procurar forma de conseguirem aceder ao país, depois de terem viajado, pelo menos, cinco dias desde a Venezuela com as malas às costas. Para a maioria, aquela é a última fronteira que cruzam na travessia pela América do Sul, enquanto um grupo menor continuará pelo sul, rumo ao Chile e à Argentina. Para os que decidem ficar no Peru, o passo seguinte é conseguir autorização temporária de permanência, que lhes permite residir no território peruano. Já foram dispensados cerca de 71.000 documentos destes e outros 100.000 estão em curso. O Peru é o segundo país a albergar mais imigrantes venezuelanos, com cerca de 400.000 residentes, tendo a maioria chegado no último ano. Cerca de 80% entrou com passaporte, enquanto 20% o fez com o cartão de identidade, segundo os dados das Migrações (texto de JoãoMiguel Salvador, Expresso)

Madeira: campanha publicitária


Aeroporto: o que penaliza e dá uma péssima imagem é esta incapacidade de resposta depois das adversidades


Venezuelanos expulsos da cidade brasileira de Pacaraima

Os moradores da cidade brasileira de Pacaraima expulsaram milhares de imigrantes venezuelanos e forçaram-nos a cruzar a fronteira de volta para Venezuela.

Venezuelanos obrigados a comer carne podre


Na cidade de Maracaibo, onde residem 1,5 milhões de pessoas e que foi, em tempos, o lugar de onde se exportava metade da produção petrolífera da Venezuela, a decadência vê-se por todo o lado. Um sintoma são as falhas de eletricidade, com efeitos a muitos níveis. Por exemplo, na conservação da carne, que muitas vezes acaba por apodrecer e ser comprada assim mesmo - por não haver outro remédio, se as pessoas querem comer. A Associated Press foi ao mercado central de Maracaibo e constatou que os clientes de facto compram carne meio apodrecida, fazendo o que podem para tornar tolerável o seu consumo. "Cheira um pouco mal, mas limpa-se com um pouco de vinagre e limão", explica um homem que compra carne para alimentar os seus três filhos, de 6, 9 e 10 anos. O homem, de 55 anos, é guarda num parque de estacionamento. Conta que a sua mulher emigrou porque já não aguentava as privações, deixando-o sozinho a tomar conta das crianças. Ao princípio pensou que a carne lhes podia fazer muito mal. "Eu tinha medo que eles ficassem doentes, porque são pequenos. Mas só o mais pequenino teve diarreia e vomitou", diz. Embora o governo responsabilize os EUA e outros países pela situação desesperada no país, um talhante não tem dúvidas sobre quem tem a culpa daquilo que os clientes são forçados a aguentar. "Claro que comem a carne, graças a Maduro. A comida dos pobres é comida podre". Além do caos económico, as coisas pioraram quando a 10 de agosto um fogo destruiu o principal cabo elétrico. Se os cortes de fornecimento já duravam há quatro meses, a partir daí agravaram-se ainda mais. No mercado de Maracaibo, a AP encontrou pelo menos quatro talhos a vender carne estragada.

Opinião: Um Brasil que não acolhe refugiados

Uma multidão no extremo norte do Brasil expulsou refugiados venezuelanos com paus, pedras e fogo. Mas o problema vai muito além desse ataque. É do governo estadual e do governo federal. Um Brasil que tem no seu DNA a imigração e se mostra incapaz de lidar com o fluxo de refugiados.
1. Roraima é o estado mais a norte do Brasil. Tanto que a sua sinuosa parte de cima está entalada entre Venezuela, à esquerda, e Guiana, à direita. Terras que os indígenas sempre viveram como uma, até que os militares vieram demarcar a fronteira. Um Brasil muito remoto para a esmagadora maioria dos brasileiros, a milhares de quilómetros, e muitas horas de vários transportes, das metrópoles.
Pacaraima fica nessa sinuosa parte de cima de Roraima, do lado que faz fronteira com a Venezuela. Ganhou povoação nordestina na febre do garimpo. A migração está no seu DNA. Mas foi pela violência contra gente de fora que fez manchetes no passado fim de semana. Nesse lugar —  cujo nome a maioria dos brasileiros nem conheceria antes do colapso na Venezuela —, habitantes locais expulsaram, com paus, pedras e fogo mais de mil refugiados venezuelanos. O ataque foi organizado pelas redes sociais. Primeiro, a turba bloqueou a estrada de acesso a Pacaraima durante cinco horas, e depois incendiou acampamentos, barracos, pertences, até os refugiados fugirem num êxodo, uma coluna de retirantes, incluindo crianças, grávidas e recém-nascidos.

Venezuela: três redes de supermercados de portugueses acusadas de especulação


Na Venezuela, três redes de supermercados de portugueses estão a ser acusadas de especulação na fixação de preços. As autoridades alegam que os estabelecimentos não cumpriram as regras de reconversão monetária

Conheça as ‘taxas e taxinhas’ turísticas em 15 países europeus


Áustria
Na Áustria, os turistas têm de pagar uma taxa de acomodação noturna, que é cobrada de acordo com a localidade em que estiverem hospedados. A taxa varia entre os 0,15 euros até 3.02% do custo de estadia num hotel, por pessoa, em Viena. As crianças com menos de 15 anos estão isentas.
Bélgica
Na Bélgica, as taxas de turismo variam de acordo com a cidade. Na Antuérpia, existe uma taxa fixa de 2,39 euros por noite, na estadia em hotéis, e de 0,53 euros nos parques de campismo. Crianças com menos de 12 anos estão isentas. Se estiver hospedado em Bruges, a taxa situa-se nos dois euros por pessoa, aplicando-se em hotéis, alojamento local e pousadas. Gante tem um imposto municipal de 2,50 euros, sendo que alguns hotéis incluem o imposto no preço praticado por noite e outros cobram-no à parte.
3. Bulgária
A Bulgária cobra um imposto municipal aos visitantes, que varia de acordo com a área e classificação dos alojamentos. A taxa cobrada por pessoa, por noite, varia entre os 0,50 euros e os 1,53 euros.

Venezuela: Brasileiros armados atacaram migrantes venezuelanos


Venezuela: Equador abriu um corredor humanitário para os venezuelanos

O Equador abriu um corredor humanitário para os imigrantes venezuelanos. Uma decisão tomada após um apelo da ONU

Há mais 13.500 portugueses a receber o rendimento mínimo


Venezuelanos barrados no Equador


Venezuela: historias conmovedoras de venezolanos en Guayaquil


Venezuela: Joven periodista vende edredones en Quito


Venezuela: Así es la crisis de la llegada de venezolanos a Ecuador


Venezuela: las difíciles rutas del éxodo venezolano


Profissão Repórter: Venezuela


Venezuela: Refugiadas trabalham como prostitutas no Brasil para sustentar famílias


Venezuela - Efectos de la Reconversión Monetaria se siguen viendo en Caracas


domingo, agosto 26, 2018

Venezuela: Miles de venezolanos cruzan Colombia a pie


Venezuela: O êxodo dos venezuelanos na Colômbia


Venezuela: Sem lugar para ficar, refugiados passam fome e frio na fronteira brasileira


Vvenezuela: Entenda por que a crise fez os venezuelanos perderem seus empregos


Programa de assistência financeira à Grécia chega ao fim

O programa de resgate na Grécia, que levou ao empréstimo de quase 290 milhões de euros, chegou ao fim. Agora segue-se uma apertada vigilância às contas e às opções do governo de Atenas.

Corveta afundada dá origem a ecossistema

Uma corveta afundada no Porto Santo criou um recife. O novo ecossistema tem atraído espécies únicas.

Moeda venezuelana perdeu 24,4 vezes o seu valor em cinco dias

A moeda venezuelana perdeu 24,4 vezes o seu valor nos últimos cinco dias, segundo dados do Banco Central da Venezuela. Em 17 de agosto um euro valia 2,85 bolívares soberanos (Bs.S), mas hoje vale 69,45 Bs.S à taxa oficial de câmbio. A desvalorização da moeda, segundo analistas, faz parte das novas medidas económicas anunciadas pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que preveem a unificação das váriuas taxas de câmbio oficiais do país como parte de um processo para eliminar o sistema de controlo cambial que vigora desde 2003. “O valor tomado como referência no passado fim-de-semana foi muito parecido ao valor do dólar paralelo (câmbio no mercado negro), que agora já subiu ocasionando uma margem entre os dois”, explicou uma fonte consultada pela Agência Lusa. Como parte das medidas, a Venezuela despenalizou as operações com divisas entre cidadãos, mas mantém as limitações ao acesso a moeda estrangeira.

Ronaldo revela qual foi o melhor golo da carreira

Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista intimista a uma plataforma online, onde falou, entre outras coisas, daquele que considera ter sido o melhor golo da carreira. Foi ao serviço do Real Madrid num jogo frente precisamente à Juventus.

Venezuela: Brasil anuncia transferência de venezuelanos de Roraima para outras cidades

Depois dos graves incidentes no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela, o Governo brasileiro anunciou que vai transferir migrantes para outras cidades. A governadora da cidade fronteiriça já pediu o encerramento da fronteira por sobrecarga dos serviços públicos e das tensões com a população local.

Futebol: Ronaldo, Modric e Salah no top 3 da UEFA

Cristiano Ronaldo é um dos três finalistas ao prémio de melhor jogador da UEFA, ao lado do croata Luka Modric e do egípcio Mohamed Salah. Leonel Messi ficou em quinto lugar na lista e está fora da corrida.

Venezuela: América Latina enfrenta crise migratória venezuelana

Dispostos a correr todo o tipo de riscos, centenas de venezuelanos tentam entrar no Equador ilegalmente. Muitos pagam a camionistas para que os introduzam no país escondidos no meio das mercadorias, nos camiões.

"Mondego" chega aos mares da Madeira

Já chegou à Madeira o navio "Mondego", naquela que será a primeira missão nos mares da região. Está preparado para ações de busca e salvamento mas também de proteção ambiental.

Venezuela: Falta de alimentos e medicamentos leva 2,3 milhões de pessoas a deixar o país


A falta de alimentos e de medicamentos forçou 2,3 milhões de venezuelanos a abandonarem o país, segundo a ONU, que alertou para a situação de risco de dezenas de milhares de cidadãos da Venezuela. “As pessoas indicam a falta de comida como a principal razão para partir”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric. Em declarações aos jornalistas, Dujarric alertou que aproximadamente 1,3 milhões de venezuelanos padecem de desnutrição e que os que abandonaram o país o fizeram principalmente para a Colômbia, o Equador, o Peru e o Brasil. Por outro lado, explicou que a grave escassez de medicamentos e materiais médicos tem provocado “uma forte deterioração da qualidade dos hospitais” na Venezuela, país onde mais de 100.000 pacientes com HIV/Sida, “estão em risco”, devido à falta de acesso aos remédios de que necessitam. Segundo Stephane Dujarric, reapareceram e estão a aumentar, na Venezuela, doenças como o sarampo, a malária, a tuberculose e a difteria, que já estavam erradicadas do país. Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da população sobre a escassez de produtos básicos alimentares e medicamentos, no mercado local. Os venezuelanos queixam-se ainda de alguns produtos são distribuídos a preços excessivamente altos, o que dificulta a aquisição de alimentos e medicamentos por parte do povo. Uma caixa com medicamentos para 15 dias de tratamento da diabetes e reduzir o açúcar ou até mesmo para a hipertensão custa mais do que um salário mínimo mensal (Lusa)

Venezuela: Mais de mil venezuelanos abandonam Brasil depois de violência


Pelo menos 1.200 venezuelanos abandonaram o Brasil nas últimas horas, depois dos casos de violência registados no sábado contra acampamentos onde se encontravam, na cidade Pacaraima, na fronteira, segundo fontes do exército brasileiro. Habitantes de Pacaraima, no estado brasileiro de Roraima, no norte, protestaram contra a presença de imigrantes venezuelanos na cidade, expulsaram-nos das tendas de campismo onde dormiam e queimaram os seus objetos pessoais. No último ano, Pacaraima, com uma população de cerca de 12.000 pessoas, tornou-se na principal porta de entrada no Brasil para os venezuelanos que fogem da crise política, económica e social que afeta o seu país. Outros países vizinhos, como o Equador e a Colômbia, também têm enfrentado problemas devido ao elevado número de venezuelanos que chega, tendo até adotado medidas de controlo de chegadas, como a exigência de passaporte e não só de bilhete de identidade nacional.
No Equador, o ministro do Interior, Mauro Toscanini, afirmou hoje que, pelo menos, um milhão de venezuelanos atravessaram a fronteira, mas permanecem naquele país cerca de 250 mil.

Jardim dá a mão a Albuquerque


A aparição pública do antigo líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, na festa de Chão da Lagoa ao lado de Rui Rio e de Miguel Albuquerque, o atual presidente do Governo Regional madeirense, não foi inocente. As eleições regionais da Madeira, que se realizam no próximo ano  obrigaram o ex-líder regional - e o atual-  a enterrarem o machado de guerra. Na Madeira, o resultado eleitoral do PSD é uma incógnita e há quem receie um mau resultado do partido. Ou seja, o PSD pode falhar, não só,  uma maioria absoluta, como até perder para o candidato apoiado pelo PS, Paulo Cafôfo. Segundo fontes partidárias sociais-democratas, Jardim regressou ao Chão da Lagoa para dar a imagem da unidade interna madeirense.
«Eu só quero ver Miguel a presidente», gritou Jardim na assistência da festa que conhece como ninguém. Rui Rio, presidente social-democrata, também lá esteve, no passado dia 29 de Julho, apesar de ter definido regras muito claras e restritivas sobre o conceito de rentrée política do partido.«Já imaginaram se em vez de um houvesse quatro ou cinco Alberto João por esse país fora?», declarou Rui Rio na festa em que o protagonista acabou por ser o antigo líder do PSD/Madeira.

terça-feira, agosto 21, 2018

Porto Santo: episódios tontos numa praia cada vez mais privada e tomada de assalto





A história é simples de ser contada e mostra bem o patético que se passa hoje na Praia do Porto Santo esquartejada por concessões que na realidade se limitam a tirar aos veraneantes a tranquilidade em praias que sempre usaram e nas quais nunca pediram concessionários de merda de coisa nenhuma. 
Algumas famílias frequentadoras da chamada praia do Luamar depois de chegadas ao local instalaram-se normalmente no areal numa zona frente a uma ampla zona concessionada ao hotel Vila Baleira - suspeito que ocupa de certeza uma área superior à devida. Aliás o Vila Baleira tem a particularidade estranha de ter instalado em plena praia - e estou-me nas tintas se a titulo precário ou não - uma ampla estrutura física de apoio aos seus clientes, algo que ninguém mais tem na praia. Estranho, mesmo muito estranho este facilitismo.
Os referidos madeirenses foram confrontados, primeiro por alguém do Hotel Vila Baleira informando que não podia abrir os guarda-sóis no local porque apenas podiam fazê-lo se eles fossem da cor azul. Perante uma reacção compreensivelmente negativa das pessoas - e tenho pena que os madeirenses não se indignem com isto e estes novos donos da praia. Ameaçados por um policia daquela política marítima que não se sabe o que anda a fazer de útil no Porto Santo, salvo custar milhares aos contribuintes, os visados acabaram por fechar os respectivos tapa-sóis. Mas logo depois de algumas situações absurdas, o referido militar desapareceu do local porque ninguém estava a incomodar os clientes do Vila Baleira. Com algum humor interpelamos o agente a perguntar se os clientes do hotel podiam colocar cadeiras de sol e os apetrechos pessoais de praia fora do espaço delimitado pela zona de concessão do hotel. De referir que foram entregues aos visados cópias de uma portaria que pretendia dar cobertura às idiotices da Capitania neste processo das concessões.
Este episódio caricato e absurdo revela bem a podridão em que as coisas estão nesta praia do Porto  Santo, num processo que, contrariamente ao que tenho dito, não é imputável apenas à autoridade marítima, na medida em que parece haver um estranho conluio envolvendo outras entidades que deveriam ter mais cuidado na defesa atempada de assuntos que estão a causar uma profunda irritação às pessoas, agastadas com o que se passa (nas fotos vemos o documento entregue, pormenores da abordagem aos "invasores" locais da praia do Vila Baleira e que pelos vistos ameaçavam a tranquilidade dos hospedes do hotel bem espertalhão, e pormenor das duas famílias com os respectivos guarda-sóis fechados porque não eram...azuis) (LFM)

domingo, agosto 19, 2018

Subsídio de mobilidade: como seria bom que o Tribunal de Contas nos esclarecesse tudo

Tenho um grande respeito pelo Tribunal de Contas, sempre tive, e continuo a pensar que ainda bem que ele existe porque é um instrumento fundamental na regularização de muitas coisas que se passam nos diferentes patamares de decisão e de gestão na administração pública, umas com intuitos claramente criminosos e ilegais, outras por desconhecimento e, por isso, sem segundas intenções ou propósitos dolosos.
É certo que o Tribunal de Contas tem meios que lhe permitam fazer uma abordagem ao tema da TAP - aliás, e muito recentemente, publicaram os resultados de uma auditoria, muito interessante (Relatório nº 10/2018, da 2ª Secção, intitulado "Auditoria à reprivatização e recompra da TAP") - particularmente à aplicação do subsídio de mobilidade, aos ganhos da TAP e demais companhias com esse modelo, ao esclarecimento se se trata de financiamento indirecto e camuflado para contornar o impedimento imposto por Bruxelas, e existe ou não um acordo empresarial alargado de fixação dos preços das viagens, qual o aumento das viagens desde a vigência do subsídio de mobilidade, etc. No fundo esclarecendo as dúvidas legítimas que têm sido colocadas ao longo deste processo estranho de vigência do SM.
Seria importante, diria mesmo decisivo, pela credibilidade que o TdeC daria ao trabalho, que esta entidade, até porque falamos de uma empresa alegadamente pública, realizasse uma nova auditoria centrada nos seguintes itens:
  • como funciona o modelo de gestão privada de uma empresa mista com capitais maioritariamente públicos?;
  • qual a participação do Governo enquanto detentor de 50,1% do capital social da TAP, no processo de gestão da empresa?
  • qual foi a evolução média, se possível nas 4 épocas distintas do ano (Verão, Carnaval,  Páscoa e Fim de Ano/Ano Novo), dos preços das viagens Funchal-Lisboa e Lisboa-Funchal, se possível diferenciando os passageiros residentes dos demais passageiros não residentes (e aplicar o mesmo princípio ao caso dos Açores)?
  • qual o valor pago pelo Estado à TAP - se possível às outras companhias privadas concorrentes caso estas informassem, como deviam porque tratando-se de verbas públicas a isso deviam estar obrigadas - ao abrigo do subsídio de mobilidade, desde a sua institucionalização?
  • quais os lucros com o subsídio de mobilidade - lucros porque são verbas que resultam do aumento absurdo e astronómico dos preços das viagens em determinadas épocas do ano, depois de vigorar o subsídio de mobilidade - e se eles são ou não uma forma encapotada de financiamento indirecto da TAP, alegadamente uma empresa pública, por parte do próprio Estado, com a cumplicidade do Governo e do regulador, a ANAC, quando é sabido que os estados europeus estão impedidos de apoiar as suas companhias aéreas de bandeira (o mesmo se aplica à SATA no caso do Governo Regional dos Açores).

Gostaria que o TdC dissipasse todas estas dúvidas porque muito sinceramente esta é a única entendida em quem confio, no que a este processo em concreto diz respeito (LFM)

Porto Santo: há que libertar a cidade recriando um novo pólo

Não se trata de indicar opções porque acho que as pessoas do Porto Santo sabem o que melhor serve a sua terra e a sua ilha. O que procuramos fazer, quando damos uma opinião, é apenas partilhar ideias que eventualmente podem ou não servir para que as coisas melhorem.
Por exemplo, eu acho que é urgente o Porto Santo retomar aquele espaço do Zarco Shopping, no campo de Baixo - se não for possível o ano todo pelo menos nos 3 ou 4 meses de Verão com maior movimento - para libertar a cidade da pressão diária do tráfego automóvel e de pessoas que para comprarem um bife ou verduras são obrigadas a se deslocar ao Pingo Doce, complicando o trânsito no local, situação que não tem nada a ver com  a falta de espaço para estacionamento nos picos de maior procura.
De facto há espaços do dia em que o trânsito na cidade fica caótico também porque há quem abusivamente em vez de se passar nas passagens de peões, resolvem passear nas passagens de peões com  telemóveis na mão e outras idiotices bem reveladoras do carácter de cada um.
A zona oeste da cidade, Campo de Baixo e zona hoteleira, deve ser a que diariamente, em termos turísticos, regita maior concentração de pessoas que não têm qualquer serviço de apoio que impeça a obrigação de virem ao centro da cidade. Por exemplo o Zarco Shopping viu fechar uma sucessão de vários negócios o que faz com que aquele espaço tenha apenas 5 empresas abertas (uma loja chinesa, um pequeno mas útil supermercado, um espaço de venda de jornais, revistas e registo de lotarias e jogos, uma pequena loja de roupa e um espaço de venda de material para construção e para habitações).
Julgo que não é exagerado afirmar - mas admito que esteja errado - que desde a Casa das Águas do Porto Santo até ao  Luamar não existe uma única caixa multibanco ao dispor das pessoas! Nem existe uma única agência bancária - a única que havia no Zarco Shopping fechou. Duvido que não seja mais do que evidente que alguma coisa tem que ser feita para que as pessoas, turistas e locais, nºao sejam obrgdos a ir para o centro da cidade resolver necessidades que poderiam bem ser resolvidas se a zona do Zarco Shoppiong fosse repensada e que fossem inclusivamente previstos programas de incentivos para empresas que apostassem naquela área e  ali concentrassem os seus serviços essenciais.
Desculpem e sem ofensa, o Porto Santo precisa de movimentar-se, e muito, para justificar, desde logo, que a Vila Baleira seja uma cidade estatuto ganho num tempo em que a febre pelas cidades ia toldando perigosamente determinados processos de decisão que passaram a funcionar apenas por motivações com fins eleitorais. Pensem nisso por favor, sem fundamentalismos e sem politiquices tontas.
Eu não tenho dúvidas que é preciso libertar a cidade recriando um novo pólo de disponibilização de serviços e que seja uma alternativa a uma irritante deslocação à cidade nos meses de Verão e nas horas de maior movimento. Se me provarem que é uma asneira o que eu acabo de escrever, rendo-me à evidência, perante factos concretos, nunca por causa apenas de opiniões que se limitam a contestar a minha, somente no  plano da teoria. Já gora, metem uma caixa multibanco no Zarco Shopping, façam esse favor às pessoas que por lá ficam. (LFM, foto DN-Madeira)

Estatísticas: há sempre explicação para tudo, nada é ao acaso

fonte: Expresso

Sporting: os eternos problemas de um clube ainda refém de estatutos sociais

O problema do Sporting é que era um clube refém de uma sucessão quase dinástica de uma espécie de "aristocratas" que gostavam de bola. Ganhava quando dava, perdia quando tinha que perder, mantinha uma postura de se recolocar à margem de polémicas enquanto os rivais iam ganhando e manipulando com jogadas às claras ou nos bastidores. Só que tudo isto mudou com os anos, sobretudo depois do 25 de Abril, e o Sporting da "aristocracia" passou a abrir-se mais à sociedade, promovendo  a "plebe" a lugares que antes estavam vedados. Com os anos essa plebe promovida passou a ter uma ascendência no clube, a tomar conta do processo de decisão, a conquistar pela via eleitoral os lugares de maior destaque e de acrescida notoriedade. O Sporting hoje é isso mesmo, fruto desse conflito, não geracional, mas antes social, protagonizado por uma espécie de casta de iluminados que se julgavam (e ser julgam, alguns resquícios) donos do clube e que por isso reagem desesperados quando percebem que estão a perder espaço e vencimentos e pelas massas anónimas de associados em número crescente. Nesta massificação de um clube que era tido como dos "viscondes" e dos "croquetes" aparecem estes Brunos de Carvalho e muitos outros aparecerão.
O Sporting vai continuar igual a si próprio, refém de uma corja de escroques ambiciosos que usam o mediatismo que o futebol lhes propicia - todos eles levando a reboque meios de comunicação social submissos, sem qualidade, que vivem da especulação e da manipulação, e que à falta de um jornalismo eticamente sério perdem tempo com estes merdas que conspurcam o futebol, ignorando que tudo tem a ver com o facto desses oportunistas e bandidos ganharem milhares por cima da mesa mais alegadamente outros milhares que recebem  em golpadas e negociatas obscuras por baixo da mesa.
É por isso que os novos "donos" do Sporting podem ter metido água e se apoderado do poder - quiçá o único propósito desses "croquetes" e "viscondes" de segunda e terceira categoria que na sua ânsia de protagonistas de uma história cuja verdade continua por contar, acabam por cometer ilegalidades processuais que alimentam a reacção furiosa e agreste de derrotados e de bandidos oportunistas que usam o futebol e o Sporting para encherem a pança - fala-se em milhões em vencimentos, prémios e comissões que ficaram a voar com processo de destituição. Aliás, acho estranho que os novos donos do Sporting não tenham até o momento colocado em causa nada que se relacione com a gestão do Presidente destituído e nem a patetice da auditoria em curso justifica o silêncio que funciona a favor dos derrotados. Enquanto o Sporting não se libertar desta gente, de uns e outros, vai continuar a ser um clube de derrotados, de enganados, de gente menor e sem classe e categoria para estarem onde estão.
O Sporting é diferente? Do quê? De quem? A única diferença é que leva séculos a ganhar um campeonato nacional e ciclicamente anda a roçar a ameaça de falência financeira. Só se for por isso. Se ganhassem títulos e beijasse a ameaça de falência financeira até era porreiro. Agora, ter uma mão vazia e outra cheia de coisa nenhuma é deprimente. Mas este é o meu clube de coração. (LFM)

Porto Santo: desafios decisivos

Nestes escassos dias de passagem pelo Porto Santo tenho ouvido, quase lado a lado, queixas por causa do serviço propiciado pela Binter, que pode ser resolvido desde que haja seriedade neste processo, e por causa da crise que alegadamente estará a matar aos poucos os restaurantes da Ilha Dourada.
Já que, quanto ao pequeno comércio, a crise e a realidade local apenas tem poupado, ao longo os últimos anos os investidores que arriscaram e apostaram na qualidade e que procuraram manter uma modernidade, quer de conteúdos, quer de apresentação dos espaços por forma a melhor atrair visitantes e potencializar clientes.
Quanto aos restaurantes já falei do que penso e insisto que independentemente de novos modelos de gestão integrada dos hotéis - e ninguém os pode impedir disso - há também da parte da concorrência externa ao espaço dos hotéis da ilha uma escassa, diminuta, diria quase nula, capacidade de resposta, capaz de oferecer alternativas que motivem clientes, pela diferença e pela qualidade e preço. Ou seja, os restaurantes - desconheço se as queixas são gerais ou apenas localizadas a alguns deles - não podem meter a cabeça na areia e julgar que com isso fogem a responsabilidades que facilmente lhes são imputáveis. A ganancia, sempre foi, continua a ser uma opção péssima de investidores que acham que os turistas são poços sem fundo de dinheiro nos bolsos, quando no caso concreto do Porto Santo a realidade é bem diferente, quer porque a esmagadora maioria dos turistas nacionais e estrangeiros que a visitam compraram programas previamente comercializados na origem por operadores, quer porque os residentes na Madeira que continuam a ser, sobretudo em Agosto, a garantia de injecção, e bem, de muitos milhões de euros na economia da Ilha Dourada, estão longa da abastança com que alguns sonham ou sonharam.
Muito sinceramente - e sou um outsider a tudo isto, nem tenho interesses nenhuns no Porto Santo a defender, nem sou porta-voz seja de quem for - eu acho que a Ilha Dourada precisa de um interlocutor único, forte, teimoso, determinado, representativo e que seja capaz de ser ouvido e de fazer que a sua voz seja ouvida. Uma associação empresarial local, de comércio e serviços, deixando a indústria de lado - ninguém acredita que, neste quadro económico portosantense, a indústria turística nas diferentes vertentes seja aliada dos interesses e expectativas do pequeno comércio local - poderia der uma boa solução, presumo eu, desde que empenhada em objectivos concretos, traçando rumos, estabelecendo prioridades, negociando com todas as partes interessadas, recusando o queixume e o envio de recados pelas redes sociais ou pelos meios de comunicação - que ao contrário do que alguns pensam, não servem nem para esconder o sol com a peneira, ou seja, valem zero - que esbarram na realidade.
Outra coisa importante seria a elaboração de um programa de eventos para os meses de Verão, atractivo, agressivo, mobilizador, passíveis de gerar interesse e procura e que garantiria que a ilha teria que se mobilizar toda para lhe dar resposta. Não falo de iniciativas isoladas dispersas ao longo dos meses, sem interesse, longe de mobilizarem as pessoas - acho que o entretenimento e o desporto poderiam ser boas opções - como se a preocupação fosse apenas a de cumprir uma rotina (LFM)

segunda-feira, agosto 13, 2018

Há sondagens e....sondagens?

Achei curioso (e estranho) que depois de publicada esta sondagem do DN-M - admito que incómoda para alguns "procuradores" ou "mandatários" que por aí andam, repetidamente sem terem a integridade de pensarem pela sua cabeça em defesa daquilo que é o essencial... - as reacções não se ouviram. Afinal estes resultados indiciam que os madeirenses, no momento em que tiverem o boletim de voto na mão, provavelmente sabem o que prejudica a Madeira e quem faz mal à sua terra, no fundo tal como o fizeram com outros dirigentes socialistas e com Passos e Portas mais recentemente.  Ou seja, os resultados fizeram da iniciativa foram tais que houve necessidade de se atirar rápida e apressadamente o lixo para debaixo do tapete para que as pessoas se esquecessem depressa do assunto. Ou, ao invés disso, há sondagens e....sondagens, conforme os resultados das mesmas agradem ou não (LFM)

Dívida acumulada pela SATA chega aos 300 milhões de euros

A viabilização da companhia aérea açoriana SATA é o desafio lançado à nova administração que tomou posse esta segunda-feira em Ponta Delgada e que conta com apenas três elementos. A dívida acumulada pelo grupo está próxima dos 300 milhões de euros.

Porto Santo: praia a saque?

O Porto Santo já vive imensos problemas fora do espaço dos hotéis - e neste Verão postos em evidencia - que cada "caso" assume uma dimensão polémica que facilmente se prevê. O JM noticiou isto com destaque na sua primeira página. Não viu reacção nenhuma nem esclarecimento mas admito que possa estar a cometer um erro de omissão, apesar de ter procurado em vários sites. Mas que esta notícia é uma bela merda, a ser verdade, disso não duvido. É que não há no Porto Santo donos da praia (apesar da pouca-vergonha que durante anos aconteceu na Madeira) - e por isso mesmo o povo tem o direito a indignar-se e a fazer valer os seus direitos, disso não duvido. Repito: não há donos de praias localizadas no domínio público marítimo e em caso de abusos as autoridades devem agir em vez de andarem a pastar em turismo na ilha. E se alguns patifes fizeram negociatas porcas como esta notícia indicia, se corremos o risco desta irresponsabilidade daqui por algum tempo obrigar os veraneantes a pagar pelo acesso à praia, neste caso acho que se limitarão a ver o ferry passar ao largo com destino ao Continente ou a Canárias, o que seria lamentável e triste. Mas será que é isso que querem? (LFM)

Será que a brasileira TAP anda a brincar com a gente?

fonte: Expresso

Crise a caminho?

fonte: Expresso

Lisboa é o décimo pior aeroporto em termos de pontualidade

Os aeroportos nacionais não obtiveram boas classificações no ranking de pontualidade da OAG, com o de Lisboa a classificar-se como o décimo pior num universo de 1.194 aeroportos, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). De acordo com a empresa de estatística para a aviação, em julho, apenas 33,3% dos voos partiram ou chegaram à capital a horas, uma falta de pontualidade que se agravou. Em junho, a posição do aeroporto Humberto Delgado era a sexta, agravando-se para a décima no mês passado. Em termos de aeroportos portugueses, o do Porto e o dos Açores também ficaram mal classificados, não conseguindo que 50% dos voos fossem pontuais. No aeroporto Francisco Sá Carneiro apenas 48,2% dos voos chegaram ou partiram a horas, um número que desceu para 45,1% no caso do aeroporto de Ponta Delgada, 44,4% no da Horta e 44,1% na Terceira. A liderar o ranking da OAG estão o aeroporto de Hilo, no Havai, com 97% de pontualidade, seguindo-se o de Nizhnekamsk, na Rússia (96,7%), e o de Sapporo Okadama, no Japão (96,5%). Os piores foram o aeroporto chinês Mianyang (22,4%) e o de Tunis, na Tunísia (23,7%). De acordo com dados da Airports Council Internacional (ACI) Europe, citados pelo Jornal de Negócios, o crescimento do tráfego de passageiros no aeroporto de Lisboa está a abrandar este ano face ao ano passado. Em junho, os passageiros aumentaram 9,6%, um número que aumentou para 12,9% no segundo trimestre.

Como o país não melhorou em dois aspetos fundamentais para os trabalhadores: salários e vínculos

Desde o auge da crise, no primeiro trimestre de 2013, Portugal reduziu o desemprego em mais de 8%. Mas que tipo de empregos criou? Com que vínculos contratuais e com que salários trabalham os portugueses? O mundo da precariedade explicado em dois minutos e 59 segundos (Expresso)

A quem é que Portugal deve dinheiro?

Portugal é um dos países mais endividados do mundo. Em junho, a dívida pública ascendia a 246,7 mil milhões de euros, muito mais do que aquilo que o país consegue produzir num ano. Mas a quem é que devemos este dinheiro? E quando é que vamos ter de pagar a dívida? Em termos absolutos, o Estado e as administrações públicas deviam 246.673 milhões de euros em junho de 2018, segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal. É muito? Outros países como a Grécia, Espanha ou Itália têm uma dívida muito maior que Portugal, por exemplo, mas um melhor critério para avaliar a dimensão da dívida pública é compará-la com a capacidade do país de criar riqueza (Produto Interno Bruto) para pagá-la. E neste capítulo as novidades não são propriamente boas: o rácio da dívida pública portuguesa era de cerca de 126,4% do PIB em março — é o terceiro maior da Zona Euro. O objetivo do Governo é reduzir este nível para 102% em 2022.

Venezuela: caça às bruxas após “atentado” um tanto duvidoso

O Governo venezuelano lançou uma campanha frenética para convencer o mundo de que o que aconteceu há uma semana, durante um desfile militar da Guarda Nacional, foi uma tentativa de assassínio de Nicolás Maduro, e não uma montagem sua. Um “atentado” do qual o líder bolivariano saiu ileso, graças à “eficácia” dos dispositivos de segurança e ao “escudo de amor” que, segundo as declarações do próprio, o povo venezuelano lhe proporciona. As imagens dos drones no momento da explosão e os sete soldados levemente feridos jogam a seu favor, mas a falta de credibilidade do Governo revolucionário e a conjugação de novos elementos suscitaram mais dúvidas que certezas em relação a um incidente violento, cuja versão oficial teria sido aceite incondicionalmente, noutras partes do mundo.

A desilusão BINTER

Confesso que o que se passa com a Binter é uma enorme desilusão. Sinceramente pensei que a Binter não só seria uma mais-valia e resolveria o problema das ligações aéreas entre as duas ilhas, como acabaria complementarmente por propiciar aos madeirenses outras alternativas (novas rotas), no fundo aproveitando a embalagem da experiência adquirida em Canárias. Estes problemas -  apesar de desconfiar que a história de tudo isto está ainda para ser contada - constituíram uma surpresa e até prova em contrário, leia-se a imediata normalização de tudo, a opinião que tinha está profundamente abalada e aquilo que seria uma potencial mais-valia acaba por ser mesmo uma terrível e inesperada menos-valia. Depois do puxão de orelhas do governo da geringonça, hoje divulgado, cabe à Binter esclarecer tudo o que realmente se passa desmentido, por exemplo, se os problemas havidos têm a ver com aparelhos a menos e tripulações insuficientes para manter a operação (LFM, notícia DN-M)

Fartei-me de rir com isto, mas....

Confesso que me fartei de rir quando li esta notícia. Se a moda pega estes embargos vão multiplicar-se e virar moda - quem sabe? - para que estes consultores milionários aumentem ainda mais as suas carteiras, tudo à custa de guerras políticas e pessoais idiotas que prejudicam os funchalenses e os madeirenses em geral. Deixem-se de parvoíces e façam o que vos compete a todos.  A todos. E quanto aos consultores, tal como diz o povo na sua sabedoria bem simplista, "é só mamar". Já agora, será que podemos saber as contas com os custos desta palermice toda? Espero que uma respeitada instituição - o Tribunal de Contas - que deve merecer o apoio de todas as pessoas pela importância do seu trabalho, mesmo que ele regra geral não agrade nada aos políticos e aos decisores, anote na agenda esta notícia, pela curiosidade da mesma, e que em devido tempo, se assim o entender, nos possa ajudar a esclarecer o que realmente se passa com esta trampa em termos de impacto negativo na despesa pública (LFM, notícia do DN-M)