segunda-feira, agosto 27, 2018

Sondagem: Maioria culpa o PS se Orçamento do Estado de 2019 falhar

A maioria dos inquiridos na sondagem CM/Aximage acredita que se as negociações para a aprovação do Orçamento do Estado de 2019 falharem a culpa será dos socialistas. Só 13,4% divide responsabilidades pelos três partidos da geringonça: PS, PCP e BE. Numa altura em que o Governo e os parceiros à esquerda regressam à negociação para definir as medidas a aprovar para o próximo ano – e em que PCP e BE impõem ao PS alterações que, em muitos casos, agravam a despesa –, 35,8% dos que responderam à sondagem que a Aximage realiza para o CM e para o ‘Negócios’ acreditam que se o Orçamento para 2019 for chumbado a culpa é exclusivamente do partido de António Costa.
Outros 25% entendem que a responsabilidade é partilhada entre bloquistas e comunistas e só uma pequena percentagem atira responsabilidades isoladas a cada um dos parceiros à esquerda do PS: 6,7% atira culpas ao PCP de Jerónimo de Sousa e 5,5% responsabiliza o BE de Catarina Martins. Olhando para a sondagem de acordo com a preferência de voto nas legislativas, 50,7% dos que dizem votar PSD são perentórios em responsabilizar os socialistas num eventual falhanço das negociações. O mesmo acontece com 62,7% dos que votam na CDU, com 40,9% dos que votam BE e com 45,1% dos que votam CDS. Entre os que votam PS, 35,9% apontam baterias aos outros dois partidos da geringonça. Por regiões, são os inquiridos que vivem no Litoral Norte (38,5%) e no Sul do País quem mais aponta baterias ao PS. E 47% dos que vivem em meio rural são os primeiros a apontar o dedo ao PS, tal como a grande maioria (40,6%) dos que têm entre 50 e 64 anos. Olhando para a parcela dos que têm mais de 65 anos, o cenário é mais dividido: 32,1% responsabiliza os socialistas, mas 31,7% acredita que PCP e Bloco, em conjunto, serão culpados pelo falhanço. Negociação entre PS, PCP e Bloco é agora retomada A negociação entre PS, PCP e BE é retomada esta semana, após uma paragem motivada pelas férias de verão. Na primeira quinzena deste mês, o primeiro-ministro reuniu-se com os governantes com dossiês centrais na preparação do Orçamento, para levar aos parceiros à esquerda resposta às exigências apresentadas no final de julho. As pensões, as longas carreiras e a energia estarão na mesa da discussão (texto da jornalista do CM, Diana Ramos)

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