segunda-feira, outubro 29, 2018

Os "paridores" de partidos...

Em Portugal parece que voltamos, de novo, a uma espécie de psicose patética de criar partidos por tudo e por nada, particularmente por motivos resultantes de amuos pessoais ou divergências políticas. Os casos mais recentes surgiram no centro-direita, ou mesmo na direita portuguesa, com Santana Lopes a dar o primeiro sinal com o seu abandono do PSD e a criação da (ou do?) Aliança - que apenas vai complicar a vida aos social-democratas, eleitoralmente falando, embora se desconheça em que medida e com que amplitude. Seguiu-se André Ventura um desconhecido comentador desportivo de televisão (Benfica) na CMTV, que ficou conhecido por se ter candidatado à liderança da Câmara de Loures (perdeu para o comunista Bernardino Soares), empurrado pelo Passos e que ficou logo negativamente mercado, já em 2017, por um discurso radicalmente algo xenófobo. Mais recentemente diz ter abandonado o PSD e, a reboque disso, ter saído da edilidade de Loures para a qual tinha sido eleito como vereador sem  pelouros.

Se Santana Lopes diz basear este projecto político pessoal numa alegada mais-valia para o seu nome, para as suas ideias e propostas e para o seu percurso político - dificilmente ele consegue contestar a constatação de que tudo o que conseguir será a custa da  área eleitoral do PSD - já Ventura, que padece do mesmo mal, parece montar-se a reboque do facto de ser um comentador desportivo televisivo conotado com o Benfica e acreditar que isso lhe dará alguma mais-valia eleitoral, apesar de manter o discurso político radicalizado, em termos de propostas relativamente a alguns dos itens sociais mais polémicos e de ter assumido uma contestação a Rui Rio.
O que me espanta, mas do que o ridículo e a patetice fica com quem repete esse discurso a pensar que engana as pessoas, é que ambos os mentores destes projectos partidários escondem os verdadeiros motivos desse aventureirismo pessoal - repito, tudo por causa de divergências pessoais e políticas relativamente ao PSD e a Rui Rio - insistam em dizer que não vão penalizar eleitoralmente o PSD perante o aplauso incentivador da esquerda, nomeadamente do PS, que olha para este fraccionamento à direita como um triunfo (e trunfo) político e eleitoral  conveniente. Absurdo.
E tanto é isso, absurdo, patético e ridículo, que ainda por estes diz o douto Santana Lopes garantiu que a Aliança está está preparada para ir para o governo e que quer ter, pelo menos, 15 deputados. À custa de quem? Patético este indivíduo (LFM)

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