domingo, novembro 04, 2018

Reflexão: só espero que os média saibam separar o trigo do joio e denunciem os manipuladores e suas motivações

A culpa muitas vezes é das pessoas com responsabilidades, e que obedecem a princípios deontológicos que não se podem perder, que acham que determinados indivíduos que por puro oportunismo se encostam, são uma espécie de sumidades da treta. A "renovação" idiota, porque se foi deturpando e distorcendo aceleradamente à medida que a espuma dos dias foi pondo a descoberto a verdade, em nome da qual muita coisa será destruída se não forem tomadas as medidas que neste momentos se exigem - porque quatro anos depois acabou o tempo da palermice e do vedetismo anão - transformar-se-á na tumba de muita coisa e os coveiros desses episódios dificilmente se safarão - como talvez acreditam que o conseguirão - ao julgamento seja ele qual for, doa ele o que doer. Há momentos em que já não ligados aos estragos nem ao rasto de destruição que o ajuste de contas eventualmente provoque. Ele simplesmente tem que ser feito. Ponto!
A "renovação" foi um episódio, um hiato, um ajuste de contas, um momento para a formalização da mudança de uns pelos outros, mantendo-se a disputa pelos lugares e a ânsia de protagonismo e o desfilar de vaidades pessoais absolutamente hilariantes e patéticas. Basta andar em determinados locais da cidade - porque é lá que se sabem as coisas, a realidade, e não sentados em gabinetes ou estirados em sofás sem nada de útil que fazer - para percebermos que terão mudado as moscas mas que tudo o resto, alegadamente podre e ultrapassado, continua na mesma, ou pior, nalguns casos bem pior, porque a lata e o descaramento hoje são algo substancialmente pior e mais descarado do que antes. Deixou de haver um pingo de vergonha para a insinuação, para os estatutos sociais de merda, para as influências da trampa, para tudo isso. Hoje, como ontem, ou há credibilidade e respeitabilidade e competência, de facto, ou nada feito.
Por isso não espanta que assistamos hoje, também e lamentavelmente, a meios de comunicação social - e a crise na comunicação social é cada vez mais dramática e com consequências ainda imprevisíveis, bem piores do que o rasto de destruição que já a penalizou de forma demolidora - que em vez de manterem uma postura de cautela e distanciamento para evitar que sejam manipulados, enganados e usados por oportunistas de pacotilha, que por aí andam em busca de tachos, que apostam em transformar jornais, rádios ou televisões em meros amplificadores da idiotice e do absurdo, como se no tempos que correm e com os meios que são colocados ao dispor das pessoas, fosse possível a qualquer instituição pública se comportar de forma leviana ou recorrer a comportamentos abusivamente perniciosos e eticamente reprováveis. sejam com quem for. Alguém minimamente formado e informado acredita nisso?
Cada história tem, do outro lado, no reverso da medalha, uma outra história, a verdadeira, nem sempre abonatória, melhor dizendo, quase sempre pouco ou nada abonatória para quem é nela protagonista. Por isso no início só se conhece apenas uma versão, a história mal contada e não censurada de um dos lados da contenda (?), regra geral motivado por despeito, vingança ou ajuste de contas pessoal.
Suspeito - porque é sempre assim e todas estas idiotices - que se um dia a história for conhecida, em todos os seus contornos e com todas as suas vicissitudes, que provavelmente alguém ficará muito "mal na fotografia". Demasiado mal que duvido que lhe interesse que essa história seja conhecida integralmente.
Mas quando se fica a conhecer a história completa, a versão de todos os lados da "contenda", então tudo muda e a alegada "vítima" normalmente acaba por se comporta-se os ratos quando a água caminha na sua direcção. Não há mais espaço a versões vesgas, porque as histórias, todas as histórias, têm sempre um início, um meio e um fim.
O problema é que as instituições públicas, falemos delas, em vez, como deviam, de responder na mesma moeda, especulativa e distorcida, defendendo-se, exigindo a imediata clarificação de acusações infundadas, assim se presume, ou de fazerem o público desmontar de narrativas de merda, remetem-se ao silêncio deixando que o tempo esqueça o que não pode nem deve ser esquecido.
E sobretudo quando devem ser equacionados o enumerar de procedimentos adoptados, de como foram adoptados, quando, porquê e para quê e quem. E com que consequências. Nem falo nas questões morais e na autoridade moral pessoal porque não devo confundir as coisas, apesar de elas se interligarem. Se as instituições públicas abandonarem o silêncio passivo e amedrontado, e de consciência tranquila - há que tê-la como é evidente - saltarem a terreiro pugnando pela sua defesa e contra-atacando ao mesmo nível dos outros protagonistas da contenda, com a firme disposição da sua autodefesa, as cosias mudariam imediatamente.
Como é que um patético qualquer que salta de um lado da política para outro, qual saltimbanco oportunista, se julga uma espécie "educador das massas" reclamando para si valores éticos que não transporte nem demonstra possuir? E média, desculpem mas as coisas devem que ser ditas, precisam de ter redobradas cautelas, porque tal como não gostam nem conceda espaço para que se fale publicamente dos seus problemas quando eles ( se eles) os - e existem, - também não podem depender da especulação mediática para que a reboque se uma qualquer notícia mais especulativa, venda mais jornais ou tenham mais audiências - que não vendem nem têm.
A auto-defesa, mas sobretudo a verdade e o contraditório são regras essenciais - penso eu - de uma deontologia profissional que nunca vai deixar de existir e sobreviver estoicamente, mesmo que jornais, rádios e televisões um dia acabem. E é isso que marca a diferença, impedir a todo o custo que os média sejam usados em questiúnculas pessoais ou em oportunismos perfeitamente identificados e mais facilmente desmontáveis. E que não podem deixar, seja de que forma for, um meio de comunicação, qualquer que ele seja, numa posição de fragilidade por não ter respeitado as regras essenciais dos procedimentos. No que em que se perceber que o banditismo ético que caracteriza as redes sociais e a libertinagem do que lá andam, afinal se compara a um jornal, uma rádio ou uma televisão, então estes tornam-se obsoleto e dispensáveis, enquanto que que as redes sociais sobreviverão. Esse dia seria para mim um dos mais tristes! (LFM)

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