quarta-feira, janeiro 16, 2019

Clarificando para evitar distorções (PSD nacional)

Sinto necessidade de clarificar isto para separar águas e não haver confusão entre perspectivas políticas, sempre discutíveis, e pessoas. Eu posso não gostar - e não gosto - do Luís Montenegro (ele foi um dos que levantou um processo contra deputados da Madeira por terem votado de forma diferente um orçamento de estado mas ultimamente fala muito na independência dos deputados....), não enquanto pessoa, mas pelo que ele politicamente é, pensa e representa, pelo período que a ele está associado e pela óbvia penalização que daí pode advir pelas funções exercidas. Vejo-o como ponta-de-lança de mais um ataque ao poder que se está a esboçar no PSD nacional e que passa, uma vez mais, por Relvas (e falar neste artista está tudo dito quanto a manipulação política) e por Passos Coelho. Eu não quero com isto dizer que Rui Rio é o melhor ou que tem feito bem. Nada disso, Sempre entendi que é um deslumbrado sem perfil para o cargo, é um desastre em termos de comunicação política, tem uma enorme dificuldade em mostrar que alternativa representa e quer,  é algo  convencido que julga que gerir o PSD na oposição e sedento de poder é o mesmo que gerir uma empresa ou uma Câmara como a do Porto onde ele era um quase monarca absolutista. O que eu acho é que há que fazer mais e diferente para que o eleitorado, as pessoas em geral, comecem a ver alguma utilidade política numa votação no PSD.Montenegro numa entrevista já criticou os professores - portanto deve ter perdido uns bons milhares de votos se fosse eleito - e criticou a redução das 40 para as 35 horas na função pública tema que estando longe de ser consensual e pacífico, obviamente coloca contra ele todos os que beneficiaram dessa redução. Os tempos da troika, da ditadura política e capitalista, do falso diálogo social, da discussão da treta de tudo o que era imposto aos portugueses, acabaram. Assim se espera. Os tempos da troika foram tempos tenebrosos, de má memória e que assustam as cidadãos, não pelo que foi necessário fazer, mas pelo excesso que foi feito, mais do que seria exigido. Só que eles, os protagonistas mais activos e papagaios desse tempo, não entendem isso (LFM)

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