sexta-feira, janeiro 11, 2019

Geringonça, PCP e Bloco: a hipocrisia do costume e a mentira de estar nas duas margens do rio ao mesmo tempo....

A propósito do debate parlamentar hoje na Assembleia da República há uma situação que me dá vontade de rir, apesar de toda a hipocrisia que ela comporta. Vontade de rir e de chorar, quando me interrogo sobre o que pensam as pessoas, sobre o que elas pensam, sobre o que elas decidem nas urnas, sobre a incapacidade, sim ou não, de perceberem que estamos num ambiente de aldrabice e de mentira, tudo por causa das eleições de 2019. Vejam o que se passa com a Saúde: um governo de merda em Lisboa, que está no poleiro há 4 anos, mas que  continua a imputar responsabilidades ao anterior governo da austeridade - que teve-as e muitas - pelo estado degradante, e de carências constantes, na saúde e mesmo na educação e que não podem ser adjectivadas de outra forma a não ser esta: um caos!
Mas quero referir-me sobretudo ao facto ridículo de vermos, repetidamente, o PCP e o Bloco, parceiros incondicionais, para o bem e para o mal, da geringonça liderada pelo PS, demonstrarem, se dúvidas porventura existissem, que estão numa fase de medo tremendo (e crescente) de que sejam eleitoralmente pulverizados nas urnas e que o PS os "engula" neste ano eleitoral de 2019, reduzindo-os à insignificância. Aliás é esse o receio também  na Madeira...
Jerónimo e Catarina chegam a roçar o patético. Atropelam-se a reclamar apenas os alegados méritos (?) - como se a iniciativa fosse deles, como se fossem só eles a ter o direito de pensar nesses assuntos e nas pessoas - e a paternidade de medidas populistas a favor das pessoas, ignorando o aumento da carga fiscal, a ficção que rodeia a questão do défice das contas públicas à custa de truques orçamentais e financeiros de Centeno, as cativações que estão a degradar os serviços públicos, o clima de instabilidade social que se vê por todo o lado, as trafulhices com  os aumentos dos funcionários públicos que pelos vistos não são aumentos coisa nenhuma, as aldrabices aos professores, as mentiras sobre as carreiras e os salários dos funcionários públicos, a vergonha dos escalões do IRS - herança do anterior governo da austeridade e que a geringonça pouco ou nada alterou - que penalizam as pessoas, o ridículo processo em torno do aumento dos preços dos combustíveis, etc.
Ou seja, PP e Bloco são os autores, segundo eles, de todas as medidas que beneficiam as pessoa,s o que me leva a perguntar: e afinal o PS, parceiro deles na geringonça da treta, e em queda nas sondagens, não tem vontade própria, não pensa em nada, não decide nada, não tem o direito a reclamar também méritos nas medidas populistas anunciadas?
Isto promete. E razão tenho quando garanti a todos que não era preciso ir ao circo no Natal. Temos circo, palhaçadas e palhaços à solta todos os dias, pelo menos, e garantidamente, até Outubro deste ano, com risadas permanentes, porque o ridículo dos palhaços na arena do circo não se compara ao ridículo de outros palhaços e palhaçadas que abertamente aceitam ser mais patéticos e ridículos que esses palhaços mais simpáticos que lutam pela vida no nos circos a sério, não no circo da política (LFM)

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