terça-feira, janeiro 08, 2019

TAP tem maior fatia de voos atrasados no mundo


Quase metade dos voos da TAP, operados ao longo de 2018, aterraram com atraso. Estes dados tornam a TAP a companhia que mais se atrasou no ano passado. A companhia aérea nacional, a TAP, reuniu, em 2018, a maior percentagem de voos atrasados a nível mundial, revelam os dados cedidos pela OAG, consultora especializada no setor da aviação, à Bloomberg. No ano passado, 43,4% dos voos da TAP chegaram ao destino com um atraso superior a 15 minutos. Questionada pela Bloomberg acerca da justificação para esta situação, a companhia alegou "grandes constrangimentos estruturais" no aeroporto de Lisboa. Para fazer face aos mesmos, garantiu estar a cooperar com o operador dos aeroportos, a ANA, para conseguir investimento.
Para além destes esforços, a TAP indicou à Bloomberg que teria reforçado a frota com três aeronaves adicionais, aumentado o número de contratações ao nível dos pilotos e das equipas a bordo, melhorado os procedimentos de embarque, revisto os horários e assinado acordos essenciais com os sindicatos. De acordo com a companhia, estas medidas permitiram melhorias em termos de pontualidade e menos cancelamentos.

No ranking das operadoras aéreas que mais se atrasaram no ano passado, segue-se a Cebu Pacific (Filipinas), perto da portuguesa com uma taxa de atraso de 41,6%. A Pakistan Internacional exibe uma fatia de 40,6% que lhe confere o terceiro lugar.
As únicas europeias que integram o ranking, para além da TAP, são o braço britânico da Norwegian Air e a Czech Airlines. O ranking sugere que o lançamento de voos intercontinentais a um preço mais baixo pode ter afetado o desempenho das companhias que optaram por esta via – como é o caso da Norwegian Airlines – pois têm menos soluções de reserva para enfrentar os imprevistos.
A falta de pontualidade da companhia aérea portuguesa não tem, contudo, afetado pela negativa apenas os clientes: a 15 de Novembro, o presidente executivo (CEO) da TAP, Antonoaldo Neves, disse, em Vila Nova de Gaia, que os atrasos na TAP no ano passado custaram mais 40 milhões de euros do que em 2017.
Além das queixas dos clientes, também entidades como a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) têm dirigido fortes críticas à companhia aérea. "O nosso maior problema, neste momento, é a 'performance' da TAP. Isso é que nos preocupa, porque é a má 'performance' da TAP que temos de gerir todos os dias junto dos nossos clientes. Neste momento, a TAP à cabeça tem uma 'performance' de pontualidade muito, muito desagradável", afirmou Pedro Costa Ferreira em declarações à Lusa, a propósito do 44.º Congresso Nacional da APAVT que decorreu em novembro, em Ponta Delgada, nos Açores (jornal de Negócios)

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