quinta-feira, janeiro 10, 2019

Uma crónica dura demais: ninguém acaba com esta trampa no PSD nacional?

Quando olhamos para o PSD nacional ficamos com a triste sensação e que há um partido a definhar, a caminho da valeta, refém de "viúvos" e de "viúvas" do Passos Coelho, o tal indivíduo que tomou o partido de assalto com o abjecto Miguel Relvas para viabilizar um projecto liberal e protofascista de assalto ao poder com ligações várias, nomeadamente ao grande capital e ao sector financeiro que  chuparam milhares de milhões de euros que custaram os olhos da cara aos contribuintes portugueses.
E quando, depois da patética cena da posse do governo minoritário PSD/CDS, com a cumplicidade idiota de saloia de Cavaco Silva e depois da penosa derrota autárquica de 2017, o homem finalmente deixou o poleiro o PSD que nos deixou foi esta monstruosidade, refém destes "cappos" ambiciosos, todos eles sonhando com tachos e com o poleiro, um partido a exigir uma depuração interna, se necessário for agressiva e contundente, para limpar todo o edifício, dos subterrâneos e dos esgotos ao topo, para finalmente recuperar o seu perfil, a sua matriz social-democrata, a sua importância social e a respeitabilidade junto das pessoas. Que tristeza estes miseráveis "cappos" e "capados" que sonham com o poder, que boicotaram o Rio desde a sua eleição - tornando-o ainda mais incompetente e impreparado para as funções de liderança daquilo que se esperava que fosse, mas não é, o maior partido da oposição, um partido sem discurso, sem liderança forte e estimulante, sem chama, sem rumo, sem alternativas, sem ideias novas, sem propostas mobilizadoras, sem uma agenda, que vai a reboque dos média e do mediaticamente noticiável, um partido vazio, sem nada. Um partido que oferece coisa nenhuma aos eleitores e que provavelmente vai caminhar para um ciclo de conflitos internos, uma sucessão de choques de ambições e de vaidades pessoais, entre gente que não tem um espelho em casa,  daqui resultando um PSD ainda pior do que já está.
Porquê? Porque com estes "viúvos" e "viúvas" do Passos o PSD será um partido da direita liberal, um partido refém de barões que se armam em importantes na comunicação social, que  contam com cumplicidades estranhas nalguns meios de comunicação social que parecem ser eles a fixar as agendas das disputas internas no PSD. Teremos um PSD que não consegue disfarçar que o poder, os tachos, os lugares, são o cimento do próprio partido e desta casta rafeira e medíocre que ao longo destes anos todos, mantêm o PSD refém destes interesses.
O que se pede ao PSD-Madeira é que mantenha a sua matriz, que mantenha a sua coerência, que se mantenha distante de tudo isto que se passa em Lisboa, que não tome partido a favor de ninguém, que não se meta em nada, que dê prioridade ao que é prioritário realmente, que não se confunda, que não traga para cá pessoas que só o penalizam aos olhos das pessoas porque elas não trazem nada, não inspiram confiança, não mobilizam, não transmitem esperança, não dão nada de novo ao país e ao seu povo. Quanto mais subserviente for de Lisboa, deste PSD nacional, mais o PSD-Madeira será prejudicado. E não é preciso fazer grande esforço, basta ver e entender (repito, ENTENDER) o que aconteceu em 2015 para aquilatarem sobre o impacto negativo gerado por submissões dispensáveis a esta gentinha.
Repito, tudo isto cheira a tachos e os "viúvos" e "viúvas" do Passos Coelho querem preservar os seus lugares nas listas de candidatos a deputados do PSD, impedindo que seja o Rui Rio a escolher os seus amigalhaços.
Ou seja, retomando um ciclo vicioso que é a merda do costume, o facto de termos líderes de partidos eleitos em congresso, legitimados pelas directas, mas que depois enfrentam grupos parlamentares hostis constituídos por protagonistas escolhidos pelo líder antecessor.
Não eu não acho que Rio seja uma boa escolha, acho que é um dos líderes mais fracos de sempre, acho que não tem o perfil para a liderança do  PSD, acho que não tem discurso, não sabe transmitir a sua mensagem, é arrogante, não tem uma boa equipa, teve problemas de natureza ética com várias pessoas que ele escolheu, continua a ter uns patos-bravos ao seu lado que só semeiam confusões, chega a ser patético nas suas declarações aos jornalistas, etc. Pior do que isso é um adepto do bloco central, quer uma aproximação (errada) do  PSD ao PS para entendimentos alargados, e isso vai tornar o PSD e Rio desnecessários num contexto eleitoral e político pós eleitoral. Mas foi ele o eleito pelo PSD, foi essa a escolha da maioria dos militantes. Por isso devem ser eles assumir as consequências das suas escolhas, salvo se o próprio Rio - nada o impede de fazer - altere a evolução dos acontecimentos e seja ele a dar cartas, levando por arrastamento os que o contestam. Mas só o pode fazer com alguma perspectiva de sucesso, se tiver a garantia de que neste conflito com o"passismo" vai intensificar o seu discurso e enfrentar a oposição interna da forma e do modo que há muito devia ter feito (LFM)

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