Apesar de tudo o que se passou na Assembleia da República, em 2015, com a formação do novo governo da geringonça, parece-me que por cá, infelizmente, continuam a vaguear uns otários - repito, uns otários - que apesar de dormirem e acordarem a pensar em "sondagens" (entre aspas), não conseguem perceber que em vez de se borrifarem para percentagens e meterem no... essas tretas dos votos, devem preocupar-se com os mandatos, porque é deles que depois dependem os governos e as maiorias parlamentares. Se alguma vez me conseguirem uma sondagem que me dê projecções possíveis de mandatos e garanta um retrato plausível do parlamento, nesse caso, em vez de gastarem papel e chatearem as pessoas com deambulações idiotas, terão a minha atenção.
Lembramos o que se passou Assembleia da República em 2015:
- Coligação PSD-CDS, 102 deputados (PSD, 84 e CDS, 18)
- PS, 86
- Bloco de Esquerda, 19
- PCP, 17 (15 do PCP e 2 deputados dos Verdes)
- PSD (Madeira e Açores), 5
- PAN, 1 deputado
A maioria da geringonça (PS-BE-PCP), foi concretizada depois de negociações tripartidas, e de terem sido garantidos os 122 mandatos do total de 230 deputados eleitos (maioria absoluta é conseguida com 115 + 1 deputados). A coligação PSD-CDS que foi a mais votada nas urnas com 36,9% dos votos a que se juntaram mais cerca de 2% dos votos nas ilhas dos dois partidos separadamente)
Repito, parece-me que há uns iluminados que ainda não perceberam que a geringonça abriu, em termos parlamentares, numa nova era na política portuguesa, pulverizando tudo o que até então era tido por "politicamente correto", na medida em que ganhar eleições sem uma maioria de mandatos (sozinho ou em coligação com parceiros ideologicamente próximos), abre portas a que, apesar de serem os mais votados, sejam escorraçados da governação. Metam isto na cabeça: deixem as "sondagens" para outros e não se incomodem que certas hostes partidárias façam as festanças e comemorações antecipadas que bem entenderem. (LFM)
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