segunda-feira, abril 08, 2019

RTP: afinal é do "malho ou do malhadeiro"?

Quem lê isto pergunta se é do "malho ou do malhadeiro". Sem ter ainda percebido bem a utilidade do CGI neste contesto da RTP (uma "obra de arte" herdada do "passismo" e parida pelo agora comentador Poiares Maduro no tempo em que tínhamos mais filósofos que políticos no governo que tão bem serviu a troika para deixar este legado a estes agora chegados...), empresa pública detida 100% pelo estado, tenho percebido, isso sim, que o CGI ultimamente virou gaiola de papagaios dispensáveis e inconvenientes. Primeiro foi a forma como se envolveu na polémica sobre o contrato da RTP versus FPF defendendo o indefensável em torno desta estranha negociata. Depois foi um membro do CGI a adjectivar um treinador de futebol de uma forma javarda e imprópria. Agora esta constatação que para alguns há muito era uma evidência, sobretudo desde Abril ou Maio de 2018. Afinal em que ficamos? Da minha parte prometo que vou fazer um enorme esforço, no fundo continuando na mesma senda, para finalmente perceber como é que uma empresa pública como a RTP se dispersa internamente num sem número de órgãos estatutários e outros para-estatutários...

Mais do que uma situação de ser juiz em causa própria - ou seja apesar de ter opinião, e o direito a tê-la, há que saber escolher o timing adequado para expressar o seu pensamento e o contexto em que o faz - há que ter presente que cabe sobretudo aos membros das estruturas, neste caso do CGI, demonstrarem por facto concretos, nomeadamente posturas, que estão acima de tudo o resto e que constituem uma mais-valia efectiva para a RTP e para o chamado serviço público de televisão a precisar urgentemente de uma redefinição teórica mais concreta num mundo comunicacional onde a RTP deixou de ser única para ser apenas mais uma, e por sinal nem sequer a mais preponderante e influente em termos de audiências. Algo que eu, que há 40 anos estou nesta área da comunicação social e, portanto, já vi muita coisa acontecer e passar à minha frente, não me convenci ainda. Porventura nunca atingirei esse desiderato. Enquanto isso, questiono-me sobre se determinadas atitudes, se um mediatismo exagerado e impróprio (pela altura escolhida) não acabam, conjugados, por constituir perigosos tiros-nos-pés.




fonte: Expresso

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