A AD (34%) parte com uma vantagem de quase sete pontos sobre o PS (27,5%) para a reta final da campanha, de acordo com a primeira de 15 entregas de uma sondagem diária da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN. Acresce que mais de dois terços dos portugueses (69%) apontam para uma vitória de Luís Montenegro. Em terceiro lugar está o Chega (16,6%), um pouco abaixo do que conseguiu nas últimas legislativas. Seguem-se a IL (7,8%), em crescimento, o Livre (3,4%), a CDU (3,3%), o BE (1,5%), partido que mais perde relativamente às eleições de 2024, e o PAN (0,6%), que ficaria de fora do Parlamento. Se estas percentagens se repetissem nas urnas, seria o pior resultado do conjunto das forças políticas à Esquerda em 50 anos de eleições democráticas.
O JN publicará uma “tracking poll”, diariamente, até 16 de maio, último dia em que é permitida a publicação de sondagens. Poderá seguir a evolução das intenções de voto na edição online, sempre às 20 horas, ou na edição impressa. Um estudo de opinião que funciona de uma forma diferente do habitual. Arranca como qualquer outra sondagem, com uma amostra de cerca de 800 inquéritos, que representam o nosso universo eleitoral. A cada dia, acrescentam-se 200 entrevistas, retirando-se as 200 mais antigas. Ao fim de quatro dias, a amostra estará completamente renovada, relativamente ao dia de arranque. E assim sucessivamente até às vésperas da ida às urnas que, para usar uma frase feita, mas nem por isso menos verdadeira, é a “sondagem” que conta.
Montenegro ainda pode chegar à maioria com os liberais
Comparando os resultados das últimas legislativas com os desta primeira entrega da “tracking poll” da Pitagórica, é evidente, nesta altura, o reforço da AD (34%), que sobe um pouco mais de cinco pontos face a 2024. Fica, no entanto, longe de uma maioria absoluta. A situação é diferente se somarmos as intenções de voto da coligação liderada por Luís Montenegro com o seu mais provável parceiro para um acordo parlamentar ou de Governo: a Iniciativa Liberal (7,8%) é o segundo partido que mais cresce relativamente às eleições do ano passado (quase três pontos). Juntos, valem 42 pontos percentuais (mais oito do que em 2024), umas décimas acima da maioria absoluta do socialista António Costa, em 2022. Sucede que AD e IL têm contra si o facto de concorrerem em listas separadas.