Creio
que 2019 poderá ser um ano decisivo para a ditadura de Caracas, sobretudo em
termos de mudanças impostas pela própria evolução externa. Mas uma coisa é o
desejo de mudança, interna e externamente constatável, outra coisa é a
existência de condições para que ela se opere de forma pacífica e democrática.
Contudo não é líquido que internamente existam condições de mudança - devido ao
apertado controlo que o regime exerce sobre instituições que poderiam promover
essa mudança, caso da comunicação social mas essencialmente das forças armadas.
Se o regime mudar estou em crer que a Venezuela voltará a ser uma potência na
região.
Se,
ao invés, tudo se mantiver na mesma, e tudo indica que com a posse de Maduro as coisas vão ficar bem difíceis, então só as dificuldades das pessoas no
dia-a-dia podem trazê-las de novo para as ruas e promover manifestações que
possam sensibilizar a comunidade internacional (por exemplo a aprovar, no quadro
da ONU, sanções contra o regime) tentando entalar Maduro e a pequena corte que o rodeia
e que controla o poder corrupto e totalitário ali vigente.
Um
tema que interessa à Madeira e que não pode ser pretexto, nunca, para alimentar
sentimentos de agastamento que, sobretudo nas redes sociais, se começam a notar, contra uma
comunidade madeirense na Venezuela que, tal como outras, tiveram um contributo
decisivo no desenvolvimento regional operado depois de 1974 e não têm culpa do que se passa naquele país,um dos mais ricos e mais pobres da América Latina (LFM)
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